Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Imagine a seguinte situação: você está rolando a timeline do Instagram e se depara com um post daquela marca que você curte com um produto interessante. Você dá um like e, com um tempinho sobrando, decide dar uma olhada em preço e mais infos no site ou e-commerce da empresa.
Chegando lá, não há nenhuma menção ao produto em questão. Você procura nas categorias e… nada. Vai na busca e digita o nome (que eventualmente estava no post do Instagram) e… nada. Pode até tentar uma terceira opção para encontrar (porque você realmente curtiu aquele produto), mas… nada. Esgotadas as tentativas, você “desencana”.
Soa familiar?
Toda essa jornada do consumidor acaba provocando duas reações: o consumidor se frustra e a marca deixa de vender. E aqui estamos supondo que o seguidor se dispôs a entrar no site, porque sabemos que muitas vezes esse passo nem chega a ser feito.
No caso do Facebook e Twitter, o link supre o gap. Mas e no Instagram?
Extremamente visual, a rede social é chave para e-commerces ou marcas com muitos produtos e a ausência de link dificulta a venda. A rede acaba servindo para “criar o desejo” e fica difícil mensurar a conversão vinda dessa mídia.
Pensando em conectar esse consumidor e essa marca e fechar a jornada do consumidor com êxito, surgiu o Instaby, ferramenta que direciona o seguidor do Instagram para a compra do produto específico que ele viu na rede social. A ideia é aproveitar o único link poderoso do Instagram, aquele na bio da marca, e usá-lo estrategicamente, com foco em conversão.
O Digitalks conversou com um dos sócios da ferramenta, Fellipe Guimarães, para entender mais sobre esse recurso. Confira os principais pontos da entrevista abaixo.
A ideia toda surgiu mais ou menos em março do ano passado, da necessidade de um cliente.
“Eu já sou empreendedor serial e tinha outra empresa [a Codeby, empresa de desenvolvimento de software que atende grandes clientes no Brasil e Paraguai], especializada em códigos. Já trabalhava com grandes marcas e tinha contato direto. Um dos gestores de um e-commerce cliente comentou com a gente sobre links no Instagram.
Eu e meu sócio [Rafal Bluvol] fomos atrás e vimos um concorrente lá fora que já fazia isso, mas era muito caro, cerca de dois mil dólares. Achamos legal ter isso aqui. Fizemos um teste [com a Cia. Marítima, com quem já tinham contato] e eles tiveram um resultado muito gigante, com um aumento de 150% [em vendas] em um mês.
A partir disso, pensamos: ‘temos um grande negócio na mão. Vamos replicar?’. Lançamos oficialmente [o Instaby] em junho de 2015. No começo tivemos uma dificuldade de entrar no mercado. Tudo que é novo é estranho, é confuso, mas fizemos de tudo. Hoje atendemos clientes como Sephota, Animale, Polishop.”
2- Como funciona?
No link da bio, o único disponível no Instagram, existe uma página da marca dentro do Instaby – o da Cia Marítima, por exemplo é marítima.instaby.com.br. Ao entrar no link, o seguidor se depara com todos os últimos posts da rede social. Ao clicar em um deles, você encontra o produto já disponível com preço e pronto para compra.
A ideia, segundo Fellipe, é converter com foco em quem já é seguidor e já tinha intenção de compra – o famoso lead qualificado –, facilitando o encontro do produto e criando mais oportunidade daquele consumidor fechar a compra.
3- Mas converte mesmo?
Segundo informações da empresa, todas as marcas conseguiram aumentar em mais de 50% por causa do link. Além de fazer a relação da rede social e do e-commerce/loja, a plataforma Instaby gera um relatório com dados que permitem avaliar o retorno sobre o investimento.
“O anúncio é muito legal, mas é um custo alto. Esse é o primeiro ponto. Em segundo, você tem que configurar fotos, uma foto específica para aquilo [o anúncio]”, diz Fellipe, lembrando que, na ferramenta do Instaby, as fotos usadas são as mesmas que as postadas no Instagram.
Ele complementa explicando que, no anúncio, muitas vezes foca-se em uma campanha ou em captação de clientes. No caso do Instaby, a ideia é converter em cima de quem já é seu seguidor e já desenvolveu um desejo pela marca e produtos.
“A grande questão é que são dois tipos de casos diferentes, para pessoas que são ou não seguidores. Você consegue vender, mas não com a persuasão que precisa. [No anúncio] você vai ter verba e criar anúncio e gerar tráfego, mas pega o usuário em momentos diferentes. O Instaby pega os seguidores que já estão lá, usuários qualificados.”
Para Fellipe, a futura relação dos e-commerces e as redes sociais se dará no nível humano e social. “Eu acredito que os e-commerces vão ficar mais sociais, a comunicação vai parar de ser robótica e mal feita para ser mais humana, e por isso as redes sociais são tão importantes. No Insta são vários públicos, a segmentação é imensa. O futuro do e-commerce é trazer essas segmentações para dentro do site. É dar o que ao consumidor o que ele quer. Isso já está começando a acontecer, mas nos próximos d
ois anos a devemos ver bastante disso.”
Já sobre o futuro do Instaby, o sócio explica que a plataforma nasceu como ferramenta de shop link, mas está caminhando para a geração de conteúdo e conhecimento da área. “Temos muitos dados internos. Sabemos o quanto o Instagram traz de visitas, com e sem o Instaby, e vamos dar isso para o consumidor. Vamos soltar conteúdo e mais inteligente. Ajudar a desenvolver o mercado.”
Nesse movimento, a empresa divulgou neste mês o Checklist do Instagram, que, como o próprio nome já diz, é uma lista de checagem de boas práticas para o uso da rede social pelas marcas. Com 15 pontos listados, o checklist foi montado depois da análise de performance de marcas influentes e personalidades na rede social.
Para conhecer a checklist e descobrir se você sabe gerenciar sua marca através do Instagram, acesse instaby.com.br/pages/checklist-instagram.
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