Se posicionando entre a empresa e as agências, o Media Hub tem o papel de centralizar e alinhar a maneira de se comunicar com os clientes

Por Ezio Jemma*

Vamos imaginar o seguinte cenário: uma empresa multifacetada possui vários projetos (ou produtos) diferentes e pouco dependentes uns dos outros, ainda que façam parte do mesmo guarda-chuva.

É decidido então que um investimento em mídia será realizado, acionando agências de ATL, BTL, Performance etc. Finalizadas as campanhas, percebe-se que os investimentos não alcançaram o resultado esperado e que os clientes não foram impactados de acordo com as suas necessidades. Então surge a questão: por que esse problema acontece e como agir diante dele?

A partir do momento em que os investimentos de mídia são descentralizados, o objetivo real da empresa é perdido, se distanciando das necessidades dos clientes e dos prospects.

É aí que entra um Media Hub. Se posicionando entre a empresa e as agências, o Media Hub tem o papel de centralizar e alinhar a maneira de se comunicar com os clientes, ainda que cada agência trabalhe por objetivos diferentes. Independente disso, a marca da empresa tem que estar sempre em evidência.

Outra função fundamental do Media Hub está no acompanhamento das campanhas e na prevenção de fraudes que possam desperdiçar parte do orçamento. Fraudes estas que estão sempre em destaque dentro da publicidade digital e estimulam ações como Curater Market, o OpenRT 4.0 e movimentos do IAB.

Estabelecer metas, conhecer as ferramentas, ficar de olho no caminho que seu investimento está percorrendo e prezar pela transparência são práticas as quais um Hub vai ajudar a realizar em prol de evitar ações fraudulentas.

Mais um campo de atuação dessa agência de inteligência publicitária está nas informações vindas de buscas no Google. Não dá para ignorar a plataforma onde se iniciam 80% das jornadas de compras online. Por meio do Double Click Campaign Manager (Adserver do Google), é possível identificar a jornada de compra do consumidor e desenvolver os modelos de atribuição ligados a ele.

Marcelo Barbosa é executivo de contas da Predicta e exemplifica como a ausência do Media Hub pode prejudicar os investimentos de mídia.

“Vamos pegar uma empresa de bens de consumo. Você está em busca de um perfume para presentear sua mãe no Dia das Mães. Mas, ao longo dessa jornada, outros produtos dessa empresa são anunciados nas suas páginas. Perfume masculino, maquiagem, bolsas… só depois que você realmente terá contato com algo de fragrância feminina. Pode ser que, a essa altura, você já tenha comprado o perfume de outra empresa.”, explica.

Nesse caso, vemos um único potencial cliente impactado de maneira indevida pelas campanhas. Mas os problemas podem ir além.

“Imagina que eu tenho um público A, B e C. O público A já foi impactado por todas as minhas campanhas. O público B só foi impactado por algumas. Já o C, não foi impactado, mas era um potencial cliente para o que estava sendo anunciado. Ou seja, por conta de desorganização, a empresa perde a chance de conquistar um cliente que se quer tem contato com o produto”, reforça Barbosa.

Por mais que seja mais uma ferramenta a receber atenção em meio a um disputadíssimo e frenético universo de agências e publicidade digital, o Media Hub se apresenta uma ótima opção para quem quer aproveitar ao máximo os investimentos e evitar o retrabalho.

*Ezio Jemma possui experiência tanto no meio digital como no televisivo. Ezio começou a sua carreira jornalística em 2011, quando ingressou na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). O primeiro estágio veio no 3º ano de faculdade como redator e produtor de conteúdo do Guia da Semana, de onde sairia apenas em 2015 para se aventurar no programa Estagiar da TV Globo. No ano seguinte, veio a efetivação como produtor de reportagem. No entanto, na metade de 2017, o fascínio pelo mundo digital e a sede por desafios falou mais alto. Uma proposta da Predicta para ser executivo de Costumer Success da YContent veio na hora certa, dando início a um novo capítulo nessa história.