Por Marcelo Trevisani, em artigo publicado originalmente para o CIO.*

São várias as possibilidades de aplicação do Growth Hacking, mas todas passam pelo uso da tecnologia de forma inovadora, promovendo uma boa experiência para o usuário

O que Airbnb, Facebook, Dropbox, Uber, PayPal e YouTube têm em comum em suas estratégias de negócios? Todas essas empresas de destaque no ambiente digital usaram ações de Growth Hacking para ampliar de forma rápida suas participações de mercado. É uma tática muito comum que nasceu no ambiente “lean” de startups e que já começa a ser usada por empresas consolidadas em seus ambientes de negócios, com o objetivo de dar novos saltos de crescimento. São grandes empresas que já reconheceram os benefícios de se utilizar o Growth Hacking, contribuindo para elevar o alcance da comunicação e experiência da marca com usuários, a custos baixos.

Na prática, o Growth Hacking aplica, de forma inovadora, gestão de dados, tecnologia e experiência do usuário com conceitos de marketing digital para o desenvolvimento de negócios de forma ágil. Torna-se um novo mind-set para que a estrutura tradicional da organização seja mais rápida e assertiva na tomada de decisões, a partir do entendimento de dados em tempo real.

O conceito hack escala o que está dando certo, aprimorando e nutrindo a estratégia com dados. Isto, sem a necessidade de seguir um processo já estabelecido dentro da empresa, nem estar ligado diretamente a uma única área, como a área comercial. Tem inclusive sendo visto como o novo marketing, especialmente por sua atuação de forma transversal, envolvendo várias áreas da empresa para que os impactos nas relações e experiências com os novos clientes sejam rapidamente absorvidos, garantindo retenção e ampliação do negócio.

Quando a rede social Facebook foi criada, um hack na base de dados de outra rede, já amplamente usada por universitários, garantiu o pontapé inicial em seu grupo de usuários. A tática hacker do Airbnb foi a integração com a base de usuários do Craigslist, uma rede de comunidades online com anúncios gratuitos. Já o Dropbox viralizou um vídeo nas redes sociais, mostrando seu funcionamento e benefícios.

O YouTube desenvolveu um widget, para levar a audiência do Myspace para seus vídeos. Esses exemplos mostram que a tecnologia combinada com oportunidades – identificadas pelo marketing para atingir o público-alvo – torna possível a entrega de valor aos usuários.

É esta fórmula de sucesso que pode levar ao crescimento acelerado da base de clientes das organizações.

O Growth Hacking foi tema de um dos painéis da 2ª edição do Innovators Summit, realizado pela CI&T e a +Innovators em setembro. Sander Daniels, um dos fundadores da Thumbtack, um marketplace de serviços que tem em seu histórico uma alta taxa de crescimento obtida por meio de ações de Growth Hacking, contou um pouco de sua experiência desde 2009 usando esse conceito para ampliar a base do negócio, que hoje já conta com 250 mil clientes pagantes.

Como podemos ver são várias as possibilidades de aplicação do conceito, mas todas passam pelo uso da tecnologia de forma inovadora e promovendo uma boa experiência para o usuário. E você? Está pronto para usar as táticas hackers para fazer seu negócio crescer de forma acelerada?

*Texto originalmente publicado no CIO, empresa que pertence ao grupo do IDG. Marcelo Trevisani é head of Digital Marketing na CI&T .