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Mercado mobile: por que as empresas precisam investir nele?

Pesquisa constata que mercado mobile já é responsável por 30% das transações globais de compra

 

Texto por Bianca Borges*

 

A sociedade está utilizando cada vez mais o mobile, não apenas para se comunicar, mas também para adquirir produtos e serviços. De acordo com a pesquisa baseada na base de dados da zanox, rede europeia de afiliação líder em marketing de resultados, que avaliou o desempenho mundial do mercado mobile, 30% das transações globais de compras já são feitas via dispositivos móveis.

Um fator que influenciou bastante o crescimento das compras via smartphone foi o aumento do tamanho das telas dos celulares. As pessoas estão buscando cada vez mais celulares: grandes o suficiente para fácil visualização das informações e, ao mesmo tempo, pequenos o suficiente para caber no bolso.

O estudo, que analisou 4,3 mil empresas distribuídas em 11 países, incluindo Brasil, EUA, França, Alemanha, Leste Europeu e Países Nórdicos, também constatou que, em função do aumento do uso de smartphones, os m-commerces estão ganhando espaço. Pela primeira vez, os celulares ultrapassaram os tablets na participação de vendas mobile em todos os países analisados, conquistando a preferência de 17% dos compradores contra 13% que utilizaram tablets. As compras por meio do desktop ainda prevalecem totalizando 70%, porém, se comparadas ao ano de 2015, apresentam uma queda de 6%. Essa diferença representa a porcentagem de consumidores que ao invés de utilizar o desktop optaram pelos smartphones.

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Os usuários estão começando a trocar o desktop pelo smartphone e, por esse motivo, as empresas de e-commerce devem investir em sites que se adaptem à linguagem dos dispositivos móveis. De acordo com a diretora de Operações da zanox, Monalisa Rigo, as lojas virtuais precisam ter sites responsivos.

“O website e o m.site devem manter a mesma qualidade, pois, caso o usuário tenha algum impacto negativo durante a navegação na plataforma, ele irá se tornar muito mais reativo ao fazer uma nova compra mobile”, afirma a diretora.

Um site responsivo e com itens reduzidos para facilitar o acesso no mobile é essencial, porém, aliado a isso é necessário desenvolver um um conteúdo de marketing específico para essa ferramenta.

“É fundamental criar ações que prendam a atenção do usuário nos dispositivos móveis. Gamificação, aplicativos integrados com ações em canais sociais e vantagens para concretização da compra via mobile podem fazer a diferença”, sugere Gustavo Chapchap, gerente de Marketing e Vendas na JET e-business.

 

Processo de compra: Smartphone X Tablet

Apesar dos consumidores utilizarem cada vez mais os celulares para adquirir produtos e serviços, o valor das compras realizadas através de dispositivos com telas maiores, como tablets e desktop, ainda é mais elevado.

A pesquisa constatou que durante o processo de compra, o celular é o dispositivo preferido de 13% dos consumidores para pesquisar e comparar preços, enquanto que o tablet foi citado como o veículo ideal por 6% dos entrevistados. Porém, no ato de fechar a venda, 13% preferem o tablet e 11% o smartphone.

 

Brasil: o crescimento do mobile e suas perspectivas promissoras

No primeiro semestre de 2015, o crescimento das vendas mobile no Brasil foi de quase 200%. Apesar de essa porcentagem ter diminuído no começo de 2016, ainda vemos uma alta de 90% em relação ao mesmo período do ano anterior, indicando que o segmento continua crescendo e convertendo.

Diante disso, fica claro que as empresas precisam continuar a elaborar campanhas mobile mais assertivas para conseguir se igualar ou, até mesmo, ultrapassar países como a Polônia e os Países Nórdicos, que tiveram um aumento no faturamento de 242% e 206%, respectivamente.

Para Caio Bretones, CEO da Mobile2You, o ano de 2017 será promissor para o setor de m-commerce.

“O comportamento do consumidor vêm se moldando de acordo com todas as facilidades que os dispositivos móveis oferecem atualmente. Com a confiança aumentando, os usuários tendem a consumir ainda mais através dessa plataforma”, conclui o CEO.

 

* Bianca Borges é jornalista pela Universidade Anhembi Morumbi, trabalhou na Investe São Paulo com assessoria de imprensa e, hoje, atua na equipe de Conteúdo do Digitalks.

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