Segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Desde a década de 50 que se discute a inteligência artificial (IA) e o auxílio do trabalho de máquinas ao trabalho do ser humano, por exemplo. O termo inteligência artificial pode indicar todo um conjunto de técnicas de programação utilizadas para tentar resolver problemas de forma mais eficiente e o mais próximo possível do comportamento inteligente do ser humano, ou seja, o objetivo é desenvolver máquinas que não sigam apenas as rotinas pré-programadas, mas que consigam se adaptar a novos ambientes, perceber, raciocinar e tomar decisões.
Diversos aplicativos e funções específicas em computadores e dispositivos móveis já utilizam técnicas de IA como, por exemplo, as funções de voz no smartphone, como o Siri, da Apple; os vídeo games de futebol, onde cada jogador tem características muito específicas e próximas às de um competidor real e, também, aplicativos que descobrem a música que está tocando em questão de segundos.
Para muitos a inteligência artificial e suas constantes evoluções podem parecer muito próximas da ficção, mas essa tecnologia já está presente no cotidiano de todas as pessoas. Por isso, esse tema foi um dos mais debatidos durante a edição do Digital Summit Brasil 2016, promovido pela WSI, no final de novembro. Segundo o representante da WSI no Brasil, Caio Cunha, atualmente a IA é empregada em tantos campos que seria praticamente impossível listar todos. “Tentar se livrar da tecnologia é hoje uma tarefa impossível”, enfatizou.
Para ele, um dos fatores que torna a inteligência artificial um assunto relevante para ser discutido é o fato de que ela auxilia as empresas a conhecerem quem é o seu consumidor e o que ele deseja.
“Hoje, 71% das pessoas tomam decisões de compras na internet e a inteligência artificial traz grandes mudanças na relação entre empresa e consumidor. Na área de marketing, a inteligência artificial é a bola da vez. A cada ano, o marketing tem se tornado mais digital e essa característica faz com que ele aconteça em ferramentas,como as mídias sociais, que recebem diversos dados que propiciam que as pessoas analisem e tomem decisões. E várias destas ferramentas são baseadas em IA e isso tende a aumentar cada vez mais”, destacou.
Marcell Rosa, executivo de Contas do LinkedIn e um dos palestrantes da segunda edição do Digital Summit Brasil, afirmou que, em 2014, quando MarckZuckerberg comprou o WhatsApp por 19 bilhões de dólares, ele acreditou ser a maior besteira.
“Hoje consigo entender o quanto Zuckerberg foi visionário, pois com o Facebook ele sabe quem é seu usuário e com o WhatsApp ele tem dados do seu comportamento, do que o seu usuário deseja. Hoje, a IA do Facebook só é capaz de reconhecer padrões e tem uma aprendizagem supervisionada, mas é previsível que, com os recursos da rede social, os cientistas acabem chegando à inteligências artificiais superinteligentes, capazes de aprender novas habilidades”, ressaltou.
Se existe uma palavra que define tudo o que é o comportamento do consumidor, essa palavra seria “dinâmico”. Nos novos tempos, as empresas precisam lidar com pessoas que reagem a cada mudança do mercado, a cada lançamento de produtos e a tudo que influencia em como elas irão se conectar com as marcas.
“Para que as empresas tenham sucesso e se firmem no mercado é necessário que elas surpreendam e conheçam seus clientes, o que eles buscam, suas preferências, para assim adequar às suas necessidades. E compreender os caminhos da inteligência artificial será cada vez mais importante para entender a direção que o consumo está tomando”, enfatizou Caio Cunha.
Para os que acreditam que a inteligência artificial pode ser mais uma tendência passageira, um estudo do Gartner Group prevê que, até 2020, 40% das interações com dispositivos móveis serão feitas a partir de softwares de Inteligência Artificial.
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