Entenda porque o Branded Entertainment é uma maneira de produzir conteúdo de qualidade para as marcas

*Por Bianca Borges

O marketing se reinventa o tempo todo e as empresas e marcas precisam reformular suas estratégias de tempos em tempos para não perder espaço para a concorrência. Nesse contexto de mudanças surge o Branded Entertainment. Mas o que é esse conceito e como a sua empresa pode se beneficiar com ele?

Flávia Gamonar, Top Voice do LinedIn e Co-fundadora da 321 COMM  e Sérgio Bicudo, Curador do portal “As coisas mais criativas do mundo”, estiveram presentes na Conferência: Content 2018 promovida pelo Digitalks para falar sobre o assunto.

Afinal, o que é Branded Entertainment?

De acordo com a definição de Sérgio Bicudo, “Branded Entertainment está contido no Branded Content que pode ser dividido em conteúdos mais reais ou ficcionais”.

No Content Marketing existe uma preocupação com a continuidade. É preciso entender que cada pessoa está em um estágio da jornada e o conteúdo é consumido de forma natural, a medida em que o leitor avança no funil de vendas. O objetivo final do Content Marketing é a venda mesmo que indiretamente.

Já no Branded Entertainment o foco principal é criar um ambiente de interação da marca com seu público-alvo que não é apenas mero espectador da ação. Ao contrário, é o público que decide se vai interagir com o conteúdo da sua marca ou não, e para isso, é essencial que as marcas e empresas comecem a ouvir mais o que os seus clientes têm a dizer.

Para Flávia, a chave para o sucesso aqui é a aproximação das marcas com os seus clientes. “O grande cerne do conteúdo é aproveitar que conseguimos ouvir nosso público e produzir um conteúdo que seja capaz de causar a identificação do consumidor”, comentou a Top Voice do LinkedIn.

Criatividade no comando da sua estratégia

A tecnologia é uma aliada para criar experiências personalizadas e promover a interação das empresas com seus consumidores, mas sozinha ela não basta. A criatividade é o ponto essencial nas estratégias de Branded Entertainment.

“Emoção é o que nos move. E como a gente passa essa emoção para as pessoas com toda a tecnologia que temos? Criatividade é o que nos resta porque a gente está sendo substituído pelas máquinas”, afirmou Bicudo.

Para o curador do site “As coisas mais criativas do mundo” uma ideia é apenas o começo do problema, afinal ela precisa virar um produto e ser sustentável. Mas para que tudo isso aconteça, as empresas e marcas precisam perder o medo de promover mudanças e inovar.

“A gente não consegue inventar nada novo se não errar, não testar, não quebrar a cabeça. As empresas têm uma dificuldade de inovar porque possuem uma serie de urgências a serem resolvidas antes de pensar nas inovações. Construir relacionamentos com startups e criativos é uma forma de inovar”, indicou Bicudo.

Para Flávia a tecnologia é uma aliada na personalização, mas é importante lembrar que ninguém compartilha um conteúdo porque foi uma marca que divulgou. “A pessoa compartilha porque deu valor para aquilo que foi dito, porque considerou relevante”, salientou a Top Voice do LinkedIn.

Além de ser criativo e inovador você precisa começar a ouvir e entender o que os clientes estão buscando de fato. No contexto do Branded Entertainment, o principal desafio das marcas e empresas é descobrir como elas podem interconectar as histórias das pessoas com os seus produtos e produzir conteúdos mais efetivos.

Só não esqueça dessa dica que Sérgio Bicudo deu ao final do bate-papo: “as marcas hoje objetivam criar relacionamentos e a base de qualquer criação de relacionamento é a confiança, a verdade”.

*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.