Segunda-feira, 21 de maio de 2018
Como a Smart Era impacta a relação do consumidor com seu smartphone e os segmentos de Marketing, Comunicação e Negócios? Essa foi uma das perguntas respondidas por Léo Xavier, CEO da Pontomobi linked by Isobar (agência de mobile marketing da Dentsu Aegis Network), durante sua palestra “Marketing na Era da Experiência: o Mobile como extensão do nosso braço” na Conferência Mobile 2018, realizada pela Digitalks, em São Paulo.
À medida que a conexão entre o humano e o digital se reforça, empresas ganham o desafio de se tornarem mais smarts, ou seja, mais inteligentes. É nesse momento que a Era da Experiência, ou Smart Era, surge com propósito de trazer melhores experiências digitais para os consumidores e deixá-los cada vez mais conectados com as pessoas e com as máquinas. “Já entramos na Smart Era. Uma nova era mais inteligente e conectada”, observou Léo Xavier.
Essa conexão provoca um aumento de competitividade entre as empresas, que não têm como parâmetro o segmento de atuação (por exemplo, bancos competindo com bancos) mas, sim, a entrega de melhores experiências digitais. Para competir no setor mobile, é preciso oferecer ferramentas de utilidade pública e promover a experiência de modo que não caia em desuso –segundo uma média global, 95% dos apps são abandonados após 3 meses. Isso porque, quem criou o serviço pensou apenas no conceito, mas não teve o cuidado de manter o engajamento do cliente com o produto.
“É importante estender esse pensamento de cuidado com o uso do app, porque a medida que o cliente fica mais íntimo das soluções digitais, mais intolerante ele fica com as más experiências”, comentou Léo Xavier.
Essa intolerância é uma característica do consumidor smart, que exige cada vez mais das marcas soluções inteligentes que melhorem a sua vida de forma rápida e eficaz. O foco das empresas nessa nova Era, portanto, não é mais o app e o site, mas o investimento em novas experiências digitais. Segundo o CEO da Pontomobi, a influência da inteligência artificial promoveu serviços como chatbots e assistentes virtuais digitais.
O chatbot é uma ferramenta de conversa normalmente utilizada para autoatendimento, porém já encontramos hoje essa ferramenta interagindo com o cliente. Exemplo é o Chat Yourself, app italiano criado para ajudar pacientes com Alzheimer no seu dia a dia.
Os assistentes virtuais digitais (VDA), por sua vez, estão ganhando espaço nos negócios nacionais e internacionais, isso porque, hoje, a grande interface de relacionamento entre pessoas e marcas está sendo a voz. Conhecido também como voice-commerce, o VDA permite construir experiências sem utilizar a tela. Com isso, será possível agendar compromissos, como consultas médicas e reuniões de trabalho, apenas com o comando de voz. “Até 2021, espera-se um aumento de $ 44 bilhões de dólares no faturamento de voice-commerce só nos EUA”, afirmou Xavier.
Uma grande questão com os assistentes virtuais é o seu uso na fase infantil. Como seria a interação de uma criança com um robô? Hoje, os assistentes já são programados para educar, perguntando, por exemplo, “Qual é a palavra mágica?”, quando a criança deixa de dizer “obrigada” ou “por favor”.
Com a Smart Era o mercado passa, portanto, a exigir empresas e pessoas mais smarts; isso significa que marcas precisam desenvolver, como estratégia de marketing, novas experiências digitais no mobile que acompanhem as necessidades de uma sociedade cada vez mais conectada com humanos e máquinas.
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