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[Expo Digitalks] A solução para o Brasil está em gerar valor com empreendedorismo, diz Amoêdo

O Governo não é um gerador de rendas, mas deve ser um criador de ambientes propícios para o empreendedorismo 

 

Por Gabriel Dias*

O Brasil é o 109° país para novos negócios, de acordo com ranking do Banco Mundial. Fechar uma empresa pode custar até 40% a mais do que abrir. Este ambiente não contribui para a mentalidade inovadora e para os negócios digitais que necessitam de testes nas inovações. “Nós temos no Brasil um ambiente inóspito para o empreendedorismo”, afirmou João Amoêdo, presidente do partido NOVO, no Expo Fórum Digitalks 2019.

Amoêdo participou de um talk show com Pedro Chiamulera, fundador e CEO do ClearSale, sobre a nova economia digital, a macroeconomia do Brasil e o futuro dos negócios. O ex- candidato à presidência da República alegou que a solução para o país está em gerar valor. “O Estado precisa parar de atrapalhar os empreendedores e começar a fornecer um ambiente propício a geração de renda”, declarou.

Segundo Amoêdo, em média, as pessoas têm pouca capacidade de produção de valor. “O ambiente é ruim para o empreendedor e para educação e formação. Por isso, a gente vai ficando para trás”, afirmou. Para João Amoêdo, combater a pobreza extrema e investir em capacitação da população são os primeiros passos para desenvolver um ambiente favorável ao empreendedorismo. Com estes fundamentos, a população ‘vai embora’ para desenvolver riquezas.

“O Brasil é o 4 maior produtor do mundo em aplicativos. Então, tem uma série de dados que mostram as oportunidades para avançar nesse mercado” disse Amoêdo. “O Estado tem que parar de atrapalhar e deixar as pessoas trabalharem”, completou.

João Amoêdo no Expo Fórum Digitalks
João Amoêdo no Expo Fórum Digitalks

 

Iniciativas privadas x pública

“As pessoas precisam sair da zona de conforto, ter um desafio e se dedicar ao objetivo”, contou Amoêdo. Para o presidente do partido NOVO, o atual modelo de governo não ajuda o desenvolvimento desses propósitos no brasileiro por ser um esquema feito para expulsar quem quer inovar. Mas, o empreendedorismo é bom para resolver esta situação, pois dá a possibilidade de mudança.

“Nos últimos anos, o Estado passou a interferir muito na vida das pessoas. Nós fomos perdendo liberdade e demandando ao Estado responsabilidades. O nosso objetivo é que o cidadão atinja o protagonismo e volte a ter liberdade, junto com as responsabilidades”, afirmou João Amoêdo.

O presidente do partido NOVO alega que, no Governo, não existem quatro variáveis necessárias para a eficiência da iniciativa privada: a satisfação do cliente, o retorno dos acionistas, a motivação dos colaboradores e o desafio com a concorrência do mercado. E a mudança deste cenário é difícil por ser algo que prejudica os políticos, pois em tese, retira o poder deles.

“O cidadão precisa assumir o protagonismo. (Ele) é o agente da mudança”, contou Amoêdo sobre a necessidade de pessoas novas entrarem na vida pública e mudarem o cenário atual.

João Amoêdo também afirmou que o resultado da mudança está na cultura e comportamento. “É necessário mudar a visão das pessoas sobre o sucesso dos outros, sobre os empreendedores e sobre as pessoas na política”, declarou.

 

A comunicação na nova economia digital e empreendedorismo

“A credibilidade é a primeira etapa para ganhar o interlocutor e o cliente. Depois ele vai entender o que você está falando”, disse João Amoêdo. A ideia da proposta é procurar ser o mais transparente e autêntico para conseguir atingir o cliente. “O primeiro convencimento é menos conteúdo e mais a forma da transmissão da mensagem”, afirmou.

O mundo digital também ajuda na transparência, eficiência e inovação, incluindo a comunicação. Essa foi a estratégia de João Amoêdo nas últimas eleições presidenciais.
“Certamente, no passado, se a gente não tivesse a tecnologia hoje existente, seria impossível existir o partido NOVO. Quantas barreiras estamos conseguindo quebrar através da tecnologia”, afirmou Amoêdo.

O ex-candidato à presidência não participou de nenhum debate, teve o custo de voto mais barato depois de Bolsonaro e o Cabo Daciolo, e atingiu o 5º lugar na posição do primeiro turno utilizando bastante as redes sociais e plataformas online.

 

Futuro dos negócios

Amoêdo sugeriu algumas dicas para os empreendedores do evento. De acordo com o empresário, a área da saúde gasta 16% a mais do que precisa no Brasil. “É um campo bom para investir, principalmente porque a população está envelhecendo”, contou.

Outro negócio promissor no país é a criação de soluções para carteira digital. O brasileiro procura facilidade, conforto e tempo. Ter alternativas para esta tecnologia é uma oportunidade promissora para João Amoêdo.

*Gabriel Dias é jornalista formado no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Analista de Comunicação no Digitalks, Gabriel também tem experiência nas áreas de jornalismo político. Trabalhou em agências de comunicação e na Câmara dos Deputados. Gosta de produzir conteúdos digitais e foca no Marketing Digital.

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