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O poder dos dispositivos móveis no varejo online

O uso de dispositivos móveis para compras online bateu significativos 27,3% de share, em 2017, para esse ano espera-se um aumento de 10%

 

O caminho mais curto para a democratização da informação, atualmente, é a garantia do acesso à internet. Com essa premissa, o programa Internet para Todos, do Governo Federal, saiu do papel, no mês passado. Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o objetivo é aumentar o número de antenas, principalmente em regiões periféricas, para ampliar o alcance à rede de conectividade em todo o país – barateando o acesso à banda larga, uma vez que as empresas provedoras credenciadas terão isenção de impostos.

De acordo com informações da Agência Nacional de Telecomunicações, existem hoje no país 28,67 milhões de acessos de banda larga fixa. Somente em 2017, foram adicionados ao sistema 1,91 milhão de novos contratos, um crescimento de 7,15% em relação a 2016. Expansão essa impulsionada justamente pelos provedores regionais responsáveis por 1,28 milhão de novos contratos, o que representa um aumento de 43,72% de contratos ativos neste segmento, ou seja, o dobro quando comparado à entrada de 591,35 mil novos contratos, em 2016.

A internet mais barata e de maior alcance pode realmente ter decolado no momento certo, quando observados os recentes números do mercado de eletrônicos no Brasil. Segundo o IDC, somente entre os meses de julho e setembro de 2017, foram comercializados 12,4 milhões de celulares e 1,36 milhão de PCs. Em 2017, o país registrava 280 milhões de dispositivos móveis conectáveis à Internet (notebook, tablete e smartphone), isto é, 1,4 dispositivo portátil por habitante, como mostra a 28ª Pesquisa Anual do GVcia da FGV/EAESP. Com relação a computadores (desktop, notebook e tablete) em uso no Brasil, o número é de 4 computadores para cada 5 habitantes, ou 166 milhões de unidades (80% per capita).

 

Crescimento contínuo do m-commerce nos últimos anos

Enquanto as vendas no varejo restrito comemoravam um crescimento real de 2,0% em 2017, após dois anos de retração, o comércio eletrônico se manteve em alta, fortalecendo o segmento como uma das saídas para driblar a crise econômica e política pela qual atravessa o país.

 

De acordo com dados da 37º edição do Webshoppers, estudo segmentado promovido pela Ebit, no ano passado o e-commerce fechou o período com números ainda melhores, faturando R$ 47,7 bilhões, um crescimento nominal de 7,5%, em relação a 2016, quando faturamento foi de R$44,4 bilhões.

Deste montante, o uso de dispositivos móveis para compras online bateu significativos 27,3% de share, em 2017. Acompanhando um progresso ininterrupto, ainda é possível observar que a média de crescimento anual da modalidade é de 56,7%, ao longo dos últimos cinco anos – representando um aumento acima da média do mercado.

Para Paola Rojas, Gerente de Marketing Online na vitrine virtual UmSóLugar, além do acesso à informação, a ascensão dos smartphones e tabletes tem possibilitado aos brasileiros a chance de vivenciar uma nova experiência de compra: “o resultado positivo para o setor é a consequência da compreensão do consumidor sobre os benefícios da compra virtual, que permite uma rápida e eficiente comparação de preços, produtos e serviços, ajudando-o a escolher de forma mais consciente o que entra no carrinho”, explicou.

 

Dentre os produtos em destaque, ainda na primeira metade de 2017, já lideravam os pedidos m-commerce ao menos três categorias sempre listadas entre as top 10 em vendas online como um todo. São elas: Moda e Acessórios (15%), Casa e Decoração (14%) e Saúde, Cosméticos e Perfumaria (12%). Para 2018, a Ebit prevê que o share em compras por meio de dispositivos móveis chegue a 37% do número total de pedidos online.

“O Brasil está experimentando um crescimento já observado em outros grandes mercados e o importante é, sem dúvida, ter a inovação como principal aliada na hora de estruturar um negócio virtual. Quem deseja alavancar as vendas nos próximos anos deve ter em mente que o e-commerce é um segmento em constante transformação e a adaptabilidade do produto às novas tendências pode ser o segredo para o sucesso”, concluiu Paola.

 

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