sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
O e-mail marketing, como estratégia de vendas, apontou baixa perspectiva de crescimento, embora continue em uso constante. Essa foi uma das constatações levantadas por consumidores de todo o Brasil que participaram de uma pesquisa sobre Formas de Comprar, realizada entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro, com o intuito de conhecer os hábitos de compras do brasileiro.
A pesquisa foi realizada pelo Digitalks, em parceria com o Opinion Box, e apresentada durante a Conferência Performance, que aconteceu em novembro na cidade de São Paulo. Foram realizadas 2.106 entrevistas e a margem de erro da pesquisa é de 2,1 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Foram testadas 15 formas diferentes de comprar: clicando em anúncios em sites e portais de notícias, em anúncios do Facebook, em anúncios do Instagram, em popups em sites e portais, em um e-mail marketing, pelas páginas de pessoas ou empresas do Facebook, pelo aplicativo de marcas ou empresas, pelo Facebook Messenger, pelo perfil de pessoas ou empresas no Instagram e no Pinterest, pelo WhatsApp, pelos sites de e-commerce ou das marcas, pelos sites que reúnem vários lojistas, por mensagens privadas (inbox) em redes sociais e seguindo recomendações de sites de avaliação.
Foi identificado que, em média, cada pessoa já utilizou 3,5 formas das 15 opções testadas. 79% dos consumidores preferem comprar através de sites de vários lojistas, 59% optam pelos e-commerces das marcas e 47% utilizam os apps. Ou seja, as 3 formas mais experimentadas são consequência da inexperiência com as demais opções.
Vale destacar que o uso de todas as 15 formas foi mantido e aumentado nos últimos 12 meses e que para todas as opções a expectativa também é de continuidade e aumento na utilização. Porém, com diferentes perspectivas. Notou-se, por exemplo, perspectiva baixa de compra através de clique em e-mail marketing, anúncios em sites e portais de notícias e através de perfis no Pinterest.
Média perspectiva de compra nos próximos 12 meses foi medida através de páginas no Facebook (pessoas e empresas), Facebook Messenger, popups em sites e portais, anúncios no Facebook e mensagens privadas em redes sociais.
Já como perspectiva média alta apareceram os perfis de pessoas e empresas no Instagram, recomendações de sites de avaliação, WhatsApp e anúncios no Instagram. Pelo aplicativo de marcas e empresas, sites de e-commerce e sites que reúnem vários lojistas são as formas identificadas com alta perspectiva de compra pelos consumidores.
Para as empresas, o principal desafio será acertar o momento de abordar o consumidor. A pesquisa revelou que 61% não gosta quando pesquisa algo e depois começam a aparecer anúncios em sites e nas redes sociais, enquanto 24% são indiferentes e 15% aprovam esse tipo de ação. Por outro lado, 51% aprova receber informações sobre o produto em vários locais (Google, sites etc) quando está em dúvida sobre a compra porque ajuda na tomada de decisão, 26% não se importam com isso e 23% não aprovam essa atitude.
“Em um ambiente cada vez mais conectado, as marcas precisam estar atentas às diferentes formas de comprar dos consumidores. Pelos resultados da pesquisa fica nítido que os consumidores ainda não experimentaram diversas formas, ficando principalmente nas formas mais tradicionais como sites do e-commerce, sites que reúnem diversos lojistas e apps das marcas. Porém há potencial de crescimento para o próximo ano em compras pelo Instagram (pelos perfis e clicando em anúncios), WhatsApp e por recomendações em sites de avaliação. Uma boa estratégia nessas frentes podem ser o diferencial para uma marca crescer mais que as concorrentes em 2019”, declara Felipe Schepers, COO do Opinion Box.
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