Sexta-feira, 03 de setembro de 2021
O Digitalks Expo 2021 terminou nessa quinta-feira, 02/09, com a maior audiência registrada nos últimos 12 anos. Este ano o evento contou com a parceria do Terra & Vivo Ads e teve a transmissão de algumas palestras acontecendo diretamente na home do portal do Terra. Mesmo ocorrendo no formato online por questões de segurança, o evento reuniu mais de 20 mil participantes e mais de 100 palestrantes. “A edição deste ano superou nossas expectativas de público. Esperamos que, em 2022, possamos nos reunir presencialmente para debater sobre os grandes avanços e aprendizados da economia digital”, afirmou Flávio Horta, CEO do Digitalks.
No primeiro painel do dia, Leandro Soares, diretor executivo de Marketplace do Magazine Luiza, explicou que o marketplace é uma porta de digitalização para o varejo e uma oportunidade para os pequenos varejistas. Segundo ele, o propósito da empresa é auxiliar os pequenos varejistas, que ainda não têm venda online, a utilizarem o marketplace como uma opção. “É difícil estimar quantas, mas centenas de milhares de empresas que vendem no mundo físico, vendem no online também, mas ainda existem milhões que não migraram para o digital ainda”, argumentou.
Para o diretor, o grande papel do seller é escolher o produto que vai ser vendido, comprar bem para vender bem. Uma boa operação de marketplace se resume em qualidade de foto do produto, descrição completa e boa finalização do produto até a entrega.
“Como companhia, acreditamos na multicanalidade. A presença física faz com que o online seja viável. Cerca de 50% dos produtos vendidos passam pela loja e conseguimos fazer entregas de até 1h. A presença física faz com que a gente consiga servir de forma mais barata e eficiente em conjunto com nosso marketplace”, ressaltou Soares.
A primeira Fast Track do quarto e último dia do Digitalks Expo 2021 abordou o tema “A cultura da inovação muito além da tecnologia”. Luciana Abritta, diretora na DFreire Comunicação e Negócios, entrevistou Mary Ballesta, diretora global de Inovação do Grupo Stefanini. Transcendendo a ideia pré-formulada de que inovação é sinônimo de tecnologia, as executivas partem para o caminho de jogar luz ao tema tão falado nos últimos anos.
“A tecnologia não se auto inova. A capacidade de uso de novas tecnologias é e sempre foi feito por pessoas. Pessoas colocam tecnologias a favor de novos processos, novos formatos de operar. A diversidade é um acelerador de novas circunstâncias que ajudam a estender as capacidades humanas, e quem inova é a pessoa no domínio de novas circunstâncias. Não podemos ficar amarrados a um tipo de tecnologia, temos que ver como ela nos ajuda a sermos responsivos em novas possibilidades disruptivas.” afirmou Ballesta.
O Grupo Stefanini tem apostado em jornadas end to end na cocriação de soluções completas para seus clientes. O foco em pessoas, empatia, conexões e diversidade é o centro para as soluções integradas oferecidas por meio da aquisição de ventures e união com startups.
Para Mary Ballesta, a inovação precisa agregar valor para as pessoas. “Tudo começa em solucionar o problema de alguém. Entendemos a questão em profundidade e trazemos aceleradores que possam contribuir na construção da melhor solução. A flexibilidade nos permite customizar as ofertas para nossos clientes”, reforçou a diretora global de Inovação do Grupo Stefanini.
Em se tratando de tecnologia, o cenário em Israel é promissor: o próprio governo tem programas de incentivo que ajudam startups a desenvolver negócios. Para trazer um pouco desse panorama, o Digitalks reuniu exemplos de inovação no Painel “2 CEOs de 2 Empresas Inovadoras de Israel mostram tecnologias revolucionárias”, com a participação de Roee Lichtenfeld, CEO da Truvid, empresa de vídeos para publishers, e Sagi Keen, CEO da SpeedSize, companhia de mídias para sites. O evento contou com a moderação de Ariel Zeitune, da LatamTech, empresa que facilita negócios e soluções entre Brasil e Israel.
“A criação de vídeos seguiu muito experimental por um período e notou-se que não havia uma real conexão com quem consumia o conteúdo, depois chegou-se à necessidade de criar a Plataforma Truvid que tem foco de juntar as três pontas do triângulo: marcas, conteúdo e mídia. Para ter realmente os três unidos foi necessária a colaboração e troca de informações entre tecnologia e área comercial, fornecendo tecnologia de ponta para consumir, entregar e monetizar experiências de vídeo de qualidade para os negócios”, destacou Roee Lichtenfeld, CEO da Truvid.
O foco do empreendimento ao ser lançado no mercado brasileiro, segundo ele, é criar vídeos e anúncios com muito conteúdo voltado para as necessidades das marcas, mas que ao mesmo tempo entretenha e informe o consumidor. O sistema desenvolvido pela Truvid produz diferentes tipos de vídeos: 1) Al Video Creation, que utiliza a automação para criar vídeos promocionais a partir de artigos de conteúdo; 2) Al Glimpse compilação de imagens sem necessidade de editor externo e 3) Biblioteca: que reúne vídeos profissionais com mais de 1 milhão de opções em 28 idiomas e 25 tipos de canais (categorias). Assim, é possível montar um vídeo patrocinado adaptável ao produto do cliente.
Segundo o executivo da Truvid, o mercado brasileiro se mostrou aberto e sem barreiras para receber as inovações. “É um país onde é possível sentir e fazer as conexões, como não vimos em outros países. O Brasil é um dos maiores mercados e as necessidades dos produtores de conteúdo e das marcas podem ser melhor compreendidas graças à sua capacidade de comunicação”, finalizou.
Sagi Keen, CEO da Speed Size, startup de mídias para sites, destacou a importância da imagem hoje para as vendas e os negócios. Por isso, elas precisam chegar aos clientes de forma rápida e eficiente. “O mercado de e-commerce não tem limites para a criatividade de atração de consumidores. Nesse aspecto, os vídeos que são mais interessantes, coloridos, detalhados e interessantes serão os mais eficazes na comunicação entre marcas e seus públicos”, analisou.
Segundo Keen, as soluções do Speed Size permitem acelerar as mídias das páginas: com vídeos menores e mais leves, gerando arquivos de mídia até 99% menores, graças a scripts de códigos menores e eficientes, é possível ter maior ranqueamento no Google, melhor eficiência de SEO, menor rejeição e mais receita. A empresa trabalha com vários formatos de vídeos que, comprimidos na tecnologia da empresa, carregam de forma ágil nas páginas e portais. “Os vídeos ficam menos pesados, mas mantém alta qualidade para exibir as características vendáveis e atrativas dos produtos. Esse é o futuro”, garantiu.
A tarde do Digitalks Expo 2021 contou com vários insights sobre engajamento e inovação. No painel “Simplificando a Inovação com AWS”, Carlos Levy, Sales Manager da AWS, provedor de serviços de tecnologia em nuvem, destacou como a tecnologia tem papel marcante na inovação com soluções de armazenamento e análise de dados que são instrumento fundamental para todo o contexto do marketing, desde o online, passando por redes, engajamento e produção just in time. Mas como simplificar a inovação? Segundo Levy, é no compartilhamento de ideias entre os clientes e as empresas que trazem as soluções de inovações. “Não existe algoritmo de compressão para o conhecimento e para a experiência, por isso o processo de simplificação é único para cada empresa. Cada uma tem sua visão do que deve ser o pilar da inovação. Haverá casos em que digitalizar documentos e torná-los dados analisáveis será uma revolução para uma companhia. Em outras situações, digitalizar, catalogar e sistematizar imagens de pessoas e produtos será o centro da segurança de uma empresa. Tudo passa por um processo de experimentar e entender para instalar soluções”, detalhou. Segundo Levy, o período da pandemia foi desafiador e, nesse sentido, muitas empresas tiveram que mudar seus negócios. “A inovação pode ser feita de diversas maneiras: é preciso entender o que ela significa para cada empresa e como a gente monta, testa e viabiliza”, concluiu.
A venda de produtos pode ser divertida e eficiente, desde que haja comprometimento e planejamento para entregar o que os clientes querem e necessitam. Esses e outros tópicos foram apresentados na palestra “Transformando entretenimento em venda: o case da Francisca Joias com Live Commerce”, apresentada por Sabrina Nunes, fundadora da Francisca Joias. “Se a empresa tiver urgência de tempo e de quantidade e fizer uma oferta incrível aos olhos do seu cliente, as vendas certamente serão bem-sucedidas. Nos eventos de live commerce, seguimos esse passo a passo. Por exemplo: venda de 24 brincos por 24 reais, mas apenas durante 4 horas; outra opção é o desfile com os lançamentos, mas com componente de urgência, em que quem comprasse acima de R$ 189 ganhava de brinde uma necessaire exclusiva e frete grátis. Esse formato confere atratividade e sendo de oportunidades”, explicou.
De acordo com Sabrina Nunes, a live commerce traz proximidade da marca com o cliente e dá muito mais realidade e transparência para essa relação do que um vídeo editado e postado, ação que às vezes é feita de forma a cumprir tabela nas redes sociais sem espírito genuíno de venda. “Muitas pessoas compram pelo sentimento de estar numa live, por ser uma oportunidade única em que o cliente se sente importante. Por isso é importante dar boas-vindas, despertar desejo e criar um clima de antecipação, despertando curiosidade para o evento, como uma venda única. O passo a passo é: fazer com o que tiver disponível, olhar sua estrutura, selecionar os produtos, marcar a data e fazer o show”, ensinou.
Qual a melhor maneira de levar uma mensagem ao público? Dois dos autores do livro “Seja Inesquecível: Acabe com o Medo, Domine a Linguagem Corporal e Verbal e Use a Neurociência para Expressar Ideias e Encantar Qualquer Público”, Roberto Kovalick, jornalista e editor-chefe do jornal Hora 1 da TV Globo, e Leny Kyrillos mestre e doutora em Fonoaudiologia e escritora, apresentaram reflexões e dicas no Painel “Seja Inesquecível”. De acordo com o experiente repórter, a melhor maneira é buscar a naturalidade. “No fundo, quando mostramos quem realmente somos, é mais tranquilo. No cotidiano, a gente coloca várias barreiras e cria dificuldades e camadas em uma tentativa de defesa ou de fuga. Nos exigimos muito. No processo de nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos, a comunicação das mensagens será muito mais fácil e verdadeira”, destacou.
Para Leny Kyrillos, o fato de nos expormos é algo muito desafiador porque ficamos no centro das atenções e isso nos deixa desconfortáveis e nervosos. “Para nosso cérebro um leão ou uma plateia são ameaças igualmente assustadoras e nosso corpo fica em defensiva. Por isso, o autoconhecimento e todo o processo de se preparar diminuem muito essa inquietação criada por nossa mente”, explicou ela. Para enfrentar esses momentos decisivos, as dicas da especialista são: estar presente e concentrado no momento, estar preparado de maneira efetiva e respirar fundo antes da hora H para deixar o cérebro tranquilo.
Para Kovalick, outro segredo decisivo é o sorriso. “Brincar com um erro cometido torna o momento leve e desfaz o constrangimento, permitindo que a apresentação siga leve. “Além disso, é fundamental treinar muito: a postura, o posicionamento, o local das mãos, a luz e os gestos. Dessa forma, não é necessário se preocupar com esses detalhes na hora do ao vivo, mas apenas se concentrar na mensagem que precisa ser passada”, afirmou ele.
Os participantes do painel “Criptoinvestigação, os novos desafios da Polícia Judiciária” deram um overview sobre as questões de segurança relacionadas às criptomoedas. Todos foram unânimes em afirmar que a tecnologia beneficia muita gente e facilita transações ao redor do mundo, mas, como tudo, existem os que utilizam para atividades ilícitas. Vitautas Zumas, delegado da Polícia Civil de Goiás, diz que todo policial precisa ser treinado para lidar com crimes virtuais e que estes não devem ficar apenas com os órgãos especializados em delitos de Internet. “Hoje tudo envolve apps e dispositivos. É importante que todos saibam lidar. Novas moralidades de crime pedem novas modalidades de investigação”.
Amir Velho, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Agility, explicou que os crimes envolvendo pedidos de resgate em criptomoedas aumentaram porque a movimentação digital também aumentou. Ele acredita que o combo desconhecimento, falta de visibilidade da segurança digital e o apagão de mão de obra especializada são responsáveis. “É importante que toda a sociedade esteja engajada em evitar atitudes que facilitem o vazamento de dados. Manter antivírus e sistemas operacionais sempre atualizados, ter senha forte e efetuar a troca com regularidade e não confiar em tudo o que recebe via e-mail ou aplicativos é fundamental e todos devem ter isso em mente em suas rotinas, sejam empresas ou usuários”.
No painel de encerramento do Digitalks Expo 2021, “Deu match! Desbloqueando o poder da marca dos influenciadores digitais”, a digital influencer Pepita e Fatima Pissarra, CEO da agência Mynd, falaram sobre a importância da presença nas redes sociais e o fenômeno dos influenciadores digitais. De acordo com Fátima, “As redes sociais são espaços de empreendedorismo e os influencers trabalham muito, investem muito. Por isso devem ser tratados como profissionais, criadores e podem colaborar muito com as marcas. O importante é utilizar das ferramentas corretas para encontrar o que mais se adequa às necessidades de cada empresa”.
Com quase 1 milhão de seguidores no Instagram, e 130,9k no TikTok, Pepita explica sua fórmula para “dar match” com as organizações que querem fechar parcerias com ela: “eu trabalho com empresas nas quais acredito e que vistam a bandeira da diversidade. Para aqueles que desejam ter visibilidade nas redes, digo: seja verdadeiro, seja orgânico. A única máscara que uso é a de cílios!”.
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