No primeiro semestre desse ano, as farmácias online venderam 12% a mais do que no mesmo período de 2014, com aumento de 23% no ticket médio. Ainda assim, apenas cinco grandes redes dominam 83% desse mercado. Os dados, de um levantamento feito pela MultiFarmas– plataforma que faz análises baseadas em Big Data –, mostram como o segmento pode ser melhor explorado por outras lojas.
“Temos exemplos de clientes que, com uma análise objetiva do mercado e investimentos em áreas sensíveis do negócio, melhoraram o rendimento em até 27%”, afirma Carlos Matos, sócio da MultiFarmas. Especialista na atuação das redes na internet, Matos elenca alguns pontos essenciais para os empreendedores prestarem atenção:
1. Escolha o que vender
É importante estudar os tipos de produtos mais buscados pelos consumidores, assim como as categorias que possuem taxas maiores ou menores de conversão. Além disso, identificar itens com grande demanda e pouca oferta aumenta a chance de vendas. “Nós temos uma solução chamada análise de ruptura que, entre outras coisas, permite aos empresários terem informações mais detalhadas sobre a oferta de determinado produto no mercado”, conta Matos. “Isto possibilita a identificação de itens com pouca oferta no mercado, ou seja, produtos nos quais o varejista pode ter maior controle sobre a margem. ”
2. Nem sempre o menor preço vence
Para o especialista, os consumidores decidem de quem comprar na internet baseados em uma equação que envolve o valor do medicamento, as condições de entrega e a marca, tanto do remédio quanto da farmácia. “Com duas destas variáveis fixas, marca e entrega, quando você varia o preço consegue identificar qual faixa é a ideal para o melhor resultado”, diz o sócio da
MultiFarmas. Em outras palavras, o objetivo é entender quanto o valor cobrado influencia na conversão.
3. Diferencie-se da concorrência
A partir do momento em que o preço ideal é estabelecido, é hora de concorrer com melhores serviços. Em primeiro lugar, garantir que o produto será entregue no tempo prometido é essencial – hoje, muitos varejistas entregam em até 4 horas. “Os consumidores entendem a entrega como um custo agregado ao produto, e não um serviço extra, por isso deve-se reduzir esse valor ao máximo e, se possível, oferecê-lo gratuitamente”, explica Matos. Também é importante ter um bom atendimento ao cliente e uma navegabilidade fácil no site. “Hoje, o impacto da usabilidade do site na conversão pode ser comparado ao do preço. E não se pode esquecer a funcionalidade das versões para celulares e dispositivos móveis, que respondem por 37% das compras”, completa
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