Se a sua empresa não se reformular o quanto antes, é fato que ela ficará para trás

Por Bianca Borges*

As transformações das empresas e dos modelos de negócios nunca foram tão aceleradas. Para aqueles que realmente querem mudar e se adaptar à nova realidade e à economia digital, existem muitas oportunidades. É fato que, atualmente, as empresas têm duas opções: inovar ou morrer, e para falar sobre essa escolha, Ricardo Amorim, Presidente da Ricam Consultoria, jornalista e economista de formação, esteve presente no VTEX Day.

Amorim começou fazendo uma reflexão interessante:

“Somos todos motoristas de táxi, e eu não estou falando da “ameaça” do Uber aqui. Estou falando do carro autônomo. Se a sua empresa não se reformular o quanto antes ela ficará para trás”.

“Agilidade” é a palavra da vez na era digital

O tempo para que as mudanças aconteçam está diminuiu, o que levava anos para se transformar, passou a levar meses e, às vezes, apenas semanas. Podemos dizer que a maioria dessas mudanças que estão acontecendo são motivadas pela transformação digital e estão cada vez mais aceleradas. Mas esse processo de aceleração de transformações não é de hoje como deixou claro Amorim.

“Esse processo começou a acelerar quando encontramos formas de transmitir conhecimentos. A internet é um exemplo disso. Agora o conhecimento é transmitido em uma escala maior, mais rápido e para qualquer lugar do planeta”.

Sem dúvida, um dos desafios das empresas que querem se tornar de fato disruptivas é o tempo. Além disso, AGILIDADE é a palavra da vez, as organizações precisam ser rápidas em inovar e testar coisas.

Como ser disruptivo de fato

Durante sua palestra, o Presidente da Ricam Consultoria, também evidenciou que uma ideia inovadora não advém do zero. “No mundo real, inovação vem de você pegar uma ideia e juntar essa ideia com uma outra para criar uma terceira”.

Amorim também comentou que, hoje em dia, as tecnologias facilitam e muito a concretização das ideias e colocar o que foi pensado em prática deixou de ser uma grande dificuldade.

“Com a tecnologia em nuvem qualquer pessoa com uma boa ideia tem acesso aos instrumentos tecnológicos para colocar o que pensou em prática. A capacidade de implantações tecnológicas aumentou muito com a tecnologia em nuvem”, afirmou.

Países emergentes: o novo point da inovação

O sonho de muitas pessoas é morar em algum país desenvolvido porque acreditam que nesses lugares as chances de crescimento e de melhoria de vida é bem maior, porém, existe um gap que a maioria da sociedade não prestou atenção. Ricardo Amorim explicou:

“A gente está vivendo na era de maior geração de oportunidade que a humanidade já viu. De cada 4 dólares ganhos, 3 são gerados em países emergentes. Então, vocês estão no lugar certo, mas será que vocês creditam nisso?”.

Segundo o Presidente da Ricam, o que aqui no Brasil para inovarmos mais é a ambição, visto que, em geral pensamos pequeno. O medo e a falta de confiança também são dois aspectos que bloqueiam a inovação, tanto é que apenas 12% dos empreendedores se sente aptos a inovar.

Personalizar a experiência do cliente é obrigação

Se tudo está mudando rapidamente, uma coisa que Ricardo Amorim garantiu que continuará sempre igual é o fato do cliente continuar sendo a razão de ser de qualquer negócio. Ele salientou:

“Isso não vai mudar nunca. O que o processo de transformação digital permite é colocar esse cliente no centro da sua estratégia”.

O erro de muitas das empresas, ainda hoje, é tratar as pessoas como massa e não como clientes únicos. Por isso, encontrar, cuidar e dar o melhor atendimento possível para o seu cliente, da forma que ele quiser e quando ele quiser também é um dos fatores de sucesso de uma organização que está disposta a inovar.

A chave para personalizar a experiência do cliente é investir na análise de dados para captar bons insights a partir dessas informações. Só nos últimos 6 meses foram gerados mais dados do que em toda história do século 20 e, com tantas informações disponíveis no mercado, as organizações que tiverem a expertise para transformar esses dados em experiências personalizadas estarão no caminho certo.

“Quando temos uma experiência positiva com uma empresa, nós temos tendência a espalhar para todo mundo sobre o que aconteceu. Então, o que vocês vão fazer para que os clientes de vocês se sintam especiais, para transformá-los no marketing das suas empresas?”, indagou Amorim.

Quem cria a oportunidade é você

Para o Presidente da Ricam, a escolha de inovar ou morrer só depende das empresas que precisam ter vontade de buscar, constantemente, novas oportunidades nas suas áreas de atuação e até quem sabe, agregar outros mercados na sua gama de serviços.

“O mundo mudou muito mais do que a gente consegue perceber. A questão aqui é: como vocês vão usar a transformação digital para criar oportunidades?”, finalizou.

*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, Bianca também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos, mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.