Quarta-feira, 04 de outubro de 2017
Isabela Ventura, diretora geral da Lomandee, pioneira em Marketing de Afiliados no Brasil, palestrou sobre “Os principais motivos para incluir influenciadores digitais no seu planejamento de marketing” no Expo Fórum de Marketing Digital 2017.
A palestra apontou que nosso país está ente os primeiros no ranking de acesso às redes sociais, blogs e vlogs; o Brasileiro passa em torno de nove horas conectado, considerando a média mundial de 5h30min online.
Certo, a acessibilidade e a frequência à internet é alta no Brasil, gerando visibilidade igualmente alta para propagandas. O problema está na forma como ela está sendo feita. “As pessoas não gostam de anúncios, as marcas precisam entender que é preciso entretenimento, valor e conteúdo para que o consumidor se interesse. Enfiar a publicidade “goela abaixo” não funciona mais”, explicou Ventura ao afirmar que o uso de aplicativos para bloqueios de anúncios, os Ad Blockers, cresceu 41% no mundo inteiro nos últimos 12 meses. São mais de 616 milhões de usuários.
O que funciona, então? Conteúdo. A publicidade que consegue se aproximar do cliente é a que possui um conteúdo que entretém. O influenciador é a ponte entras as duas bases porque, na verdade, é um criador de conteúdo. A influência que eles causam no público não é o objetivo, mas consequência dessa criação. Além disso, o influenciador, diferente de outras celebridades, visa “estreitar laços” com o público-alvo.
Diferente da publicidade tradicional, o Marketing de influência não é invasivo porque coloca produtos dentro do conteúdo orgânico, criando ações poderosas às marcas e, ao mesmo tempo, naturais aos olhos do consumidor. Segundo a Allison+Partners Influence Powerful Connections 2017, 52% dos seguidores experimentaram um produto por causa da informação ou indicação de um influenciador.
Apesar da audiência de celebridades ser maior que a de influenciadores, não necessariamente elas são a melhor opção para sua campanha. Segundo a diretora, “Celebridade é mais distante, enquanto que o influenciador é próximo, interativo, emocional e conectivo [com o público]”. Aliás, os influenciadores de pequeno e médio porte são os mais relevantes porque geram altos níveis de engajamento.
“Quanto maior e mais famoso, menor é o engajamento. O “pequeninho” é importante e tem que ser valorizado porque é aquele que fala com nichos específicos”, completou Ventura.
A propaganda que é relevante deve ter contexto, entretenimento e levar em consideração o cliente como pessoa, não como dado. O Marketing de Influência é a oportunidade da marca potencializar a divulgação em escala por meio de personalidades que os consumidores confiam e admiram. A mídia social não é apenas a alternativa à mídia tradicional, mas o novo modelar de pensamento do público. De acordo com o The Social Media Revolution, os posts de usuários representam 25% dos resultados de pesquisas das 20 maiores marcas mundiais. Quanto mais sua marca é mencionada, mais relevante ela estará no Google. Ou seja, o Marketing de Influência o ranking em SEO.
*Fernanda Campos Almeida é entusiasta por fotografia e literatura. Cursa jornalismo na UPM (Universidade Presbiteriana Mackenzie) e atua como criadora de conteúdo para a empresa Mobocity e para o portal influu.me.
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