Terça-feira, 21 de maio de 2019
Segundo Henry Von Scheel, criador da Indústria 4.0 e autoridade em estratégia e competitividade, entender o que é a quarta revolução industrial vai mudar completamente a sua forma de enxergar o mundo. “Não são robôs ou inteligência artificial, o ser humano é o centro da Indústria 4.0″, afirmou o consultor durante sua palestra desta terça-feira no Digital Enterprise Show (DES) 2019, o maior evento sobre Transformação Digital do mundo. A frase tomou como base o propósito de que a tecnologia apoia o ser humano, mas que a grande força motriz para mudanças está centrada na flexibilidade humana.
“A nossa força é a nossa habilidade de se adaptar. Nossa vontade para sobreviver e pegar as oportunidades que estão por vir”, completou Henry Von Scheel, criador do conceito de Indústria 4.0 e autoridade em estrategia e competitividade.
Von Scheel contextualizou a plateia explicando que a quarta revolução industrial foi anunciada em 2011, quando cinco grandes tendências colidiram de forma exponencial. A partir desse ponto, compreende-se a nova fase como a era em que se une o mundo digital, virtual e físico. Em um exemplo prático, ele citou o smartphone: que seria digital pois traz a oportunidade de escrever e tirar fotos naquele momento exato e já está conectado; seria ainda virtual, por permitir lhe conectar com tudo ao seu redor aonde estiver, e logicamente seria físico, por ser um dispositivo que se toca. “A revolução [industrial] é revolução que se emerge em diferentes formas”, explanou. Ele afirmou que, desde então, todas as empresas europeias [e aqui se aplica a Brasil também] deveriam aderir a que ele chamou de “agenda digital“.
Outra forte característica para compreender que entramos em uma nova fase na humanidade é a rapidez que as coisas acontecem dado o avanço da tecnologia. “O que aconteceu com você nos últimos cinco anos vai acontecer em um ou dois anos [agora]”.
Ele ainda firmou que haverá sim uma quinta revolução industrial na história da humanidade, mas que esta ainda se mostra longe de acontecer. Temos um tempo de adaptação e “não vimos nada que muda tão rápido como isso“.
Para ajudar as empresas a passar pelas mudanças, Scheel afirmou que se aliar a uma consultoria seria a estratégia ideal. “Pegar na mão da consultoria e colocá-la na jornada [de como acontece o seu negócio]“, orientou.
Para se transformar, o estrategista explicou que considerando uma cadeia regular de valor nas organizações é preciso prever respostas para perguntas como:
– Como crio valor para o meu cliente?
– Como entregar melhor?
– Como diminuir gastos?
– Como aumentar a minha operação?
O processo de transformação digital deverá responder essas perguntas.
Na imagem a seguir, ele explica que a Transformação Digital se dá levando em conta os custos, modelo operacional de negócio e modelo de performance, situados do lado direito do gráfico. Já a parte de inovação prevê o que está no lado esquerdo da figura.
Em uma explicação mais simplista, Von Scheel disse à plateia que a lógica é a seguinte:
“Em uma escala [de grandeza], primeiro você precisa produzir mais para crescer e [então] competir. Não adianta competir sem estar disposto a inovar, porque você vai ter investir. De 10 soluções [criadas no processo de inovação], você vai perder nove, porque está disposto a falhar [neste estágio]”
De uma forma geral, os setores de manufatura, engenharia e economia serão os primeiros a serem afetados no processo de mudanças nas sociedades durante a quarta revolução industrial.
*Gabriela Manzini é jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, trabalha com comunicação há dez anos e é especialista pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Cásper Líbero. Atua hoje com comunicação estratégica, marketing digital, especialmente marketing de conteúdo e inbound. Em suas passagens por agências de comunicação e marketing, já atendeu clientes como Microsoft, Philco, Wacom Brasil, Toshiba Brasil, Citibank, Credicard Hall, Omron, Internacional Shopping Guarulhos, e os cantores Fábio Jr. e Paula Lima. Na área corporativa, trabalhou no departamento de marketing da Shoestock e é a atual Head de Conteúdo do Digitalks, empresa do grupo iMasters, referência em marketing digital no Brasil. Possui ainda expertises em planejamento estratégico, design thinking para inovação, comunicação interna e endomarketing, além de prestar consultoria em mídias sociais para pequenos negócios.
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