quarta-feira, 07 de junho de 2017
No Relatório sobre Vídeos Digitais 2017, elaborado pela Adobe, observou-se um crescimento de 53% – entre outubro de 2015 e dezembro de 2016 – nas impressões de anúncios em vídeo em plataformas mobile, revelando uma grande oportunidade para os anunciantes com este tipo de publicidade. O estudo conduzido pela equipe da Adobe Digital Insights (ADI) na América do Norte, entretanto, aponta uma grande barreira para a adesão a essa estratégia: o custo.
De acordo com a ADI, de 2014 a 2016, os custos com anúncios em vídeo digitais cresceram 13% e o movimento de alta fica atrás apenas do observado para anunciar no Super Bowl (21%). Isso reflete na baixa atividade dos anunciantes no que diz respeito à utilização de vídeos digitais para publicidade: dentro de um período de 15 meses, a média de impressões observadas ocupa cerca de 3,7 meses, o que representa apenas cerca de 25% do tempo.
Quando analisado o custo por mil impressões (CPM) nas TVs com dispositivos conectados – as TVCDs, que incluem SmarTV, consoles gamers e set-top-boxes, como a Apple TV –, o valor é o dobro do que o CPM de anúncios em dispositivos móveis. Além disso, os custos de publicidade em vídeo são maiores do que os de mobile search CPC (custo por clique) e mobile display. Esse cenário faz a publicidade digital em vídeos superar a inflação em 6,5 vezes na América do Norte.
“O estudo da Adobe mostra que os anunciantes têm enxergado a publicidade digital em vídeos como uma oportunidade, principalmente no mobile, com o crescimento de impressões nesta modalidade de anúncio. Porém, o custo se mostra um limitador e isso fica evidente na pouca utilização dos vídeos digitais num período de 15 meses. Em um cenário onde os anúncios digitais por vídeos ainda estão em maturação, se a taxa de visualização é alta, é natural a escalada de preços, mas conforme o mercado amadureça e a publicidade em vídeo se estabeleça, a tendência é de que os valores se estabilizem”, analisa Federico Grosso, vice-presidente da Adobe para América Latina.
No Relatório sobre Vídeos Digitais 2017, a ADI analisou também a experiência dos anúncios em vídeos em desktops e dispositivos móveis. As visualizações das publicidades em desktop caíram 27% na comparação de 2015 com 2016, enquanto as impressões no mobile aumentaram 53% durante o mesmo período. Além disso, 60% desses anúncios em dispositivos móveis são assistidos até o fim, número que cai para menos da metade (47%) nos desktops, mostrando um gap de 13% entre esses canais.
“A representatividade mobile aumenta sobre o desktop, assim como os usuários de dispositivos móveis também crescem. Como o público migrou de dispositivo, a tendência é que o canal de comunicação do marketing migre junto com a audiência”, destaca o VP da Adobe.
Enquanto se discute o investimento de publicidade digital em vídeos nas plataformas mobile e desktop, uma outra oportunidade se apresenta aos anunciantes: o consumo de vídeos em telas grandes. Dentro do fenômeno da TV Everywhere (TVE), a audiência está migrando dos dispositivos móveis para telas maiores, como as TVCDs, mostra o estudo da Adobe. Segundo os dados agregados do Adobe Primetime, a audiência do TVE móvel diminuiu em share de 54% para 46% nos últimos dois anos. Enquanto isso, os dispositivo conectados em TV agora totalizam 32% da audiência, mais de 20% em comparação a dois anos atrás.
“Os profissionais de marketing precisam ficar de olho no espaço que se revela nas TVs conectadas. Ainda em crescimento, pode se apresentar dentro em breve como um importante mecanismo de publicidade para as marcas e este é o melhor momento para testá-lo”, opina Federico Grosso.
A análise da Adobe Digital Insights é baseada em mais de 4 bilhões de autenticações de TV Everywhere e a partir de mais de 300 websites e aplicativos que servem como ponto de acesso na América do Norte. Os dados – anônimos – foram compilados a partir de diferentes soluções da Adobe Experience Cloud entre janeiro de 2015 e janeiro de 2017. O Relatório sobre Vídeos Digitais 2017 completo da ADI pode ser acessado por meio deste link.
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