Quarta-feira, 01 de agosto de 2018
Na Era da Experiência, mais que vender um produto as marcas e empresas têm o desafio de encantar o cliente, proporcionando a ele uma experiência inesquecível. Nessa hora, o Design Thinking é um grande aliado para ajudar a atingir essa meta.
As empresas que querem se adaptar à nova realidade do consumidor precisam entender que o design não se refere apenas à parte visual do produto ou serviço. Como constatou o Designer, Euripedes Magalhães, durante sua palestra no evento Adobe Experience House, ontem, dia 31.
Para Magalhães, o Design precisa estar conectado com os negócios e, quando se fala em Design Thinking é preciso ir ainda mais longe, usar conhecimentos e formações de áreas que vão além da criatividade e da parte visual para desenvolver o processo do design de forma mais estratégica.
“Antes de eu sair desenvolvendo um app eu preciso saber quem vai utilizar, de que forma, se isso vai me gerar dinheiro e etc. Design não é arte. Obviamente, o design se apropria da arte em termos visuais, mas tem outros aspectos ligados a ele”, explicou o designer.
O especialista ainda ressaltou que design não deveria ser considerado algo criativo porque é um processo que envolve metodologia e objetivos claros, independente do que será trabalhado. Por tanto, as empresas precisam entender que o designer é um profissional que dever ser especialista no processo como um todo e não um mero especialista nas soluções.
Durante sua palestra, Magalhães também mostrou o modelo de uma estrutura básica do Desing Thinking. Nesse exemplo, resolver o problema é o foco e, para isso, os profissionais envolvidos no projeto precisam passar pelas seguintes fases: descoberta, definição, desenvolvimento e entrega.
Para ter uma aplicação eficaz desse método, antes de tudo, você precisa conhecer a sua audiência, seu público-alvo e entender o problema que precisa ser resolvido. Depois, você aplica a técnica do Design Thinking para encontrar a melhor maneira de oferecer a solução que seu cliente deseja.
Euripedes lembrou também que é preciso pensar no design aliado ao novo comportamento do consumidor. “Pense no comportamento que está por trás do uso dos produtos”, indicou.
Um exemplo interessante sobre as mudanças do comportamento do consumidor e a importância de saber observá-las é o uso do celular. Esse aparelho mudou nossa forma de agir e de consumir produtos e serviços. O designer exemplificou:
“Hoje, você recebe um invite pelo Gmail e quando está perto de sair para a reunião, o próprio Gmail te avisa disso. No carro você pode usar o Google Maps para encontrar o caminho e, se tiver um relógio conectado pode visualizar o caminho por lá ou pelo celular”.
Esse exemplo evidencia o comportamento do consumidor omnichannel, que vive conectado e navega por diversas plataformas. Diante disso, as empresas e marcas precisam pensar em desenvolver produtos e oferecer serviços em múltiplas plataformas que estão presentes no dia a dia do cliente. Dessa forma será possível impactar o cliente e atender melhor as suas necessidades.
No final da sua apresentação Magalhães recomentou que as empresas que querem ser disruptivas no desgin de experiencias sigam a Blue Ocean Strategy que consiste em diminuir custos e aumentar o valor financeiro dos negócios. Alguns dos mandamentos citados pelo designer foram:
*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.
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