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[Global Summit] O conceito “Onlife” na conexão entre o on e o off-line

Especialistas abordam estratégias para atrair consumidores analógicos para o mundo digital e o phigital

 

Karla Passeri, head de Comunicação e Marketing da Embelleze Europe, e Nuno Fernandes, head de Marketing e Partnerships da Zomato, plataforma de busca de restaurantes, analisaram as estratégias para atrair os consumidores analógicos para o mundo digital e o universo “phigital”, no painel “Onlife: como o e-commerce pode contribuir para a experiência entre consumidor e marca”, dentro do Digitalks Global Summit.

No mundo onlife, em que o analógico e o digital se integram, “a conexão entre o on e o off-line é fundamental”, diz Nuno. Porém, para que ela seja efetiva, “tem que haver consistência, mas ao mesmo tempo tem que haver uma estratégia”, ressalta o executivo. Ainda de acordo com Nuno, questões como ofertas, dimensionamento de estoque, descrições do mundo off-line não podem necessariamente ser os mesmos no on-line. Se isso ocorrer, “não causará a melhor experiência [para o cliente] e vai criar sempre uma fricção”, adverte.

Karla falou sobre o conceito de “prossumer: o produtor e o consumidor de conteúdo ou do próprio produto ou serviço ao mesmo tempo”, em que “essa produção pode ser afetada por reviews e opiniões do consumidor”. Segundo a especialista, é preciso que as empresas criem um padrão de entendimento desse consumo e ao trabalharem com o mundo de dados disponíveis (Big Data), poderão fazer com que o prossumer se consolide nos negócios.

Contudo, as empresas têm desafios a enfrentar para avançar no universo onlife. Para Karla, nesse mundo integrado/híbrido, hiperconectado, o grande desafio é a adaptação. “Quando nós entendemos que o nosso negócio continua com seu propósito de existir, de marca (…), a estratégia que nós precisamos ter para inserir nossa marca nesse novo mundo é fundamental para que essa adaptação aconteça de modo que os nossos consumidores venham mais para dentro da marca e não que se afastem”, defende.

De acordo com Nuno, um dos pontos essenciais é que os profissionais ou as empresas não estejam presos a âncoras de algo que pode ter sido ensinado há cinco, dez anos, que era considerado um cânon da indústria. “Hoje em dia, para deter essas âncoras, saber libertá-las, navegar e se adaptar em território desconhecido é essencial,” conclui.

 

“O futuro mudou bem na minha vez”

Com ideias sobre a relação entre o comportamento humano e o conflito de gerações com a transformação digital, o Prof. Dr. em Comunicação da UFRS Dado Schneider trouxe no painel do Digitalks a palestra “O Futuro mudou bem na minha vez”. Baseado no seu livro quase homônimo “O Mundo mudou bem na minha vez”, o acadêmico analisa como a pandemia veio para acelerar os processos tecnológicos em todas as estruturas da sociedade.

“Quando já estávamos nos acostumando com a ideia sobre o que o futuro poderia nos trazer, muito se falava em transformação digital, porém ela vinha ocorrendo de forma lenta, vem essa pandemia e muda tudo”, observa.

Para Schneider, as relações, as agendas e as estruturas do século 20 eram verticais, hierarquizadas, onde os velhos eram resistentes às mudanças e os jovens queriam adotar as novidades. Já no século 21, é horizontal, com coparticipação e onde todos estão no mesmo nível. “Fomos jogados no século 21, onde muitos ainda têm a cabeça no século 20. Ele ainda tenta impor a agenda para esse novo século. Hoje o aprendizado vem de múltiplas fontes. Somos expostos a uma velocidade e a quantidade das mudanças que ninguém experimentou antes”.

Ainda na visão do especialista, hierarquias perderão espaço no futuro. “Aquele mundo hierarquizado em que a autoridade era imposta, e não conquistada, não existirá mais. Reconheceremos, cada vez mais, líderes que trabalham junto, que dão retorno. Vamos lidar de forma mais horizontal nas relações. Essa geração não tolera preconceitos. As hierarquias devem ser conquistadas”.

Schneider encerrou o encontro online com muito otimismo. “Acredito que vamos viver muito mais e chegaremos bem até o final. Vamos terminar essa década de forma espetacular do ponto de vista humanitário. Estamos vivendo um período de troca em que as pessoas não querem mudar o mundo, e sim, melhorá-lo”, afirma.

Mais informações: www.digitalks.com.br

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