quinta-feira, 10 de maio de 2018
A evolução das mídias sociais levou quase duas décadas para se concretizar, mas agora exerce uma influência acelerada sobre como os consumidores conversam entre si, aprendem sobre o mundo ao seu redor e compram coisas. Para muitos, o acesso a uma rede social é essencial para o modo como eles vivem suas vidas: metade da população conectada no Brasil diz não acreditar conseguir viver sem as redes sociais.
Em datas especiais como o Dia das Mães não é diferente. Além de compartilhar gratidão e afeto publicamente, os consumidores buscam o melhor presente para as mães nas redes sociais. Esse hábito é cada vez mais presente entre os Centennials (16 até 21 anos): 43% destes jovens globalmente preferem procurar sugestões nas mídias sociais e em fóruns, versos 28% de outras gerações (acima dos 39 anos). No Brasil, a preferência por busca de informações nas mídias sociais é ainda maior: 47% contra 29%, segundo dados do último Connected Life 2017, estudo global da Kantar TNS.
Só no Brasil, quase a totalidade dos Centennials (98%) acessam as redes sociais diariamente, gastando aproximadamente 4 horas do dia nesta atividade – quase o dobro das pessoas acima de 39 anos.
Dentro do cenário de compras online, os Centennials são uma geração em ascensão e todos buscam nos canais online os produtos que querem comprar: 95% afirmam já terem efetuado uma compra em lojas online pelo menos uma vez e, destes, 26% dizem comprar online pelo menos uma vez por semana. Além disso, os Centennials têm menos barreiras para comprar de marcas que só existem no ambiente digital: 53% não vêem problemas em usar empresas que só oferecem serviços online.
Dentro das principais categorias relacionadas aos presentes de Dias das Mães, roupas e sapatos, cosméticos e perfumes já fazem parte dos produtos que os Centennials compram online (42%, 37% e 25%, respectivamente). E eles preferem pagar tudo por celular (46% vs 30% de outras gerações), principalmente pela facilidade e rapidez.
Com esse target tão conectado nas redes sociais, nada mais natural do que a compra ocorrer nessa plataforma. Já para quem vende produtos, a possibilidade de oferecê-los dentro das plataformas sociais simplifica o processo de compra, reduz o número de etapas para a conversão e melhora a experiência do cliente.
“O comércio via rede social (social commerce) serve principalmente para manter a fluidez de compra, para que ela ocorra da forma mais fácil possível e para que o momento de impacto não se perca” afirmou Luciana Piedemonte, diretora de Commerce da Kantar TNS. “Muitas vezes os shoppers se deparam com algo que gostam no Instagram ou no Facebook, mas ao tentar comprar no site se perdem, não conseguem encontrar o produto. Essa experiência impacta a conversão de vendas”, completou.
Hoje em dia, as mídias sociais já são muito utilizadas para pesquisar produtos e guiar as decisões de compra, mas na medida em que a “buy bottom” ficar mais comum nas redes sociais é possível que esse canal tenha ainda mais relevância no e-commerce.
Marcas que conseguirem entender a experiência das redes sociais – enfatizando o cuidado com o consumidor, desenvolvendo o tipo certo de experiência – e as características dessa nova geração de consumidores que são os Centennials – jovens que já nasceram conectados, são exigentes, abertos ao diferente, autoconfiantes mas impacientes -, sairão na frente e estarão prontas para o sucesso no social commerce.
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