Terça-feira, 24 de julho de 2018
Os clientes estão cada vez mais exigentes e empoderados e, para impactar esse público, as empresas precisam se manter atualizadas e reformular suas estratégias de negócios constantemente. Diante desse cenário, muitas organizações já têm adotado o uso de conceitos como Competitive intelligence, Marketing Preditivo e VUCA. Luis Madureira, Managing Partner da UBERBRANDS, estará presente no Expo Digitalks 2018, que acontece nos dias 4 e 5 de setembro, para explicar como esses conceitos podem ser aplicados à estratégia das marcas e empresas e, além disso, falar sobre a abordagem da nova economia para a liderança de Marketing e Negócios.
O Digitalks conversou com o Luis para que você entenda mais sobre esses tópicos que serão abordados no principal evento de negócios digitais do país. Confira a entrevista:
[Luiz Madureira] A CI, ou Inteligência Competitiva como é chamado no Brasil, é hoje crítica para a sobrevivência de qualquer empresa. Um estudo publicado na Harvard Business Review mostrava que 2015 foi um ano record na mudança de funções dos CEO, mais especificamente, 1 em cada 5 foram despedidos! Isso acontece cada vez mais as organizações estão perdidas e sem estratégia, resultado de um ambiente competitivo que muda cada vez mais rápido, fruto de mudanças como o aparecimento do Social Consumer, o amadurecimento de várias tecnologias disruptivas como a Inteligência Artificial, ou o desenho de novos modelos de negócio. A CI é o que torna possível a navegação com sucesso deste ambiente competitivo. É também o que serve de base à Transformação Digital das organizações, suportando todo processo de gestão da mudança. Realço que o impacto da CI é transversal a qualquer industria, qualquer função e qualquer nível na organização. Num futuro não muito distante, quem não usar CI na seu trabalho diário, vai ficar obsoleto e fora do mercado.
[LM] A CI permite a tomada de decisão informada e o desenvolvimento de estratégias e tácticas de sucesso. Isto resulta em vários benefícios:
1) Aumento da receita: através da exploração de oportunidades identificadas antes de todos os concorrentes, reguladores, e stakeholders em geral;
2) Redução de custos e tempo de reação: ter uma função de CI na empresa baixa os custos de aquisição de informação e sua conversão em intelligence (insights acionáveis) e evita duplicação de tempo na análise, assim como reduz o tempo de resposta aos acontecimentos;
3) Redução do risco: permite identificar e prever riscos resultantes do ambiente competitivo, ou de movimentos estratégicos dos concorrentes, o que permite a defesa através da mitigação dessas ameaças.
[LM] Se tivermos como referência que o Predictive Marketing (PM) é o processo de extração de informação de dados do consumidor, e determinar um padrão para prever tendências e resultados futuros, então vemos que na verdade estamos a falar de CI. Posso dar o exemplo de um cliente da UBERBRANDS que analisamos todas as Comunicações de Marketing Digital do principal concorrente, e percebemos que fazia campanhas com cerca de 10 meses para todos as verticais em que trabalhava (i.e. setores). Começava por identificar o problema, depois promovia a sua marca global e, por fim, a solução (produto e serviços) para aquele setor. Conseguimos assim prever o seu modus operandi, o que na prática nos permite saber como ele iria fazer a partir do momento que lançasse uma campanha.
Assim, a nossa estratégia passou a ser deixar o concorrente comunicar o problema nos primeiros 1 e 2 meses e depois comunicar a nossa solução antes do concorrente. Isto resulta em um aumento significativo da taxa de conversão de leads com uma fração do investimento.
Como o aparecimento do Social Consumer que deixa uma pegada digital cada vez maior, temos acesso a uma quantidade de dados que antes não estava disponível, o que nos permite desenvolver insights e prever o que o consumidor pretende. Depois é só oferecer produtos, serviços, e inovar em termos de processos, serviços e modelos de negócio, para entregar uma experiência de consumo muito superior e manter a lealdade do consumidor.
[LM] Esse tipo de Marketing já é o presente, e será o também o futuro! Cada vez mais é necessário antecipar. As grandes tendências levam tempo para se formar, e se recolhermos Weak Signals (sinais fracos) de forma contínua e estruturada, conseguimos juntar esses dados para poder responder com decisões e estratégia, em tempo útil, às mudanças no ambiente competitivo. A Artificial Intelligence é cada vez mais importante ao permitir encontrar padrões que, por vezes, o humano não consegue, pois é muita informação para processar. Esta tecnologia suporta o Marketing Preditivo (PM), o que por sua vez permite a uma organização ser Customer Centric, condição essencial para a sobrevivência do negócio através da manutenção da relevância da sua oferta junto do seu público alvo. Se pensarmos bem, isto é a essência do Marketing, manter a preferência do Consumidor de forma rentável.
A resposta mais curta é: Marketing Intelligence. Marketing Intelligence é Competitive Intelligence, mas o seu foco principal é suportar o decisor e o estratégista de Marketing. Podemos definir como a habilidade/capacidade de desenvolver insights acionáveis na tomada de decisão e desenvolvimento da estratégia de Marketing. O escopo desta habilidade vai desde a estratégia de Marketing da organização, passando pelo de Marca até aos Marketing e Digital Analytics. Ou seja, compreender todas as alavancas que nos permitem tornar o marketing mais eficaz e eficiente.
*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.
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