Criador da Indústria 4.0, Henrik von Scheel, explica como essa nova revolução industrial redefine o cenário competitivo em uma escala nunca vista antes no DES Madrid 2019

Por Maria Conceição Moraes Costa
Edição: Bianca Borges

A quarta revolução industrial traz muitas mudanças para a sociedade e para as organizações. A principal autoridade em estratégia e competitividade, que também é o criador da Indústria 4.0, Henrik von Scheel, esteve presente no DES Madrid 2019 e trouxe uma visão estruturada sobre o crescimento exponencial da inovação dentro da indústria.

Entre outras questões abordadas pelo Criador da Indústria 4.0 em sua palestra, estava a definição das fases que vivenciamos e que ainda iremos vivenciar na nova revolução industrial, conhecida também como Industria 4.0 e que tem seu marco inicial em 2013.

Ao entender os componentes de cada uma dessas etapas ou “ondas” como as chamou Henrik von Scheel, poderemos observar que as indústrias brasileiras não exploraram muito essas inovações, porém, o mundo já está em outra fase.

É importante também que esses aspectos estejam claros para evitar confusão dos conceitos e para que as indústrias tenham a real ideia em qual fase estão e onde precisam avançar.

Veja a seguir as “ondas” citadas pelo criador da Indústria 4.0:

Primeira onda (2009 a 2016):

Internet das Coisas
Análise avançada
Cloud
Realidade aumentada
Robótica
Impressão 3D

Segunda onda (2016 a 2025):

Inteligência Artificial
Sistemas autônomos
Blockchain
Inteligência autônoma
Comunicação 6G
Energia do Futuro

Terceira onda, a evolução do Sticko Erectus (a partir de 2025):

Tecnologia quântica
Cyber segurança
Nanotecnologia
Neurotecnologia
Bioinformática
Materiais avançados

Todas essas ondas estão interligadas e se complementando, aumentando a performance de inovação exponencial das dimensões da indústria 4.0, que é o mundo digital, físico e virtual.

Essas inovações vem sendo um imperativo para repensar os modelos de negócios, o papel do cliente e da estrutura organizacional para uma Smart Factory.

Na prática, a Indústria 4.0 será direcionada para a economia, o consumidor, a competitividade e a globalização, definindo sua proposição de valor, o relacionamento com os clientes, canais, consumidores e serviços ofertados; sabendo balancear os custos da estrutura e o fluxo de receitas.