Sexta-feira, 05 de julho de 2024
Quem decide empreender no varejo, invariavelmente vai ter que se planejar para além da loja física, investir também em canais digitais, especialmente o e-commerce, canal que está crescendo cada vez mais na preferência dos consumidores. Isso se comprova em dados: 85% dos brasileiros afirmam comprar em lojas virtuais ao menos uma vez por mês, conforme demonstra a pesquisa E-Commerce Trends 2024 da Opinion Box.
No entanto, no processo de criar a loja virtual, muitos empreendedores acabam cometendo erros que comprometem o desempenho e a sustentabilidade das lojas virtuais, impedindo assim o sucesso da marca em um mercado tão concorrido. Por isso, Rafael Hertel, especialista em marketing digital e Country Manager da Hostinger no Brasil, compilou os 101 erros mais comuns cometidos no processo de desenvolvimento e na gestão do e-commerce.
A lista completa pode ser acessada clicando aqui, mas abaixo listamos os principais tópicos que merecem atenção na hora de criar o seu e-commerce.
De acordo com Rafael, tudo começa na construção do site, que contribui para uma maior visibilidade e performance. “Não investir em um sistema robusto de segurança, em uma boa plataforma de e-commerce e escolher qualquer hospedagem sem pesquisar antes são escolhas que podem custar caro a longo prazo. A nossa hospedagem na Hostinger, por exemplo, custa apenas R$10,99 e já oferece muitos recursos essenciais. Além disso, é muito importante ter uma loja com domínio próprio e cuidar dos erros na página de pagamento”, afirma.
Dados da Câmara Brasileira da Economia Digital mostram que 8% dos consumidores desistem da aquisição por problemas em meios de pagamento e 67% das empresas afirmam ter dificuldade para recuperar os clientes afetados. “Esses números demonstram a importância de zelar por uma boa experiência dos usuários, através de testes constantes e simplificação do processo de compra”, destaca Hertel.
Outro aspecto fundamental, de acordo com o especialista, é a gestão do e-commerce, com ênfase na seleção de produtos, estoque e especialmente no atendimento ao cliente. Um relatório da Hibou demonstra que para 53% dos brasileiros, o atendimento é o grande responsável pela fidelização a uma marca. “Deixar de garantir uma boa experiência ao cliente no pré-venda, no processo de compra e especialmente no pós-venda prejudica a performance a longo prazo do seu e-commerce, pois impacta sua reputação e impede que você fidelize seus clientes”, destaca.
Além disso, um erro muito comum é apostar todas as fichas em apenas um canal de venda, deixando de diversificar para outras plataformas, como marketplaces e mídias sociais. “Isso prejudica o processo de aquisição de novos clientes e reduz o potencial de visibilidade da marca no mercado, fazendo ela cair no esquecimento com o tempo”, ressalta o country manager da Hostinger.
O especialista alerta ainda para a falta de proteção de dados aos clientes, especialmente levando em consideração a Lei Geral de Proteção de Dados. “Quando os dados pessoais dos clientes são comprometidos devido a falhas de segurança, isso pode resultar em perda de confiança, litígios e multas regulatórias e geralmente, é um tópico que ainda recebe pouca atenção, especialmente de empreendedores iniciantes”.
Por mais que a experiência de compra do cliente aconteça em um ambiente virtual, não se pode esquecer que sua percepção contempla todo o processo, especialmente entre o pagamento e a entrega.
“O consumidor fica ansioso para receber aquilo que ele comprou. E nada pior do que ele ter que esperar mais do que o previsto e até receber o produto errado ou com defeito. Tudo isso impacta diretamente na satisfação do cliente e consequentemente, na probabilidade de fidelização”, afirma.
Além disso, é importante ter uma política de devolução dos produtos clara, fácil e sem complicações para os clientes. “Todo o processo precisa ser transparente e simples, pois isso gera confiança e ameniza uma situação de erro, por exemplo”, destaca o especialista da Hostinger.
“Falar de marketing é quase um senso comum. Todos sabem a importância, mas poucos aplicam de maneira correta e eficaz, até porque o marketing envolve inúmeras iniciativas que vão muito além das artes para redes sociais”, destaca Rafael.
Segundo ele, o primeiro erro é considerar um gasto e não um investimento. “Um bom departamento de marketing deve ser orientado por dados, com uma equipe capaz de analisar os números e combiná-los com a criatividade natural do departamento para conquistar os objetivos. E isso requer um orçamento previamente planejado, que seja proporcional ao resultado que se busca obter”, destaca.
De acordo com o especialista da Hostinger, outro erro muito comum é investir apenas nas mídias sociais, imaginando que através delas se vai gerar todo o tráfego necessário para o seu e-commerce.
“Claro que as redes são uma ferramenta poderosa e indispensável para qualquer planejamento de marketing para e-commerce, no entanto, é importante diversificar as estratégias de marketing e explorar uma variedade de canais, como e-mail marketing, publicidade paga, marketing de conteúdo e otimização de mecanismos de busca”, afirma.
O último ponto citado pelo especialista, inclusive, vale um tópico específico, de acordo com ele. O Search Engine Optimization (SEO) é uma estratégia com o objetivo de melhorar a visibilidade nos motores de busca como o Google, garantindo que produtos e conteúdos do e-commerce apareçam nos primeiros resultados das pesquisas. Isso gera tráfego e potencializa as vendas do negócio.
“Nesse aspecto, são comuns erros técnicos na arquitetura do site e estratégias de conteúdo que além de não trazerem resultado, podem causar punições pelos mecanismos de buscas”, explica Rafael. Segundo ele, um dos principais vilões para o ranqueamento dos sites é a velocidade de carregamento e a responsividade do site. “Tudo isso gera pontos negativos, que fazem com que sua página perca muitas posições de ranqueamento e assim desapareçam do alcance do consumidor”, destaca.
Outro erro cometido frequentemente é tentar gerar quantidade de tráfego, mas sem critério qualitativo. “É muito importante estar atento à autoridade dos sites onde o link que remete ao seu e-commerce está sendo citado. Quanto maior a autoridade, melhor. No entanto, se você priorizar quantidade deixando de levar isso em consideração, o tiro pode sair pela culatra, já que sites com baixa autoridade podem até prejudicar o seu ranqueamento”, finaliza o especialista da Hostinger.
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