Segunda-feira, 10 de setembro de 2018
As tecnologias digitais impactam diretamente o consumidor, fazendo com que ele mude suas expectativas sobre os produtos e serviços ofertados no mercado. Porém, quando falamos de pessoas, percebemos que a maior transformação não é digital, mas cultural. Talvez por isso algumas áreas e profissionais enfrentem dificuldades para se adequar, temendo as consequências do processo. Uma das áreas que caminha a passos lentos para se encontrar nesse universo é a educação.
Baseados na experiência da escola de negócios Saint Paul, ao implantar Inteligência Artificial em seu processo de ensino, Wagner Kojo, Head of Business Industry na Stefanini, e Filipe Contait, Diretor de Tecnologia da Stefanini Scala, debateram o futuro da educação levando em consideração as transformações culturais dos últimos anos.
“A educação ainda não passou por esse processo. No ranking de inovação, as faculdades ocupam os últimos lugares”, afirmou Kojo.
O ensino à distância está presente no dia a dia de muitas instituições de ensino, integral ou parcialmente. Porém, mesmo online, o aluno ainda se sente sozinho. Isso sem contar os questionamentos a respeito do papel do professor com as inovações tecnológicas, pois sua figura não se faz presente 24h.
Foi pensando nessas questões que a Saint Paul ousou e criou o “Paul”, um tutor virtual treinando por professores e que responde as dúvidas dos alunos a qualquer hora e em qualquer lugar.
“A Inteligência Artificial deve ser encarada como uma oportunidade para o seu negócio. Sem contar que sempre haverá um curador, uma pessoa, ensinando e operando aquele sistema”, explicou Contait.
A Inteligência Artificial gera uma nova experiência, impactando o processo de aprendizagem e produzindo conteúdos específicos para aquele usuário.
“No primeiro contato, Paul faz perguntas sobre o que o aluno sabe sobre o tema. Conforme o contato vai se estabelecendo, ele consegue capturar a personalidade do usuário, para saber a melhor forma de ensinar, aquela em que o estudante vai aprender”, explicou o diretor de Tecnologia da Stefanini Scala.
A comunicação cognitiva é o futuro do saber. Em breve as iniciativas isoladas da tecnologia não impactarão o usuário. O melhor a ser feito é encarar a evolução digital como uma aliada nos processos de aprendizagem.
* Thais Lemes é formada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS MG. Assessora de Comunicação, com ampla experiência na área educacional, atualmente cursa pós-graduação em Marketing Digital, seu atual interesse.
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