Segunda-feira, 05 de abril de 2021
A primeira edição do Digitalks Executive teve um saldo positivo de participantes. Ao longo de dois dias, 3.100 pessoas acompanharam os painéis e palestras sobre “Gestão e Negócios”, distribuídas em sete trilhas de conhecimento: Liderança, Modelos de Negócio, Investimento, RH e Recrutamento, SaaS, Startups e Scale.
“O evento, que teve a curadoria de Maria Carvalhal e Rafael Soares, surpreendeu pela qualidade de conteúdos sobre transformação dos negócios, economia digital e estratégias digitais para alta gestão das empresas. O novo formato, com intervalos maiores, contribuiu para manter a audiência, já que os participantes aproveitaram esse espaço para cumprir outros compromissos corporativos”, comemorou Flavio Horta, CEO do Digitalks.
A programação da quarta-feira (31) começou com a palestra de Vinicius Cezar, CEO da Privally Global, sobre “LGPD a favor dos negócios: Como se tornar ainda mais competitivo”. No Brasil, grandes empresas já se adequaram à nova legislação e tantas outras estão na jornada de adequação, que pode começar com um projeto específico e se tornar contínuo dentro da organização.
De acordo com o executivo, a LGPD é uma mudança de mindset, que desencadeia mudanças positivas e desafiadoras. Possibilita à empresa rever seus processos, aprimorar modelos de negócio, melhorar a relação com investidores e com clientes, adquirindo mais credibilidade e confiança. “É preciso enxergar a LGPD como uma sinfonia. Para tocar uma boa música, você precisa de maestro, bons equipamentos e equipe. Da mesma forma, para atender às premissas da nova Lei Geral de Proteção de Dados, as empresas necessitam de equipes treinadas e de um bom maestro, que não se limita ao Data Protection Officer (DPO), mas que pode ser cada um de nós”, afirmou Vinicius.
Mas por onde começar? Para o CEO da Privally, é importante iniciar pelo ativo mais importante da companhia: o cliente, contemplando a transparência dos canais, o cuidado ao lidar com dados pessoais e sensíveis e, principalmente, a valorização da experiência.
Na sequência, o diretor executivo da Blockmaster, Rubens Neistein, e o head de Vendas e Parcerias da Moip by PagSeguro, Ricardo Grandinetti, discutiram como manter os times motivados e engajados com as metas, em um momento marcado por adversidades. Para ambos, o modelo de incentivo é fundamental e não se restringe à parte financeira. “Existem várias formas de incentivar comportamentos e atividades. É preciso passar de maneira clara quais são os objetivos da empresa para o ano, desmembrá-los por trimestre e especificar o que espera de cada colaborador. É importante mostrar o foco e a prioridade, não ter preguiça de comunicar e recomunicar. Liderança é a capacidade de colocar no papel qual o objetivo e o que fazer para atingi-lo”, destacou Neistein.
Ricardo Grandinetti abordou o crescimento significativo dos pagamentos online. Durante a pandemia, muitas pessoas utilizaram o e-commerce pela primeira vez, enquanto outras já que compravam online estenderam o consumo para outras categorias. A aceleração no uso de novos meios de pagamento representa uma mudança de comportamento do consumidor, o que também reflete em mudanças estratégicas do setor varejista.
Já Ricardo Pena, cofundador e CEO da PeopleXperience, palestrou sobre como transformar sua equipe em uma fábrica de experiências incríveis para os clientes. Segundo ele, um levantamento do Gartner mostra que 82% das empresas afirmam estar preocupadas com o cliente, mas que apenas 47% colocam o planejamento de CX em prática. E essa baixa tem muita responsabilidade da liderança. “O papel do líder é ajudar sua equipe a criar experiências incríveis para os clientes, considerando três passos básicos: entender que todas as áreas são responsáveis pela experiência; viver valores da empresa e mapear a jornada do cliente com sua equipe”, ressaltou.
Em sua palestra, Rodrigo Pádua, VP Global de Gente e Cultura do Grupo Stefanini, destacou como o projeto Stefanini Everywhere democratizou o acesso ao mercado de trabalho, ao permitir a contratação de pessoas de qualquer lugar do País, independentemente se há um escritório da empresa naquela localidade.
Neste programa, todo o processo de seleção, contratação e treinamento é realizado de maneira virtual. A solução de Inteligência Artificial (IA) da Stefanini, batizada de Sophie, ajuda na dinâmica, fazendo o “match” entre o candidato e a vaga. Ao ingressar na empresa, os profissionais selecionados passam pelo onboarding digital e pelo mentoring, e já começam a atuar de forma on-line, no modelo de home office.
“Usamos a tecnologia para viabilizar a contratação de talentos que, no processo convencional, poderiam não ser selecionadas por uma questão física. Com o trabalho remoto, as possibilidades se potencializaram ainda mais e nos trouxeram a oportunidade de integrar à equipe pessoas de diferentes regiões do Brasil. Isso reforça mais uma vez os benefícios que a transformação digital pode trazer para o mundo dos negócios”, disse Rodrigo Pádua.
Com o Stefanini Everywhere, pelo menos 50% dos colaboradores da multinacional brasileira atuarão, após a pandemia, no modelo de trabalho remoto, que será dividido entre full, flex home office e flex time office. A proposta da Stefanini é repensar como as pessoas podem desempenhar melhor suas funções. No caso do home office, a ideia é fazer algo mais planejado e estruturado para garantir a evolução contínua desse tipo de trabalho, com a garantia de que as operações serão mantidas com a mesma qualidade e eficiência.
O segundo Digitalks Executive, que trará a temática “Dados e Tendências Tecnológicas” e promoverá 13 trilhas, será realizado nos dias 10 e 11 de junho. O último evento da série acontecerá nos dias 26 e 27 de outubro, com nove trilhas de conteúdo sobre “Sociedade e Economia Digital”.
Para saber mais, visite digitalks.com.br/agenda.
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