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Estudo revela tendências de comportamento das mães da geração Milênio

Maior liberdade e menos artificialidade são alguns dos aspectos do comportamento das mães da geração milênio que as marcas devem ficar atentas

 

Como as mães da geração Milênio, nascidas a partir dos anos 80, enxergam as marcas e consomem produtos e serviços? Como as empresas devem se comunicar com esse público? Com o intuito de compreender quais são os novos desafios das marcas em relação ao o comportamento das Millennials Moms, a E.Life desenvolveu uma pesquisa.

O estudo combina técnicas de segmentação psicográfica (com base em life events, valores, atitudes, interesses e estilos de vida dos consumidores), além de dados de redes sociais. A segmentação do público estudado parte de traços sócio-demográficos como renda, idade ou região do entrevistado e aborda experiências reais com marcas, eventos de vida (como a chegada de um filho, a compra de um carro ou o início da faculdade), perfis comportamentais ou características atitudinais, criando novas possibilidades de perfilamento e de conhecimento sobre o público.

A análise de dados se baseia em conversas completas em grupos, páginas ou eventos do Facebook e canais e perfis do YouTube e Instagram, não dependendo de termos de busca, o que nos permite um olhar exploratório, buscando a fundo aquilo que se esconde abaixo dos grandes volumes de dados sobre as marcas uma vez que nada é excluído do database.

Este olhar direcionado a 68 páginas e grupos que discutem a maternidade no Facebook nos ajudaram a compreender as seguintes tendências:

Tendência 1: Não ao artificial

Naturalização: As redes sociais dão força para a tendência de “naturalização” na maternidade – desde o parto natural até o uso de soluções caseiras, mas sobretudo na alimentação dos bebês: são cada vez mais valorizados a amamentação prolongada e os métodos de introdução alimentar que priorizam alimentos naturais.

Maior rede de informação: Nesse sentido, há desconfiança em relação a pediatras que indicam o uso de fórmulas: algumas pessoas acreditam que se trate mais de associação comercial entre médicos e empresas produtoras de fórmulas do que uma decisão que beneficie os bebês.

Nada industrializado: Papinhas prontas e alimentos industrializados são excluídos da introdução alimentar natural. Priorizar frutas e legumes in natura e alimentos preparados em casa é uma forma de oferecer aos bebês a opção mais saudável possível, sem preocupação com malefícios futuros. No decorrer do crescimento da criança, essas mães continuarão evitando produtos prontos (como doces, bolachas, refrigerantes e sucos de caixinha) pelo maior tempo possível – ainda que a criança comece a frequentar círculos sociais, como festas de aniversário. Elas acreditam que alimentos industrializados prejudicam o paladar do bebê, que pode passar a rejeitar o que é natural.

Sem açúcar: Há uma forte preocupação em relação aos malefícios do açúcar, sobretudo em bebês com menos de um ano. Para evitar diabetes e obesidade, muitas mães da geração Milênio não adoçam nenhum tipo de alimento – restrição que também é mantida pelo maior tempo possível. Na busca pelo não consumo de açúcar, até mesmo os sucos naturais se tornam vilões: há preferência por frutas in natura, pois acredita-se que no preparo do suco há perda de nutrientes e liberação de frutose, o açúcar da fruta.

 

Tendência 2: O bebê faz escolhas

O bebê decide a hora: A tendência naturalista dá poder de escolha ao bebê: é ele quem define o quanto precisa mamar ou se alimentar. Muitas mães defendem a amamentação em livre demanda – ao invés de horários definidos para mamadas – permitindo que o bebê mame quando e quanto quiser.

O bebê decide o quanto e quando: Durante e após a introdução alimentar, os bebês e crianças pequenas também vão ganhando maior liberdade para escolher quando, quanto e o que querem comer. Ainda que ofereçam a variedade de nutrientes que julgam necessária, as mães adaptam o cardápio de acordo com o que seus bebês aceitam comer. Os horários das refeições deixam de ser rígidos, e é a própria criança que define a quantidade de comida que necessita para se sentir satisfeita – comer pouco não é mais sinônimo de comer mal. Nessa linha, vem ganhando espaço o método de introdução alimentar BLW (“Baby-ledWeaning”), ou “desmame guiado pelo bebê”, no qual os pais deixam pedaços de alimentos ao alcance da criança, que decide quais irá experimentar e consumir, levando sozinha a comida à boca. O método BLW vem eliminando o tradicional consumo de papinha em algumas casas.

 

Tendência 3: Comida é diversão

E deve estimular todos os sentidos: Dando maior liberdade de escolha para o bebê, os pais esperam que a alimentação deixe de ser vista pelas crianças como obrigação e passe a fazer parte da diversão. A comida é parte do processo de descoberta do bebê e, sobretudo entre os praticantes do método BLW, comer é uma experiência que estimula todos os sentidos. Permitir que o bebê guie seu próprio processo de introdução alimentar – definindo horários, variedades e quantidades – permite ainda que sua relação com a comida seja mais prazerosa, evitando traumas decorrentes da rigidez dos pais em relação a alimentos.

 

A partir dessa pesquisa, a E.life irá promover o Consumer Trends, evento que acontece dia 10 de fevereiro, e pretende mostrar como identificar tendências e comportamentos através de análises de dados das redes sociais.

 

Para saber mais sobre o evento e realizar sua inscrição, acesse este link.

 

 

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