Quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
O ano de 2019 será decisivo para o Brasil em marketing programático. A expectativa é que o país chegue à marca dos U$ 17,72 bilhões (eMarketer) e se torne o sétimo mercado programático a atingir uma avaliação de bilhões de dólares neste ano (PubMatic). Além disso, boa parte dos gastos será destinada ao mobile, que continua a crescer e deve responder por 66,9% do total de gastos com anúncios digitais em 2019.
Com relação ao mercado, a preocupação com a privacidade, com a experiência de usuário e com a otimização de serviços continuará a crescer no marketing programático em 2019. É o que indicam as previsões da MediaMath, empresa que atua no setor.
Confira quais as tendências que ganharão destaque neste ano segundo os líderes da empresa:
O ano da privacidade, 2018 foi marcado pelo GDPR e pela aprovação da Lei Brasileira de Proteção de Dados. Com a privacidade dos usuários em primeiro lugar, também aumenta o interesse em aplicações de machine learning que garantam sua preservação.
“Técnicas cada vez mais sofisticadas podem produzir modelos que são opacos, difíceis de confiar e condicionados. Isso motivará o aumento em pesquisas por IA e algoritmos de machine learning”, explica Fernando Juarez, General Manager da MediaMath para a América Latina.
Conforme os recursos se renovam e avançam, a necessidade por profissionais com expertise nessa área aumenta. Assim, as empresas que não usarem big data de fato em suas estratégias ficarão para trás. Essa distância entre empresas bem sucedidas e em colapso será ainda mais agravada pela escassez de talentos em analytics, engenheiros, big data e IA.
O canal dos outros canais, o mobile está se tornando a peça central dos gastos de publicidade, construindo a ponte entre o online e o offline por meio de dados de localização. Neste ano, podemos esperar não somente a melhoria de qualidade nos dados, mas também uma grande consolidação de seus fornecedores.
“Redes de anúncios de apps mobile se moverão para o programático à medida que os profissionais de marketing buscam mais transparência e controle”, avalia Cris Silva, Director, Account Lead da MediaMath no Brasil.
Outro setor que será muito importante para mídia programática neste ano é o áudio, com veículos passando a monetizá-lo. “Enquanto a voz ainda está um pouco distante, o áudio programático ganhará mais espaço no marketplace em 2019”, diz.
A TV conectada passou por uma mudança sísmica em 2018. No ano passado, cerca de 10 bilhões de dólares foram gastos em seu inventário – e a previsão é que esse número cresça em 2019, já que a indústria ainda não atingiu todo seu potencial.
“A verdadeira mudança da TV é que ela passa a ser um ambiente de comunicação personalizada. Nos próximos cinco anos, você verá que mais de 50% das impressões na TV serão enviadas por meio de algum tipo de conexão com a internet, tornando todas elas endereçáveis”, conta Fernando Juarez, General Manager de MediaMath para América Latina.
Seguindo o movimento de 2018, este ano será o ano do consumidor, com anunciantes, publishers, empresas de tecnologia e governos dedicados à privacidade do consumidor.
Porém, os ‘jardins murados’ desafiarão o mercado a manter uma experiência de internet livre e, ao mesmo tempo, monetizar o conteúdo por meio de publicidade personalizada. Nesse cenário, empresas de gerenciamento de consentimento, plataformas de dados de consumidores e plataformas de gestão de dados continuarão a ser componentes importantes.
“O caminho para continuarmos a fazer negócio será engajar a indústria e os consumidores com consentimento, para continuar entregando uma internet livre e aberta. Essa é uma questão global“, explica Cris Silva, Director, Account Lead da MediaMath no Brasil.
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