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[Content e Mobile 2017] Qual o futuro do conteúdo?

Bruno Belardo, do BuzzFeed, dá dicas para as empresas produzirem conteúdos de qualidade e que gerem engajamento

 

* Por Bianca Borges

 

Cada vez mais, os usuários estão resistentes a anúncios publicitários e interessados em informação. Por isso, as marcas e empresas precisam priorizar a produção de conteúdo relevante para atrair seus clientes no mercado digital. “O futuro do conteúdo” foi o tema da palestra de Bruno Belardo, VP de Estratégia de Marca do BuzzFeed, na Conferência Content e Mobile 2017, que aconteceu nesta terça-feira, dia 21.

“Conteúdo é uma ciência pela qual você pode criar algo relevante e inspirador. Para isso, é preciso estudar e entender quem consome seu conteúdo, pois só assim será possível trazer informações diferenciadas e assertivas para o seu público-alvo”, explicou Belardo.

 

Atualmente, os consumidores escolhem o conteúdo que vão consumir. Diante disso, as marcas devem estabelecer uma relação mais humana com os clientes. Não adianta falar sobre algo que ninguém quer ler, mas também é impossível alcançar todo o seu público-alvo com exatamente o mesmo formato de conteúdo. É preciso diversificar os formatos e os canais pelos quais sua empresa irá impactar a audiência.

Bruno Belardo, VP de Estratégia de Marca do BuzzFeed fala sobre o futuro de conteúdo na Conferência Content Mobile 2017

 

Empatia e conexão humana são superpoderes para construir uma audiência em escala. A gente acredita que as pessoas devem ser autênticas e não queremos colocar rótulos em ninguém, então nós criamos 600 conteúdos por dia para agradar a todos os públicos que acessam o BuzzFeed. As pessoas escolhem o conteúdo que faz mais sentido para elas e, a partir daí, nós começamos a criar clusters de pessoas que têm interesse por determinado tipo de assunto”, afirmou o VP.

 

É importante estar presente em diversas mídias, porém, isso não quer dizer que a empresa precisa estar em todos os canais que existem no mercado. O ideal é escolher as que sejam mais relevantes para o tipo de negócio e público que a organização conversa.

 

Conteúdo simples que empodere o usuário

Segundo Belardo, atualmente, ninguém tem paciência para conteúdos complexos, quanto mais simplificado e acessível para todos, melhor esse conteúdo será recebido pela audiência.

Um case bem-sucedido citado por Belardo foi a página Tasty, que tem apenas um ano e meio de existência no Facebook e já conta com mais de 80 milhões de fãs. Em função dessa página, o BuzzFeed foi eleito uma das 50 companhias mais inovadoras de 2017 pela revista americana Fast Company. Essa página, basicamente, ensina o usuário a fazer receitas culinárias práticas a partir de vídeos e, com isso, o empodera.

“Nunca antes uma empresa de conteúdo ganhou esse título. Quem normalmente ganhava eram empresas de tecnologias como Oracle e Tesla. Isso mostra o quanto esse cenário mudou e como o conteúdo é relevante hoje”, comenta o especialista.

 

Ter um conteúdo de “how to” que ensina as pessoas a fazerem determinada coisa é uma ótima alternativa para gerar engajamento. Segundo o VP, esse tipo de material, normalmente, tem muitos compartilhados nas redes sociais.

 

Conteúdo bom é compartilhado

Durante a palestra, Belardo ressaltou que o principal atributo de um bom conteúdo é o share. Por isso, antes de colocar o conteúdo no ar, você precisa se fazer duas perguntas básicas:

  • – Quem compartilharia esse post
  • – E por que?

 

 Se você chegar à conclusão que poucas pessoas fariam isso, então sua estratégia precisa ser repensada. Você pode comprar muitas métricas nas redes sociais, mas o compartilhamento não. E se o cara compartilha aquilo, ele acredita no que está escrito”, afirmou Belardo.

Um conteúdo de qualidade também é a alternativa para driblar os adblockers, que, cada vez mais, são utilizados pelos usuários.  De acordo com o especialista, em 2015, no Brasil, foram gastos R$ 22 milhões com os bloqueadores de anúncios e, no ano passado, esse número praticamente dobrou.

O VP do BuzzFeed terminou sua apresentação com uma dica para os participantes do evento:

“Quando se trata de conteúdo, as coisas mudam rápido e vão mudar mais rápido ainda. Por isso, trabalhar com conteúdo é um aprendizado constante. Então, não leve tão a sério quando você comete um erro, mas tente aprender com ele”.

 

* Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi, trabalhou na Investe São Paulo com assessoria de imprensa e, hoje, atua na equipe de Conteúdo do Digitalks.

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