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Digital Mission São Paulo: melhores práticas para conquistar clientes

Grupo da Digital Mission São Paulo visita LinkedIn, Twitter e Oath e tem acesso a dicas para atrair mais audiência e engajar o público-alvo

 

*Por Bianca Borges

 

Toda empresa quer aumentar os seus lucros, conquistar mais clientes e mantê-los fiéis à marca, certo? Existem diversas formas para atingir esse objetivo, mas todas elas carecem de análise e planejamento estratégico para terem resultados positivos. No primeiro dia de visitas da Digital Mission São Paulo, que aconteceu ontem, 30 de janeiro,  os participantes tiveram acesso há algumas dicas para ter sucesso em suas campanhas de marketing, entenderam um pouco mais sobre os benefícios de produzir um conteúdo de qualidade, além da importância de se investir corretamente em mídia programática.

Carolina Guteler, Sales Developer do Brasil do LinkedIn, dá dicas para o grupo da Digital Mission São Paulo sobre as melhores práticas de anúncios na plataforma

 

O grupo visitou o LinkedIn pela manhã e foi recebido pela Carolina Guteler, Sales Developer do Brasil. Carolina falou sobre as técnicas e melhores práticas para anunciar na rede social, que é a quarta em número de usuários no mundo. Ao contrário das demais redes, no LinkedIn a marca não pode ser tão informal e precisa tomar muito cuidado com o tipo de post que vai fazer, visto que, quem acessa a plataforma está em busca de conteúdo relevante e voltado para o mundo dos negócios.

Na parte da tarde, os participantes estiveram na sede do Twitter na capital paulista. Daniela Noyori, Head de Estratégia e Desenvolvimento de Marcas na empresa começou sua palestra revelando as principais diferenças entre o Twitter e as outras plataformas de mídias sociais, como o Facebook, por exemplo.

De acordo com Daniela, o Facebook é uma rede social mais direcionada aos amigos e família, que tem como maior preocupação a qualidade do conteúdo que você acessa, colocando as páginas de marcas e empresas em segundo plano diante do feed da rede de contatos do usuário. Em contrapartida o Twitter não tem algoritmo como o Facebook e é utilizado pelos usuários com uma finalidade diferente. A diretora explicou:

“O Twitter não tem algoritmo, ele é mesa de bar. Menos de 1% das contas são privadas. Então é uma rede constituída pelo interesse das pessoas. Elas seguem as marcas que elas querem ouvir. No Twitter as pessoas que twittam são elas mesmas, sem assessoria de imprensa”.

Daniela Noyori, Head de Estratégia e Desenvolvimento de Marcas no Twitter, deu dicas para melhorar o comportamento das empresas na plataforma

 

Se no Facebook a maioria das pessoas entra para acompanhar a vida dos amigos e da sua rede de contatos, no Twitter os usuários querem acompanhar as notícias, o que está sendo falado ao redor do mundo, o que está acontecendo nesse exato momento.

Daniela também contou que a plataforma tem como missão ajudar as pessoas a entendê-la e utiliza-la da melhor forma possível. Por isso, a diretora tem uma equipe que e responsável por analisar o perfil dos usuários com muito seguidores, figuras públicas, marcas e empresas para dar dicas de como eles podem aproveitar ainda mais a rede social.

 

A verdadeira função da hashtag no Twitter

A Head de Estratégia e Desenvolvimento de Marcas comentou mais sobre a função das hashtags na rede social. Segundo Daniela, no Instagram as pessoas colocam dez hashtags na mesma postagem porque querem likes, já no Twitter a função desse comando é diferente, funciona como um índice, no qual você consegue achar posts relacionados a determinado assunto a partir das hashtags.

Dica: esse e um dos motivos pelos quais não adianta colocar muitas hashtags nos posts do Twitter.

Outra função das hashtags é que a partir delas você consegue encontrar os trending topics (assuntos mais comentados na rede social). Já pensou o quanto pode ser interessante fazer um post criativo ou mostrar o posicionamento da sua marca ou empresa diante de um assunto que esta sendo muito comentado na plataforma? Com certeza essa e uma maneira de tornar a sua marca visível para mais usuários.

”Eu olho os trending topics todos os dias, não é só volume de comentários, mas a velocidade, ou seja, o tempo que as pessoas comentam sobre um assunto também é importante”, revelou Daniela.

 

“O Twitter é um vetor de influência e as marcas precisam estar abertas para ouvir seus seguidores”

Essa frase foi dita pela diretora durante sua palestra. Para exemplificar essa colocação, Daniela contou cases de sucesso de algumas marcas que souberam aproveitar a verdadeira opinião dos seus seguidores para criar campanhas de marketing bem sucedidas.

Um dos exemplos foi o case do McDonald’s que criou uma propaganda do cheddar mcmelt utilizando as hashtags reais de clientes que postaram no Twitter a sua opinião sobre o sanduíche.

 

Mas não é são só opiniões positivas que se encontram em plataformas de rede social. O case da Apple mostra a propaganda que a empresa fez a partir de um comentário negativo de um usuário. O comentário era o seguinte: “O IPad Pro não está nem perto de ser um computador”. A Apple completou esse comentário: “O I Pad Pro não está nem perto de ser um computador porque é muito mais que isso” e apresentou um vídeo com todas as funcionalidade e recursos do Ipad.

“O desafio para as marcas não é alcançar as pessoas é encontrar pessoas com o mindset certo que querem saber mais e falar sobre determinado assunto“, afirmou Daniela.

 

Depois dessa palestra, o grupo da Digital Mission São Paulo visitou a Oath, empresa que possui seis meses no mercado e se originou da junção de duas grandes organizações o Yahoo e a Aol.

 

Um pouco mais sobre a visita a Oath

Ricardo Petta, Head of Industry da Oath, contou como essas empresas somaram suas estratégias para se transformarem e entrarem com um mindset diferenciado no mercado. De acordo com Petta, um dos objetivos da Oath é ajudar a construir marcas que as pessoas amam e para isso, essas marcas precisam ser relevantes, eficientes e fazerem isso da forma mais inovadora possível. Os quatro quesitos citados por ele para atingir esse objetivo são:

  • Investir na qualidade do conteúdo;
  • Focar na audiência que você realmente quer atingir;
  • Ser visível para o seu publico;
  • Mensurar os resultados da forma correta.

 

A relevância do relacionamento entre marcas e clientes

Segundo os dados de uma pesquisa apresentada por Mônika Cerqueira, Head of RYOT Studio Brazil na Oath, o modelo de gestão das marcas e o papel que elas devem desempenhar é onde é depositada a confiança do consumidor. O índice de confiança nas marcas no Brasil é 64% sendo que a média global é 52%. Além disso, o nome e a reputação da marca estão se tornando cada vez mais relevantes para os clientes, em 2011, 34% das pessoas consideravam esses tópicos importantes, em 2015 esse número aumento para 60%.

Todas essas informações revelam que as marcas e empresas precisam ter uma agenda social com seus clientes, ou seja, não apenas responder as dúvidas e atender o público quando necessário, mas manter esse relacionamento ativo e estreitar laços.

No digital não há muito espaço para uma execução de estratégia que não seja consciente e bem planejada”, lembrou Mônika. Por isso, que na hora de intensificar o contato e o relacionamento com o cliente é preciso conhecê-lo bem, entender seus principais interesses e produzir um conteúdo de qualidade.

Mônika Cerqueira, Head of RYOT Studio Brazil na Oath, explica porque é importante produzir um conteúdo de qualidade

 

Afinal, quem realmente está vendo o seu anúncio?

Ainda durante a apresentação da Oath, Thiago Bordignon, Product Especialist da organização, explicou sobre a questão da mensuração dos anúncios. Quando uma empresa paga para expor sua propaganda na internet ela pode ter como objetivo aumentar a sua visibilidade, engajar mais clientes e aumentar as vendas. Porém, o que muitas dessas empresas esquecem é conferir a efetividade real desses anúncios. De acordo com Bordignon, não basta verificar apenas o alcance de uma publicidade e o engajamento, porque nem sempre esses dados podem ser verdadeiros.

Você sabia que 15% de todo o tráfego de ads no mundo é fraude? Isso mesmo, você acha que está entregando seu anúncio para um público real, quando na verdade, robôs são os seus verdadeiros clientes. No Brasil esse número é um pouco menor 6.3%, mas, mesmo assim, as empresas que não verificam esse dado mais a fundo estão deixando de ganhar dinheiro.

No final de sua palestra, Bordignon, deixou um lembrete para as marcas e empresas, enfatizando a necessidade de mensuração dos anúncios:

“Um anúncio que não é visto não vai ser lembrado”, finalizou Bordignon.

 

Depois dessas dicas já dá para começar a pensar em estratégias para impactar seu público-alvo de maneira mais assertiva, hein! 🙂

 

*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.

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