Sexta-feira, 09 de outubro de 2015
Objetivo é educar internautas sobre como a publicidade contribui com o conteúdo online e conscientizar os anunciantes para que não comprometam a experiência na internet
Com o recente anúncio da Apple permitindo que os usuários baixassem bloqueadores de ads em seus dispositivos móveis, voltou ao debate a questão de como essas ferramentas estão interferindo no futuro da mídia, tirando uma grande fatia da receita da publicidade. Apesar de muitas conversas entre publicitários sobre o que está em risco e os efeitos em cascata na indústria, a verdadeira pergunta que ninguém se dispõe a fazer é sobre os usuários. Será que eles realmente podem imaginar um mundo sem publicidade? Esta seria uma realidade boa ou ruim?
A Teads, inventora da publicidade em vídeo outstream, convida o público para se juntar à discussão com o lançamento da campanha “A publicidade importa” e a assistir um breve vídeo que retrata a verdadeira realidade do que significa um mundo sem anúncios. Para o usuário, representa uma restrição no acesso a informações e limites em oportunidades de empreendimentos online. O objetivo da campanha “A publicidade importa” é encorajar a indústria a adotar práticas publicitárias mais respeitosas e que aprimorem a experiência do usuário, além de educar o público sobre o valor real por trás da publicidade.
Os anúncios publicitários sustentam a maioria dos publishers, aplicativos e modelos de negócios dos criadores de conteúdo. São eles também que respondem pela maior parte dos conteúdos visualizados na internet hoje em dia. A verdade, segundo pesquisas recentes, é que os usuários não odeiam a publicidade. Eles não gostam de formatos desrespeitosos que arruínem sua experiência online. Assim, veem bloqueadores como a solução para seus problemas contra formatos invasivos e que não sejam relevantes a eles.
De acordo com levantamento da Teads envolvendo mil usuários nos Estados Unidos, o problema não é a publicidade em si, mas o formato com o qual os anúncios são apresentados. A falta de conhecimento público sobre a importância deles para a manutenção do conteúdo editorial de qualidade disponível de forma gratuita e universal também influencia. A pesquisa da Teads também descobriu que aqueles que usam bloqueadores de anúncios têm 12% mais chances de valorizar conteúdos editoriais gratuitos ou de baixo custo do que a população em geral. Esta é uma prova de que parte da controvérsia pode ser resolvida com conscientização.
A outra parte está nas mãos dos anunciantes, publishers e publicitários. Um estudo recente conduzido pela IAB UKpondera o motivo para os internautas baixarem bloqueadores de anúncios:
“Com a campanha A publicidade importa, nosso objetivo é lembrar ao público que a publicidade financia tudo que amamos na internet, e que é difícil imaginar um mundo sem ela porque, como sociedade, estaríamos regredindo e não progredindo. Todos entendemos que a mídia precisa de receita desses anúncios para sobreviver, mas se as partes interessadas da indústria continuarem empurrando formatos invasivos, que comprometam a experiência do usuário, a mídia talvez esteja flertando com sua extinção”, diz Eric Tourtel, Vice-presidente sênior da Teads LATAM.“Como antigos membros desse ecossistema, nós sabemos que um mundo sem publicidade não é um conto de fadas, e que não tem final feliz, especialmente para os consumidores. Os bloqueadores de anúncios são lobos à espreita da Chapeuzinho Vermelho.”
Hoje em dia, um número crescente de internautas está limitando a receita dos editores com bloqueadores de anúncios. De acordo com a Monday Note, 5% dos usuários ao redor do mundo (144 milhões de pessoas) já usaram programas desse gênero apenas no primeiro trimestre de 2014. Em 2010, este número era de 20 milhões.
Na América Latina, a Colômbia lidera com 28% do total de tempo gasto assistindo vídeos em computadores afetado por bloqueadores de anúncios. Outros países da região não estão muito atrás: no México e Chile, este índice é de 26%, e na Argentina e Equador, 23%.
“Nós precisamos envolver, e não irritar o usuário. De acordo com a Censuswide Research, 74% dos internautas dizem que ser forçado a assistir a anúncios acaba com a experiência online. Nós temos uma responsabilidade com a comunidade, e isso significa usar formatos menos invasivos, que sejam mais criativos, posicionados estrategicamente e relevantes para os usuários, dando a eles um grau de escolha e controle”, afirma Tourtel. “É assim que os formatos outstream da Teads surgiram: a partir da necessidade do usuário e do publisher. Nós trabalhamos com marcas de alcance mundial que podem comprovar a eficácia de nossos formatos em vídeo e respeito à experiência do usuário. Chegou a hora de lutarmos e, juntos, defendermos práticas publicitárias justas que beneficiem publishers, marcas e usuários”
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