Terça-feira, 10 de outubro de 2017
Esse ano, a Black Friday acontece no dia 24 de novembro. Muitas empresas sabem que essa é uma data importante para aumentar as vendas, e já estão desenvolvendo campanhas específicas para o período. Investir em mídias sociais, native ads ou mandar um e-mail marketing diferenciado, qual a melhor opção?
No Meetup Celebryts, evento que aconteceu na última semana, e debateu o tema com marcas e agências do mercado, ficou claro que, uma das opções para as marcas é se associar aos influenciadores digitais. O evento reuniu renomados influenciadores do mercado digital que deram dicas de como essa parceria entre empresas e produtores de conteúdo pode ser vantajosa para ambas as partes.
Edson Castro, do Manual do Homem Moderno, contou que é essencial escolher o conteúdo correto. “Fazer uma curadoria é importante. É preciso escolher os assuntos que realmente o seu público quer saber”. Além disso, o influenciador completou que, tanto a empresa, como o influenciador contratado precisam ser coerentes com o conteúdo. “A gente precisa ser coerente com o que a gente está fazendo no dia a dia. Não adianta eu vender um produto caro no meu blog e depois fazer um vídeo dando dicas para economizar dinheiro”.
É necessário oferecer o conteúdo e os produtos certos para os clientes, inclusive, no dia que a Black Friday acontece. Uma dica dada por Fred Fagundes, gestor de conteúdo online do site Papo de Homem, para atingir esse objetivo é monitorar em tempo real o que as pessoas estão buscando, tanto nos sites de compra online como nas principais redes sociais.
Fagundes também ressaltou que para uma estratégia de Black Friday ter sucesso é necessário que marca, agência e veículo trabalhem em conjunto para atingir um mesmo objetivo. Para ele todos precisam estar em sincronia. “A agencia gosta dos números, o cliente gosta da exposição da marca e a gente adora o conteúdo inovador que criamos”.
Para os fundadores da Rede Geek, Tato Tarcan e Professor Amaury, que dão dicas para o público de que produtos comprar e em que lugares comprar, nem sempre quem tem o menor preço é quem vende mais. “A gente percebeu que não necessariamente a gente tem que vender o melhor preço, mas o melhor custo benefício”, disse Tarcan.
A forma como você divulga o seu conteúdo, e quem as marcas e empresas escolhem para fazer essa divulgação também influencia muito no sucesso de uma campanha. De acordo com Leandro Bravo, Head de relacionamento da Celebritys, é essencial avaliar o perfil do influenciador antes de escolhê-lo.
“Que tipo de influenciador vocês devem contratar? Precisa ser o influenciador que dialogue com o seu público. Não precisa ser um influenciador grande, às vezes, os pequenos podem ser mais a cara do seu público”, afirmou Bravo. “Quando você for contratar um influenciador para fazer a sua Black Friday, converse com ele um mês antes para saber que tipo de produtos ele mais vende”, completou.
Ainda sobre essa ideia de que, nem sempre um canal com muitos inscritos pode ser o mais indicado para sua empresa, Marisa Santina, influenciadora de 55 anos, que tem um canal direcionado para um público mais velho, comentou:
“O meu canal é pequeno, mas nem por isso tem menos engajamento. ”
Apesar do canal dela ter apenas 195 mil inscritos, em comparação com outros canais que tem milhões de acessos, o público que acompanha os vídeos da Marisa é engajado. Tanto é que marcas bem conhecidas, como a Natura, por exemplo, já fizeram ações em parceria com a Youtuber.
Referente às ações nas redes sociais, durante o período da Black Friday, Bruna Santina, influenciadora, dona do canal Nina Secrets que tem mais de 2,5 milhões de inscritos, falou sobre a relação do Stories com o Instagram.
“O Stories é sempre um complemento do Instagram. O Insta é interessante porque você pode fazer uma foto bonita e ela fica lá. No Stories você pode fazer uma coisa mais orgânica, colocar um vídeo e um link”.
A Youtuber, ainda deu dicas para as marcas e empresas corrigirem alguns erros de divulgação de posts das redes sociais:
Ainda sobre as redes sociais, Paulo Cuenca, do canal da Danielle Noce, que possui 1,7 milhões de inscritos, comentou que para eles, o Instagram é uma mídia de awarness, de buzz, que converte menos que o Stories. Ele explicou:
“O feed do Instagram é como se fosse a sua linha editorial, e as pessoas estão cada vez mais obcecadas em deixar essa linha perfeita, mas o melhor lugar para conversão é no stories porque ele é clicável. Você consegue colocar o conteúdo de uma maneira mais orgânica”.
Para Atila Iamarino, do canal Nerdologia, o segredo mesmo é escolher a rede social que seja mais pertinente ao conteúdo que você quer passar, “é importante ter o gatilho certo para falar com o público. ”
*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.
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