Mesmo com o país em recessão, as farmácias virtuais passam por um bom momento. Só neste primeiro trimestre, as vendas do setor cresceram, em média, 12%. Os dados são de levantamento da MultiFarmas – plataforma que compara preços e faz análises do segmento baseadas em Big Data.
Parte do crescimento verificado provém das 240 milhões de pesquisas online por medicamentos e produtos de saúde feitas pelos brasileiros de janeiro a março. E eles não só procuraram, mas também compraram mais: o ticket médio das transações passou de R$ 69,22 nos três primeiros meses de 2014 para R$ 73,64 no mesmo período de 2015, um aumento de 6,4%.
As farmácias online também ampliaram a variedade da oferta neste começo de ano: foram 404 novos produtos, entre medicamentos, itens de higiene pessoal e cosméticos. Segundo a análise, as pequenas lojas oferecem, em média, 352 artigos, contra 4.085 das médias e 11.950 das grandes.
Cinco desses grandes varejistas, aliás, são responsáveis por 83% do tráfego no setor: Ultrafarma, Onofre, Netfarma, Raia e FarmaDelivery. Para David Almeida, sócio da MultiFarmas ao lado de Carlos Matos, a concentração mostra como o segmento ainda tem espaço para crescer. “Cerca de 18% de todo o tráfego verificado vem dos comparadores de preços. Se outras lojas investirem mais nestas plataformas podem ocupar uma fatia maior desse mercado e até expandirem a parcela de pessoas que compram medicamentos pela internet”, explica.
O levantamento da
MultiFarmas identificou ainda os artigos campeões de interesse. Os mais buscados no período analisado foram produtos para fortalecer o cabelo e as unhas, ao lado de remédios para disfunção erétil e diabetes. No ano passado, o destaque ficava para emagrecedores, redutores de gordura e anti-hipertensivos.
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