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Como uma cultura data-driven vai aumentar a performance do seu negócio

Em um mundo que exige cada vez mais personalização de produtos e serviços, aderir à cultura data-driven é essencial

 

*Por Bianca Borges 

 

Foto. Mãos femininas segurando um tablet. Na tela do aparelho gráficos em forma de barras e de pizza. Há também algumas frases escritas, mas não conseguimos identificar o conteúdo pois o tamanho das letras é bem pequeno.

A tecnologia está em constante evolução e com ela a cultura de dados e estratégias data-driven têm ganhado cada vez mais relevância para aumentar a performance das campanhas publicitárias e dos negócios como um todo. Esse foi um dos temas abordados na Conferência de Performance, organizada pelo Digitalks, que aconteceu hoje, dia 27 de novembro, em São Paulo.

André Martins – Head de Performance Marketing da Amaro, entrevistado por Rodrigo Nasser – Sócio da ITU Partners, começou falando sobre a importância de utilizar os dados aliados à tecnologia.

“A amaro já nasceu com seu DNA digital. Nós já nascemos com a ideia de que a base da inovação são os dados e a tecnologia. Desde a estrutura da equipe de marketing até a integração com as outras áreas são pensadas para desenvolver dados e fazer bom uso das tecnologias”, explicou Martins.

 

Personalizando comunicações e experiências com dados

Os dados, sem dúvida, são fortes aliados das empresas que querem criar comunicações personalizadas para cada cliente. Para o Head da Amaro, a questão da mídia de massa e a falta de cuidado com o conteúdo  que será exibido e para quem é uma herança da mídia tradicional offline. Hoje, quase tudo é mensurável e possível de ser segmentado, tornando investimentos em mídia e comunicação mais assertivos.

“Nós medimos os dados, entendemos como a consumidora da Amaro reage aos produtos. Nós também temos um laboratório, uma área responsável por aprimorar esse processo no dia a dia”, afirmou Martins.

Foto. Dois homens sentados em cadeiras transparentes. Entre eles há uma mesa com copos de plástico de água. Ambos seguram microfones. Atrás deles no centro, um painel escrito "Developer E-commerce Hub" em letras brancas e o desenho de vários pequenos estados de São Paulo. Em cada lado desse painel, outros dois painéis. O do lado que indicam a senha da wi-fi e os logos dos patrocinadores do evento.
Rodrigo Nasser – Sócio da ITU Partners entrevista André Martins – Head de Performance Marketing da Amaro na Conferência de Performance

 

Uma curiosidade sobre a coleta de dados da Amaro que pode servir de inspiração para outras marcas e empresas é que, apesar de ter nascido no mundo digital, o ambiente físico também é utilizado para coletar dados. E como funciona esse processo?

A Amaro possui guide shoppings, que são lojas físicas nas quais o consumidor pode ter um contato real com o produto. Essas lojas são consideradas extensões da marca e são relevantes tanto para criar experiências interessantes para o cliente, como para gerar vendas e mensurar dados.

Muitas pessoas fazem a primeira compra online na nossa loja física. Nós vemos o guide shopping como um canal de mídia e plataforma de conversão, por isso, mensuramos visitas e conversões feitas nesse ambiente”, contou o diretor.

Outra dica importante referente à coleta de dados foi o fato de não restringir as estratégia de captura de informações apenas aos canais de mídia como Google ou Facebook.

“Você não pode construir o seu business baseado na política dos usos de dados dos canais de mídia, porque essa política pode ser mudada a qualquer momento. Você precisa ter a sua estratégia de dados autônoma, sem ter que depender tanto das ferramentas de mídia. [Uma dica é] pensar em mídia de uma forma muito mais ampla e usar o modelo “teste e aprenda”, fazendo testes e analisando os resultados para aprender com eles”, aconselhou Martins.

 

Use os dados para desenvolver a sua empresa

Durante o bate-papo com Nasser, o Head da Amaro, deixou claro que os dados são cruciais para o desenvolvimento de qualquer organização e citou o exemplo da empresa que trabalha, mencionando que os três principais princípios da marca dependem dos dados para serem desenvolvidos.

“Os três pilares da nossa marca são: conseguir oferecer novidades sempre, ter preços acessíveis e oferecer conveniência (sem deixar o cliente frustrado). A ideia é ser um app que faz o cliente consumir moda com muita facilidade. Esses três pilares precisam de dados para serem desenvolvidos. Nós entendemos o que as pessoas estão buscando no mercado, identificamos como otimizar a precificação e também através da análise de dados, conseguirmos trazer mais conveniência para as nossas clientes”, explicou.

O Martins também comentou sobre a utilização de soluções tecnológicas que estão integrando cada vez mais o marketing com os dados.

Nós usamos uma ferramenta de CDP. Ela coleta os dados de canais de mídia e vendas, unifica essas informações e entente quem é aquele usuário e o que ele fez em suas visitas. Nessa plataforma é possível criar segmentos de forma dinâmica e amigável. Dessa forma, você [profissional de marketing] deixa de depender da área de dados ou de BI e consegue agrupar consumidores em categorias sozinho. Aí você alinha esse segmento com as ferramentas de entrega de mídia e automatiza todo esse processo, tornando a produção da área de marketing mais eficiente e enviando comunicações mais personalizadas”.

 

Automação de marketing x machine learning na estratégia data-driven

Como já mencionado aqui, a tecnologia ampliou os horizontes das organizações com a automação de processos. Uma tecnologia que vai ganhar destaque no mercado e que, segundo Martins “chegou para ficar”, é o machine learning aplicado às estratégias de data-driven marketing.

Machine learning é uma tecnologia muito forte que chegou para ficar […] mas ainda é mais falado que executado”.

Para o Head da Amaro, antes de mais nada, as empresas precisam entender que automação de marketing não é machine learning. O primeiro é um software programado para seguir uma regra, o segundo aprende com os dados e aprimora sua eficiência. Martins deu exemplo de como a Amaro está usando a tecnologia do aprendizado das máquinas:

“Nós trabalhamos com uma tecnologia de compra de e-mail push que utiliza o machine learning para entender, por exemplo, qual o melhor horário para enviar e-mails para cada cliente. Ela vai analisando os dados e aprendendo com eles. Nós também temos uma ferramenta que permite encontrar o tamanho ideal do produto para cada cliente e evitar trocas. Você coloca sua altura, peso, se gosta de roupas mais justas ou mais largas, e a ferramenta te fala qual o seu tamanho baseada nos dados que você forneceu. Se o produto for devolvido, a ferramenta entende que aquele modelo indicado não era o melhor e guarda esse histórico. Com isso a gente reduziu bastante o número de trocas”.

No final da conversa, Martins reforçou a necessidade da mudança de mindset das empresas e da utilização dos dados como ferramentas úteis para todas as áreas de uma organização.

“As empresas precisam aderir à essa cultura de uso de dados. Coletar, mensurar e fazer com que essas informações fiquem disponíveis para todas as áreas da organização. É importante usar os dados para tomar decisões mais assertivas e eficientes”, concluiu.

 

*Bianca Borges é  formada em Comuicação pela Universidade Anhembi Morumbi. Jornalista e Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.

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