Quinta-feira, 03 de novembro de 2016
Se, em negócios, olhar para trás é uma forma de aprender e tirar lições para aplicá-las ao presente, inclinar-se para o futuro é uma maneira de se antecipar às mudanças no mercado e, assim, lançar-se à frente da concorrência.
Seguindo essa recomendação, os profissionais de e-commerce devem ficar de olhos bem abertos para as novas tecnologias que, ao longo de 2016, foram testadas e aprovadas pelos principais canais de vendas online e se tornaram referência no mercado digital, bem como as estratégias que se consolidaram na abordagem do público consumidor do varejo moderno.
Que o mercado segue aquecido mesmo diante da crise, disso ninguém mais dúvida. De acordo com o 34º WebShoppers, o principal relatório sobre o setor de e-commerce no País, as vendas pela internet atingiram um faturamento de R$ 19,6 bilhões no primeiro semestre de 2016. O valor representa um crescimento nominal (descontada a inflação) de 5,2% em comparação ao mesmo período no ano passado.
Para ganhar destaque perante a concorrência e conquistar relevância junto ao consumidor, Guilherme Lunardi, VP de Marketing e Vendas da JET e-business, listou algumas das tendências do e-commerce para 2017:
Com a maior competitividade no e-commerce, as empresas devem disputar o laço afetivo do consumidor: o foco é na experiência de compra. Mais do que o produto e o serviço adquirido, a tendência é que o consumidor valorize o processo da compra em si, e o relacionamento da marca com o cliente é crucial nesse momento. Para o cliente valorizar, ele preciso se sentir valorizado. Daí os empresários do ramo precisam entender que não se trata mais de vender algo para uma pessoa, mas de valorizar a relação estabelecida com ela. Além disso, com as compras mais personalizadas e feitas na palma da mão, o consumidor deve ficar cada vez mais no comando – e esse detalhe é fundamental no momento de abordagem.
O consumidor moderno é multiplataforma. A mesma pessoa que adquire um produto no Shopping Center pode comprá-lo pela internet. O que muda não é o cliente, mas a opção de compra. Portanto, o varejo deve estar presente em todas esses canais de venda – é o conceito omnichannel, que muito se fala, mas pouco se faz. Em 2017, o mercado deve contar com mais ferramentas que consolidam esse intercâmbio de canais. Um exemplo disso, é o recém-lançado aplicativo iPDV, da JET e-business, que, dentre outras funções, sincroniza os estoques da loja física e virtual e mantém o varejista em contato com o cliente pela internet. A integração de canais de vendas, com uso de mais tecnologia embarcada, é um futuro inexorável: o consumidor é um só e transita livremente pelos meios físico e digital.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o celular é hoje o principal meio de acesso à internet, sendo usado por 80,4% das casas dos brasileiros com acesso à rede. Estes, por sua vez, já representam quase 55% da população. Pesquisas independentes mostram que o smartphone já virou uma alternativa na hora de fazer compras e já representa mais de 15% dos pedidos online. Com a adaptação das lojas virtuais para o mobile é de se esperar, portanto, um crescimento na participação do mercado varejista online no chamado m-commerce.
A tecnologia avançada trouxe conveniência até para o ato de compra. O mercado já oferece novos meios de pagamento com tecnologia embarcada que agilizam o processo e colaboram com a experiência de compra acima mencionada. Uma dessas novidades é a carteira virtual no e-commerce, que já foi abraçada por grandes redes de varejo. O dispositivo registra os dados dos cartões e é ativado por meio do mecanismo Touch ID, de leitura biométrica, que facilita o pagamento. Dois cases de sucesso no mercado são o Apple Pay e o Samsung Pay.
Conteúdo (vídeos, textos, redes sociais e anúncios) e ofertas (recomendação de produtos e descontos) tendem a ser cada vez mais personalizados para o consumidor. O intercâmbio de dados junto às redes sociais permitirá ao varejo definir um perfil mais preciso da demanda, e, por consequência, trabalhar uma divulgação mais assertiva de conteúdo e ofertas, além de definir o próprio nicho de mercado atendido pela loja virtual. Na era do big data, o varejista tem a oportunidade de conhecer em detalhes o perfil de compra de seu cliente e entender suas preferências na hora de colocar o produto no carrinho. Como é sabido, o consumidor deixa rastros por onde quer que passe, facilitando o monitoramento de seus hábitos de consumo. Novas tecnologias vão ajudar a fazer uma “leitura” mais inteligente dessas informações. Com essa riqueza de dados à disposição, o vendedor tem condições de antecipar o comportamento de compra do consumidor e, assim, criar oportunidades de venda.
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