Sexta-feira, 09 de março de 2018
De acordo com os dados da 37a edição do relatório Webshoppers, a previsão é que 60 milhões de consumidores comprem no comércio virtual em 2018, totalizando um faturamento de R$ 53,5 bilhões, o que representaria um crescimento nominal de 12% perante os dados do e-commerce brasileiro em 2017. As estimativas foram anunciadas ao mercado nesta quinta-feira, 8 de março, pela Ebit.
Se por um lado a Copa do Mundo pode ser um gatilho de vendas, por outro, temos ainda um ano de eleições à frente, que pode frear o consumo no segundo semestre. Mesmo assim, a Ebit acredita que o aumento do número de pedidos e a migração de usuários do varejo físico para o online continuarão impulsionando os gastos online dos consumidores.
“A Copa deve impulsionar eletrônicos, [especialmente] televisões. Já vemos que a intenção de compra de eletrodoméstico subiu timidamente, mas já estão pensando em Copa. [Já o possível freio no consumo no segundo semestre] vai depender do humor em relação a candidatos que despontarem na pesquisa [eleitoral]. Mas o ano vai ser bom, com a retomada de crescimento do PIB.” – Pedro Guasti, Relações Institucionais e Conselheiro na Ebit.
Para os dados de 2017, a liberação de contas inativas pelo FGTS também foi considerado um dos fatores adicionais para os gastos virtuais do brasileiro, segundo André Dias, diretor executivo da Ebit.
De acordo com o relatório, o valor médio do consumo cresceu apenas 3%, fechando 2017 em R$429, reflexo da deflação na cesta de produtos do e-commerce no ano passado, após aumento do ticket médio durante os anos de 2015 e 2016, no auge da crise.
Em relação ao comportamento Mobile, em 2017, 27,3% das compras foram realizadas via smartphones e tablets – isso sem considerar a jornada do consumidor, constatando conversão via dispositivos móveis. Para 2018, a expectativa é que o crescimento seja um robusto 37% de todas as compras realizadas em e-commerce.
“Quem já acessava redes sociais, serviços bancários e geolocalização pelo celular, em 2017, definitivamente também adotou a versão Mobile para fazer compras.” – André Dias, diretor executivo da Ebit.
Para a análise do relatório, foi considerado o Critério Brasil por faixa de renda, na qual a classe D e E tem representatividade maior. Notou-se ainda que houve uma queda na participação do Sudeste no volume de compras, em 2017, caindo para 63%, especialmente pela diminuição de compras no Estado do Rio de Janeiro. Este perdeu a segunda posição na região para Minas Gerais, que foi o segundo Estado que mais comprou no e-commerce brasileiro. A redução no volume de compras no Sudeste cedeu ainda lugar para as regiões Nordeste e Sul.
2017 também foi o ano de consolidação das vendas em marketplaces. Considerando o mercado total de bens de consumo, incluindo sites de artesanato e vendas de produtos novos e usados, o setor cresceu 21,9% no ano passado, somando R$ 73,4 bilhões.
Segundo o diretor executivo da Ebit, André Dias, o modelo de marketplace no Brasil depende da consolidação de 3 fatores fundamentais: fácil e rápida integração de lojistas, gestão da qualidade de atendimento e serviços destes parceiros, e excelência nos processos operacionais para gestão de estoque, frete e entrega. “Garantindo assim uma melhor experiência para os consumidores”, afirmou Dias.
Presente no mercado brasileiro desde 2000, a Ebit acompanha a evolução do varejo digital no País. Os dados são coletados em tempo real diretamente com o comprador online. São mais de 30 milhões de pesquisas realizadas em mais de 25 mil lojas virtuais conveniadas. Anualmente, o relatório Webshoppers é divulgado no evento do Prêmio Ebit, que elege as Melhores Lojas do E-Commerce e as Lojas Mais Queridas do E-Commerce em 2017.
* Gabriela Manzini é jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, trabalha com comunicação há 10 anos e é especialista pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Cásper Líbero. Atua hoje com comunicação estratégica, marketing digital, especialmente marketing de conteúdo e inbound. Em suas passagens por agências de comunicação e marketing, já atendeu clientes como Microsoft, Philco, Wacom Brasil, Toshiba Brasil, Citibank, Credicard Hall, Omron, Internacional Shopping Guarulhos, e os cantores Fábio Jr. e Paula Lima. Na área corporativa, trabalhou no departamento de marketing da Shoestock e é a atual Head de Conteúdo do Digitalks, empresa do grupo iMasters, referência em marketing digital no Brasil. Possui ainda expertises em planejamento estratégico, design thinking para inovação, comunicação interna e endomarketing, além de prestar consultoria em mídias sociais para pequenos negócios.
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