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Tendência: O futuro do e-commerce é o mobile

Setor de e-commerce cresce 7,4% e mobile se torna a aposta para alavancar as vendas

 

*Por Bianca Borges

 

Apesar da atual situação econômica do país, o e-commerce nacional fechou o ano de 2016 com um total de R$ 44,4 bilhões no seu faturamento, registrando um crescimento de 7,4% em relação a 2015. Segundo o 35°WEBSHOPPERS, relatório divulgado pelo Ebit na última quinta-feira (16), o número de consumidores ativos também apresentou alta, passando dos 39 milhões em 2015 para 48 milhões em 2016.

Enquanto o comércio eletrônico conseguiu aumentar as vendas, o varejo físico encolheu 10% nos últimos dois anos, de acordo com o IBGE. Esse dado mostra que os consumidores estão migrando do ambiente offline para o online, e um dos fatores responsáveis por essa mudança é o aumento do uso dos dispositivos móveis.

Segundo o WEBSHOPPERS, houve um crescimento de 84% nas compras realizadas através de dispositivos móveis. Em 2015, o total das aquisições via mobile era de 12% e, no ano passado,esse número chegou a 21,5%.

“Esse aumento está relacionado à participação do público feminino, que compra mais por meio dos dispositivos móveis. Em 2016, 75% das compras foram realizadas por mulheres. Elas são mais incisivas do que os homens nesse ponto”, afirmou o CEO da Ebit, Pedro Guasti.

 

É fato que o consumidor está conectado 24 horas por dias ao seu smartphone, por isso as empresas, principalmente as de e-commerce, precisam investir em melhorar a experiência do cliente nesse ambiente, criando sites responsivos, de fácil navegação e carregamento rápido.

 

Expectativas para o e-commerce

Em 2017, assim como no ano passado, as perspectivas para o e-commerce são otimistas. É esperado um crescimento de 12% no setor e um faturamento de quase R$ 50 bilhões. Confira quais são as principais tendências para o setor este ano:

 

Compras via mobile

Em relação às compras por meio de dispositivos móveis, a previsão para este ano continua positiva. De acordo com o Ebit, a representatividade dessas transações pode chegar a 32% até dezembro.

 

Frete grátis

Outro fato ao qual se deve olhar com atenção é a redução da oferta de frete grátis que, apesar de ser um grande chamariz para os consumidores, desde 2014, tem sido abandonada pelos varejistas. Segundo os dados do 35° WEBSHOPPERS, 61% das compras online foram realizadas com frete pago e essa tendência vai se intensificar ainda mais neste ano.  

 

Pagamento à vista

Em função da instabilidade do mercado econômico brasileiro, é possível notar que a forma de pagar pelas compras está sofrendo alterações. Os varejistas estão incentivando pagamentos em parcelas únicas e os clientes, por sua vez, parecem acatar essa sugestão. Em 2016, 42% optaram por pagar suas compras à vista. Esse número representa um leve aumento em relação ao ano anterior, no qual a porcentagem era de 39%.

 

Datas sazonais

As datas sazonais, como a Black Friday e o Natal, estão ganhando cada vez mais relevância. Em 2016, o faturamento da Black Friday cresceu 17% em relação a 2015, fechando em R$1,9 bilhões, somente nas 24 horas do dia 25 de novembro. Em 2017, as lojas de comércio online devem investir ainda mais em estratégias criativas de vendas para essas épocas.

 

Concorrência internacional

Os e-commerces brasileiros também devem se preocupar com a concorrência internacional. O relatório estima que, em 2016, 21,2 milhões de pessoas fizeram compras em sites fora do Brasil. Esse número representa 53% dos consumidores e a tendência é que, para 2017, 59% dos clientes façam compras em sites estrangeiros.  

Diante disso, torna-se evidente que os donos de comércio eletrônico no Brasil precisam se esforçar ainda mais para conquistar o seu público-alvo.

 

Veja as dicas de Pedro Giusti, CEO do Ebit, para que a sua empresa consiga atrair a atenção do consumidor.

 

Investir em categorias de nicho e produtos exclusivos também pode ser uma boa aposta para os pequenos e médios varejistas. “Se você lançar um e-commerce para vender celular, é óbvio que você terá muitos concorrentes e de grande porte. Por isso, acredito que produtos de nichos e exclusivos são as grandes oportunidades do mercado”, conclui André Dias, COO do Ebit.

 

* Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi, trabalhou na Investe São Paulo com assessoria de imprensa e, hoje, atua na equipe de Conteúdo do Digitalks.

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