Quarta-feira, 03 de janeiro de 2018
A despesa com anúncios digitais atingiu o valor mais alto da história no primeiro semestre de 2017, de acordo com um relatório recente patrocinado pelo IAB (Interactive Advertising Bureau) e preparado pela PwC. O gasto ficou em US$ 40,1 bilhões nos primeiros seis meses, representando um aumento de 22,6% ano após ano.
Além disso, o mobile continuou a liderar como formato de anúncio, representando 54% da receita total de anúncios digitais totalizando US$ 21,7 bilhões no primeiro semestre de 2017. Este é um aumento de 40% em relação aos US$15,5 bilhões gastos com anúncios no mesmo período no ano anterior.
Entre os formatos relacionados à exibição que estão inclusos no relatório, banners, rich media, patrocínio e vídeo cresceram 28% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 17,6 bilhões no também no primeiro semestre de 2017. A publicidade gráfica agora representa 44% do total da receita de anúncios na internet, um ligeiro aumento em relação aos 42% do ano passado, pelo relatório.
Além desses dados, o estudo também constatou um cenário positivo para o marketing digital. Embora tenha havido uma atenção significativa em 2017 para problemas com o marketing digital, como a segurança da marca, a fraude e a falta de transparência – questões que fizeram com que empresas como a P&G e a Unilever controlassem mais seus gastos com a mídia digital – as descobertas do IAB mostram que esses empecilhos não desencorajaram os profissionais de marketing a investir nos canais onde os consumidores passam a maior parte do seu tempo.
É claro que algumas entidades podem ter mais benefícios com o aumento do gasto em anúncios digitais que outras. O relatório não quebra as receitas das empresas individuais, mas menciona uma “concentração de receita” entre 10 principais empresas. O relatório diz que essas 10 companhias representaram 75% da receita total de anúncios no segundo trimestre de 2017 e que a porcentagem variou entre 69% e 75% na última década.
Uma das questões em andamento na indústria é a extensão do mercado que o duopólio do Facebook e do Google domina. O que os resultados do estudo sugerem é que essa “dominação” continua em ritmo acelerado. Ao mesmo tempo, muitos dos principais grupos de agências de propaganda estão enfrentando desafios de crescimento, incluindo WPP, Publicis e Interpublic.
Para marqueteiros, ser ágil e acessível é uma característica da nova economia digital. Por exemplo, enquanto o celular e o desktop são muitas vezes referidos como dois canais de marketing distintos, a indústria não deveria pensar nesses espaços separadamente. Para David Silverman, da PwC, o mundo digital se tornou uma parte fundamental da vida cotidiana nos EUA e no mundo e, por conta disso, os profissionais de marketing experientes agora estão compreendendo que essas mídias se complementam.
Muitos marqueteiros já estão em busca da mídia programática, mesmo que alguns questionem a eficácia da tecnologia devido à falta de controle sobre o local onde seus anúncios aparecem online. Apesar destas questões, os gastos com a mídia programática estão aumentando, pelo menos em parte, devido à sua natureza automatizada e eficiente. Quase dois terços de todos os anúncios de exibição digital serão programáticos até 2019 e atingirão US$ 84,9 bilhões, de acordo com uma estimativa recente.
Para o CEO do IAB, Randall Rothenberg, destacando essa oportunidade de crescimento, qualquer pessoa com uma ideia e um cartão de crédito pode se aventurar na publicidade digital e capturar a atenção dos consumidores.
A notícia foi publicada originalmente pelo site Marketing DIVE.
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