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Sinal de recuperação: soma do valor das marcas brasileiras mais valiosas cresce 70%

A soma do valor das 60 marcas brasileiras mais valiosas do ranking anual BrandZ Brasil, realizado pela WPP, Kantar, Kantar Vermeer e Kantar Millward Brown totalizou $53,1 bilhões de dólares. Comparado com 2016 houve uma recuperação de 70%, demonstrando uma tendência de crescimento que havia sido observada desde 2014 e que foi interrompida no ano passado.

 

“Depois de mais de uma década analisando marcas na Kantar e na WPP comprovamos a importância da construção de marca para enfrentar cenários economicamente complicados. As marcas brasileiras que reconheceram o valor dessa premissa cresceram, em alguns casos em mais de 100% de seu valor. Isso, em conjunto, permitiu um crescimento de 70% das TOP 50 marcas em comparação ao ano passado – depois de uma queda de 30% em 2016. Esta é uma mensagem positiva que reflete a expectativa do mercado de uma recuperação do Brasil.” aponta Sonia Bueno, CEO da Kantar.

 

Pelo quinto ano consecutivo, a Skol se manteve posicionada como a marca mais valiosa do Brasil. Com um valor de $8,1 bilhões de dólares.  Em segundo lugar vem Bradesco, que subiu duas posições em relação ao ano passado, com um valor  de $4,4 bilhões de dólares e um crescimento de 131%. Para completar o Top 3 está Brahma com um valor de $4,3 bilhões de dólares e um crescimento de 34%.

Pela primeira vez este ano o ranking inclui na análise as marcas de capital fechado. A decisão se deu principalmente pelo fato de que em nosso mercado existem marcas de capital fechado bastante valiosas, como por exemplo, IKEA e Ferrero, que não poderiam ser avaliadas.

Devido à mudança, 15 novas marcas passaram a fazer parte do ranking top 60, sendo duas delas no Top 10. Globo com um valor de $4,1 bilhões de dólares e Ypê com um valor de $1,1 bilhão de dólares.

 

Top 10 das marcas mais valiosas do Brasil 2017 (em millhões de dólares)

 

 

 

 

 

 

 

As marcas que mais cresceram no país

A Renner foi a marca que teve o maior crescimento no Brasil com uma variação de +168% (número 17, $684 milhões de dólares). Em segundo lugar está Adria +159% (número 49, $211 milhões de dólares), seguida pela Anhanguera +138% (número 34, $333 milhões de dólares), Itaú +133% (número 4, $4,3 bilhoes de dólares), Bradesco +131% (número 2, $4,4 bilhões de dólares), Droga Raia +125% (número 23, $491 milhões de dólares), Friboi +122% (número 50, $208 milhões de dólares), Drogasil +122% (número 20, $624 milhões de dólares), Arezzo +116% (número 59, $163 milhões de dólares) e Fleury +112% (número 51, $206 milhões de dólares) .

 

Bens de consumo e serviços financeiros foram os setores mais fortes do BrandZ  Brasil

A soma do valor das marcas de Bens de Consumo foi de $24 bilhões de dólares em 2017 (+40% vs. 2016), o que equivale a quase 50% do total das marcas mais valiosas do Brasil. Destacam-se no setor as marcas de cerveja como Skol e Brahma. Esta é mais uma prova que empresas com marcas fortes podem mais rapidamente sair da crise que o mercado, sendo um ativo bastante relevante da empresa.

Em segundo lugar em importância está o setor financeiro, com $10,9 bilhões de dólares (+132% vs. 2016), que equivale a 21% do ranking; liderado por Bradesco, Itaú, Cielo e Caixa.

O terceiro setor em termos de desempenho foi o Varejo com um valor de $5,2 bilhões de dólares (+105% vs. 2016) determinado principalmente pelo êxito de marcas como Lojas Americanas, Renner, Netshoes, Drogasil e Droga Raia.

 

As marcas mais fortes do Brasil

Paralelamente à análise das marcas mais valiosas do Brasil também foram analisadas as marcas mais fortes com base no fator *Brand Strength. Nesta premiação buscamos entender a força da marca na mente dos consumidores. Para tal, usamos uma pesquisa com mais de 500 marcas, 33 categorias e com mais de 14,000 entrevistados. Com base no modelo MDF – Maeninful Different Framework – da Kantar Millward Brown, a referencia absoluta em quantificação de força de marca, classificamos as marcas pelo Brand Strenght Factor.

Segundo esta análise, o Google se posicionou – pelo segundo ano consecutivo – em primeiro lugar com 100 no Brand Strength Index, e o  Facebook em  segundo (98.4). A marca de consumo Omo (93.9 ) avançou uma posição tomando o terceiro lugar de Trident (85.3) que agora ocupa o quarto lugar. Outras marcas como Coca Cola (77.0), Colgate (62.7), Oral-B (58.0) e Nescafé (56.7) permanecem na mesma posição no ranking e novas marcas entraram no disputado top 20: Heineken (44.5), Dorflex (38.2) e Nike (35.6).

 

Top 20 das marcas mais fortes do Brasil – 2017

# Brand Brand Strength Index Posição em 2016
1 Google               100.0 1
2 Facebook                 98.4 2
3 Omo                 93.9 4
4 Trident                 85.3 3
5 Coca-Cola                 77.0 5
6 Colgate                 62.7 6
7 Oral-B                 58.0 7
8 Nescafé                 56.7 8
9 Apple                 56.3 14
10 Samsung                 55.9 9
11 Guaraná Antarctica                 54.8 13
12 Heineken                 44.5 New
13 Skol                 43.0 10
14 Nestlé                 40.4 15
15 Gillette                 39.6 16
16 McDonald’s                 39.4 11
17 Vanish                 38.4 20
18 Dorflex                 38.2 New
19 Johnnie Walker                 38.1 18
20 Nike                 35.6 New

 

“Os investidores valorizam as empresas com base nas percepctivas futuras do negócio e do mercado. Este mercado projeta, com base em evidências, que estamos de fato saindo da crise, e mostram mais uma vez que marcas valiosas saem mais rápido dessa situação– e são um verdadeiro escudo contra crises. É um prêmio para as empresas que souberam acreditar no propósito e no valor das suas marcas que com credibilidade e inovação fogem de mercados commoditizados e agregam um substancial valor aos acionistas” afirma o CEO da Kantar Vermeer para América Latina.

 

* Brand Strength: este fator é obtido com base na análise BrandZ e reflete três fatores: a Contribuição de Marca  (influência da marca no processo de decisão de compra), o fator Premium (a predisposição dos consumidores a pagar mais pelas marcas) e o fator Poder (a predisposição do consumidor a comprar mais).

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