Sexta-feira, 18 de maio de 2018
Atualmente, o mercado mobile representa uma grande oportunidade de negócios para as marcas e empresas. De acordo com a Mobile Advertising Forecasts, o uso da internet por meio dos dispositivos móveis aumentou de 40% em 2012 para 68% em 2016 e, neste ano, a previsão é de que o acesso fique em torno de 79%. Além disso, 91% das pessoas que possuem smartphone compram ou têm a intenção de comprar algum produto depois de ver um anúncio relevante.
Os números demonstram que o mercado mobile está em ascensão, mas quais são os próximos passos que as organizações precisam dar para ter sucesso nessa mídia? Afim de responder essa pergunta e trazer alguns insights sobre o futuro do marketing nos dispositivos móveis, especialistas de grandes marcas e empresas participaram de um debate na Conferência Mobile do Digitalks que aconteceu ontem, dia 17.
A mediadora do debate, Vanessa Carvalho, Embaixadora da WIX no Brasil, iniciou a conversa com uma indagação:
“Sites mobile ganham mais visitantes que os app em volume de tráfego, só que as pessoas passam mais tempo dentro do aplicativo. Então como resolver essa equação: site mobile x app?”
Para Diego Puerta, COO da CRP Mango, não é uma questão de site móvel ou aplicativo, ambos são duas mídias promissoras.
“Na verdade, o que precisa ficar claro são as diferenças das estratégias entre esses dois canais. É muito mais fácil gerar tráfego para um site móvel que para um app. Para um usuário baixar um aplicativo não é tão simples. Ele vai ter que está conectado no wi-fi, ter espaço no celular. A gente perde 70% dos usuários nesse processo de fazer o download”.
Ao mesmo tempo que o processo de instalação de um aplicativo pode gerar a perda de tráfego de usuários, o mesmo fator também pode ajudar a reter as pessoas. Puerta explicou que uma vez já no celular do usuário, o aplicativo retém mais as pessoas que um site mobile, justamente por facilitar o acesso do usuário, afinal o app está ali, direto na tela do celular.
O Gerente de Produtos Digitais da Dafiti, Anderson de Faria Lopes, deu um exemplo de diferenciação de estratégias nessas duas mídias.
“Pensando em estratégia, nós temos duas diferente. Uma focada em site responsivo e outra em app. Site Responsivo ativa o instinto de compra. Já no aplicativo a estratégia é: baixa o meu app e deixa ele aí para quando tiver alguma promoção você lembrar de mim”.
Para quem está na dúvida sobre onde direcionar seus investimentos, site, app ou ambos, Puerta citou uma tecnologia que pode ser uma opção interessante. O Progressive Web App consiste em um conjunto de tecnologias que permitem que um site mobile se comporte como um app. Para isso o site precisa de três requisitos:
Esse site funciona offline e tem a capacidade de acessar algumas funções do seu celular.
Para o COO da CRP Mango “a solução ideal seria juntar as qualidades dos sites mobile e dos apps, mas faz sentido que ambos existam”. O importante aqui é saber o que a sua empresa quer entregar para o cliente para poder tomar a decisão de qual utilizar.
Durante o debate também foi questionado qual o formato de publicidade mais adequado para os dispositivos móveis.
Sobre esse assunto, Gabriel Matos, Creative do BuzzFeed revelou que não tem um formato pré-definido, mas o vídeo desponta como uma boa opção para as marcas.
“Nós temos formatos específicos para cada anunciante. Não existe uma maneira certa de fazer, depende do seu objetivo, mas o formato de vídeo é um dos mais recomendados. Isso porque o Youtube é a rede mais acessada do Brasil, onde as pessoas passam mais tempo. O vídeo é o formato que mais engaja”.
Já para Rodrigo de Almeida, Diretor Comercial da Dinamize, o e-mail ainda é um dos itens mais utilizados pelo usuário de smartphone, por isso, é uma alternativa interessante para se comunicar com seus clientes. Porém é preciso evitar que as mensagens sejam direcionadas para a caixa de spam. Almeida deu algumas dicas em relação a isso:
E para os marqueteiros e publicitários que acreditam que estamos na era do Mobile Only e todos os investimentos precisam ser direcionados aos dispositivos móveis, Rodrigo Almeida fechou o debate com um adendo.
“Não é mobile only, nós não estamos excluindo as telas, estamos agregando-as. A gente tem momentos diferentes de usar as telas. Pensar de uma forma mono canal é ignorar que o consumidor é multicanal”.
*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.
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