terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Como será a publicidade programática em alguns anos?
De acordo com o novo estudo encomendado pela Viant, “Power of the People: How People-Based Marketing Is Driving Change Across the US Advertising Industry”, o marketing baseado nas pessoas é uma tendência e existem evidências que apoiam essa visão. A empresa Censuwide conduziu o estudo e analisou marcas dos EUA que possuem receita maior ou igual a 50 milhões de dólares.
Segundo a pesquisa, 93% das empresas pesquisadas estão executando campanhas de marketing baseadas em pessoas em redes sociais como Facebook e Twitter. Por si só, isso não é muito surpreendente, uma vez que essas redes sociais oferecem identificação e perfis consistentes de seus usuários.
Mas o relatório também observou que 58% dos entrevistados executam campanhas baseadas em pessoas na web aberta. O documento da Viant qualifica isso como “apenas 58 por cento”, mas isso significa que quase 60% das marcas pesquisadas promovem campanhas de marketing voltadas para os atuais perfis de dispositivos cruzados, que consistem principalmente em seus próprios clientes, assinantes e visitantes.
A pesquisa também descobriu que 90% dos entrevistados observaram um melhor desempenho do marketing baseado em pessoas e – mais interessante – que 64% acreditam que o setor vai parar de confiar em dados probabilísticos nos próximos 12 meses a dois anos. O marketing baseado em pessoas utiliza dados determinísticos, que é definitivamente o oposto dos dados probabilísticos, que são marcados por vários graus de probabilidade.
Essas descobertas se enquadram em alguns outros sentimentos expressados pelos veteranos da tecnologia de anúncios. Na última semana, por exemplo, Ziyaad Eydatoula, gerente de produtos de tecnologia para a empresa global de marketing Mapp Digital, disse que “muitas empresas deixarão de usar dados de terceiros” depois que o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) entrar em vigor 25 de maio.
Outro ponto interessante na pesquisa da Viant é que 32% dos entrevistados acreditam que a indústria não dependerá de cookies nos próximos 12 meses, seguido de perto por aqueles que acreditam que vai demorar mais de um ano e até dois anos (31 %).
Jon Schulz, CMO da Viant, reconheceu que sua empresa usa cookies para rastrear seus usuários registrados que estão em computadores, além de endereços IP domésticos e outros sinais. Mas notou que a atividade do usuário é cada vez mais móvel, o que significa que os IDs de dispositivos móveis estão se tornando uma ferramenta de rastreamento frequente.
Mas o principal, para o CMO, é a ideia de que as marcas se concentrem no relacionamento direto com clientes, assinantes e visitantes, em vez de orientar seu marketing para cookies anônimos definidos pelo comportamento on-line interpretado de seus usuários.
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O estudo foi divulgado originalmente por Barry Levine no portal Martech Today.
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