Para as lojas de e-commerce que querem ter mais visibilidade no Google sem precisar investir muito dinheiro, a dica é utilizar a técnica de SEO

* Por Bianca Borges

Se você ainda acha que o Google é apenas um buscador, está totalmente equivocado. Essa, que antes era somente uma ferramenta de pesquisas na internet, se tornou uma plataforma de compra de mídia. Em função da popularidade da ferramenta e dos acessos crescentes, muitas lojas de e-commerce começaram a aderir aos anúncios pagos da plataforma. O que muitos donos de lojas online esquecem é que, nem sempre é preciso investir uma quantia monetária para prover o seu negócio e conquistar mais visibilidade no Google.

Um mecanismo importante e gratuito do qual muitos proprietários de e-commerce esquecem é o SEO. Fábio Ricotta, CEO da Agência Mestre, falou sobre o assunto no último Digital Commerce.

De acordo com Ricotta, 93% das experiências online começam através de um buscador e 70% das pessoas clicam em resultados orgânicos. Diante desse contexto, “mesmo fazendo anúncios, você está brigando por uma parcela muito pequena de clientes, já que a busca orgânica é a maior conversora”, explicou o executivo.

É fato que fazer o SEO no seu site vai ajudar a conquistar um melhor posicionamento nas buscas do Google, mas existem outros benefícios que essa técnica traz:

 

“Com o SEO você vai conseguir um bom ROI porque você não tem o custo com a mídia também”, completou Ricotta.

3 pilares do SEO para o e-commerce

Para quem ainda não utiliza SEO no seu e-commerce ou quer manter-se atualizado, é importante prestar atenção nesses três pilares mencionados pelo executivo: arquitetura, on-page e conteúdo.

Arquitetura

É preciso definir bem todas as categorias e subcategorias da sua loja online. “Toda vez que você criar sua árvore de categorias, pegue as palavras e jogue no Google. Dê uma olhada se algum e-commerce já tem essa categoria, se o Buscapé tem essa categoria”, recomendou Ricotta.

Dessa maneira, você consegue ter uma ideia dos principais nomes de produtos ou segmentos utilizados na busca pelos usuários e assim, adequar o nome das categorias do seu site de acordo com essa informação.

On-page

Esse item refere-se a tudo que está inserido na sua página, como a descrição dos produtos, as URLs e até a velocidade do seu site. Durante a palestra, Ricotta deu algumas recomendações para melhorar alguns desses itens de acordo com a técnica do SEO.

• Título: não pode ser muito extenso, deve conter por volta de 63 caracteres. Crie um título único por página que tenha coesão com o resto do conteúdo. Tente colocar a sua marca no final do título e evite colocar uma série de termos separados por vírgulas. Não esqueça que é importante ter palavras-chaves no título, afinal, é por meio dessas palavras que o seu produto pode ser encontrado mais facilmente.

• Meta-Description: “esse é o momento que você tem para impressionar o usuário”, ressaltou Riccota. Faça uma meta-description por categoria e certifique-se de que ela é chamativa, interessante e, ao mesmo tempo, informativa para o usuário. O ideal é que a meta-descrição não ultrapasse mais de 160 caracteres e tenha uma Call To Action no final do texto.

• URL: tenha uma URL amigável, ou seja, de simples compreensão, tanto para os seus clientes como para os buscadores. Se possível também, use o protocolo de segurança HTTPS que contribui para conquistar pontos positivos com o Google. Apesar dos sites que usam esse protocolo serem melhor “vistos” pelo Google, o HTTPS é um pouco mais lento, por isso, é necessário tomar cuidado quando for transformar o seu site.

• Dados estruturados: essa é a definição de uma linha que expõe a avaliação do produto apresentando ícones no formato de estrelas, mais conhecidas como “reviews”, além de comentários e a disponibilidade do item no estoque. Nesses dados você também pode optar por mostrar o preço do seu produto, nesse caso, o CEO da uma dica “coloque o seu melhor preço, se você oferece o menor preço no boleto, então divulgue esse preço”.

• Velocidade: avalie a velocidade das suas páginas. “Em 2010 o google fez uma pesquisa para mostrar que sites que são mais rápidos oferecem uma experiência melhor. Por esse motivo, esses sites com tempo de carregamento menor são mais bem ranqueados”, afirmou o executivo.

De acordo com os dados mencionados por Ricotta, a cada dois segundos a mais que um site de e-commerce demora para carregar, as vendas diminuem em 6%. Para melhorar o tempo de carregamento da sua loja virtual, o executivo indicou duas ferramentas gratuitas: a Pagespeeed e Webpagetest. Com essa última você também consegue analisar o tempo de carregamento do site do seu concorrente.

Conteúdo

O Google não aprova conteúdos duplicados nos e-commerces, por isso, copiar a descrição de um produto do manual do fabricante ou de outras lojas online não é indicado.

“Você precisa criar algo personalizado. Quando você reescreve a descrição do fabricante, o Google vai escolher uma das opções iguais e aí a sua loja não vai aparecer”, ressaltou Ricotta.

 

Além de personalizar a descrição do produto, faça isso também com as categorias. “Pensem em conteúdos complementares para as páginas de categorias. Nem que seja um parágrafo falando sobre o que o usuário vai encontrar nessa categoria”, esclareceu o CEO.

Outra dica dada pelo executivo é criar um blog para divulgar a marca. Nesse blog você pode falar sobre os novos produtos, os principais produtos do segmento, ofertas no mercado e nova categoria de produtos. Além de explicar como usar os produtos que você vende no dia a dia.

Para finalizar, Ricotta lembrou que utilizar as técnicas de SEO é essencial, porém, antes disso, é necessário dar prioridade à sua marca.

“Não fixe o seu pensamento em domínio com palavra-chave. Pense primeiro na sua marca e depois no Google.

Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.