Segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
Quase todos os varejistas estão correndo para construir uma estratégia omnichannel. Cada vez mais, startups e empresas estão desenvolvendo recursos on-line e combinando-os com sua experiência em loja física. Mesmo com as facilidades do e-commerce, 47% dos consumidores vêem valor na experiência do físico, segundo dados da Forrester. Dessa forma, investir nos recursos que o comércio eletrônico oferece ao consumidor pode ser decisivo para evitar a desistência de compra no varejo e fidelizar mais clientes nas lojas físicas no próximo ano.
Para Gustavo Reis, Head de Negócios do Direct – plataforma de gestão do varejo do Grupo Olist, que combina estratégias omnichannel, CRM e PDV – é possível usar a tecnologia e soluções que nasceram no e-commerce para as lojas físicas, proporcionando melhor experiência de compra e conversão para as lojas. “Os varejistas que migraram para o digital durante a pandemia tiveram que fazer outra mudança rápida em 2022, quando os compradores voltaram às lojas físicas. Não importa qual produto a loja vende, hoje é possível levar a experiência digital para dentro do ponto físico, transformando os vendedores em consultores, integrando também todos os canais conectados ao e-commerce dessa loja”, comenta.
Com a aproximação da chegada de 2023, o especialista elenca cinco tendências do e-commerce que devem ditar as compras nas lojas físicas no próximo ano. Confira:
O consumidor que compra online está habituado ao mix de produtos e sortimento infinito do ecommerce. Por isso, uma estratégia para os varejistas de lojas físicas é integrar e ter acesso para controlar todos os estoques digitalmente, o que possibilita que o consumidor compre um produto na loja física, mesmo sem ter o item localmente. “Essa solução facilita a conversão e vida do cliente, já que o vendedor pode consultar diversos estoques, como o e-commerce, lojas de outras unidades, se for franquias, parceiros, e até centros de distribuição, e o cliente recebe o pedido em casa. Com a prateleira infinita, o lojista melhora a experiência do consumidor presencial e como consequência reduz os “abandonos de carrinho” na loja física”, explica Reis.
Com um estoque integrado a diversos canais – e não só dependente da loja física – o cliente sempre terá a opção de compra quando estiver na busca de um produto específico. O vendedor poderá, por exemplo, realizar a venda com o tempo incremental de expedição feito por outra loja (omnicanalidade) ou na conveniência do ecommerce.
A atuação do vendedor das lojas físicas está cada vez mais poderosa, possibilitando casos em que o consumidor cria relacionamento na loja e compre pelo WhatsApp ou outros canais. Essa tendência é grande ao redor do mundo e já tem o nome de Clienteling, ação que integra recursos de vendas digitais para que os vendedores gerem experiências excepcionais para o cliente na loja.
Assim como campanhas são envelopadas nos sites, as marcas estão cada vez mais adaptando essa ação promocional e criando lojas físicas com períodos e objetivos específicos, por exemplo, utilizando datas e sazonalidades, como o inverno em Gramado, para se conectar com seus clientes e vender mais. Além disso, a parceria com influenciadores digitais para ajudar na conversão das lojas físicas tem crescido cada vez mais, se tornando uma importante ferramenta de vendas.
Novas tecnologias possibilitam checkouts distribuídos, permitindo que o consumidor pague as compras sem precisar ir até o caixa da loja, gerando muita conveniência especialmente em períodos de alto movimento. A plataforma Direct, por exemplo, permite que o vendedor realize transações no próprio celular, com acesso à cobertura de conciliação fiscal, além de criar carrinhos de qualquer lugar, encaminhando o cliente ao caixa somente para pagamento, ou até mesmo gerando um link ou QR Code personalizado para que o próprio cliente finalize a compra em casa.
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