Terça-feira, 06 de dezembro de 2022
Os grandes eventos, como a Copa do Mundo e as eleições, além de Natal e Ano – que neste ano serão celebrados sem restrições – , movimentam o varejo, e a expectativa é que as vendas aumentem até 12% no segundo semestre, em relação a janeiro a junho de 2022, de acordo com a Associação Brasileira do Varejo (ABV). A projeção do levantamento é que mais de R$ 20 bilhões sejam injetados na economia nacional.
Segundo um estudo inédito divulgado pela Nielsen sobre as expectativas do mercado e tendências de consumo, as marcas têm espaço para influenciar em decisões de compra — e que o caminho para isto é focar na adequação da mensagem para os consumidores, potencializando os resultados. “Por isso é tão importante se preparar para as vendas de dezembro. Por exemplo, com a mídia programática e os dados conquistados no Black Friday é possível impactar usuários que pesquisaram, mas ainda não compraram”, diz Edu Sani, CEO da ADSPLAY, empresa especializada em mídia programática e marketing digital. “Essa é uma das estratégias que podemos utilizar: impactar usuários que demonstraram interesse, mas ainda não concluíram a compra”, explica.
Para o executivo, há uma diferença entre bom tráfego e tráfego de alta qualidade, e a mídia programática é projetada especificamente para segmentar o melhor possível. Com o aumento sazonal na época das festas de final de ano, o ideal é segmentar os anúncios com maior probabilidade de conversão. Com quase todo mundo usando dispositivos móveis, os profissionais de marketing de aplicativos têm a oportunidade de capitalizar esse grande volume de tráfego de entrada.
No entanto, é preciso considerar que os consumidores de hoje desejam uma melhor experiência de compra, o que significa um anúncio mais relevante com conteúdo atraente. “Se eu fosse um gerente de marketing não iria deixar de lado o volume de cookies conquistados na Black Friday, ativaria uma campanha de remarketing com geolocalização via mídia programática determinando a frequência certa, e potencializaria minhas vendas”, explica Sani.
O especialista também alerta: é preciso começar a campanha o quanto antes, já que os usuários não irão comprar muito próximo a data do Natal com o receio correto de o produto não chegar a tempo. “O ideal é começar a campanha ainda em novembro e terminar até a data limite que seu negócio consiga entregar sem atrasar o Natal de ninguém”, diz.
Em campanhas de datas comemorativas, o foco nem sempre é o consumidor final, por isso, é preciso levar em conta quem inicia e influencia a compra. Exemplo: uma esposa que quer presentear o marido, o pai que quer presentear a filha e por aí vai. É preciso montar uma estratégia para impactar os potenciais influenciadores.
Dificilmente a mídia programática terá um resultado satisfatório se trabalhada sem um cronograma bem definido. “A função da programática é ter um período maior de campanha, criando uma inteligência para poder criar um lead, impactando o target no dia e na hora do consumo”, diz Sani.
Com a mídia programática é possível, além de segmentar o público, definir o tipo de anúncio para cada um deles. Com antecedência, também é possível criar um storytelling de banners, por exemplo, que resulta em campanhas muito mais assertivas que apenas trabalhar com anúncios padronizados para todos os públicos.
Também é preciso entender o ramo de atuação, se é um produto, ou um restaurante que vai oferecer ceia de Natal, por exemplo. Os profissionais de Business Intelligence são os responsáveis por analisar os dados e otimizar as campanhas. “Nesse caso, a campanha ganharia força total na última semana, incluindo no próprio Natal”, conclui Sani.
Vale citar que a mídia programática pode se tratar de criação de valor além da conversão e impacta nas demais ferramentas que a empresa esteja utilizando, como Facebook ou Google Ads, influenciando na conversão. “Campanhas de mídia programática demandam planejamento e conhecimento de especialistas, mas podem trazer um ótimo retorno quando executadas corretamente”, conclui Sani.
Comentários