Quinta-feira, 29 de agosto de 2019
As novas tecnologias afetam de forma exponencial a vida humana. Consequentemente, funções e habilidades profissionais vivem uma evolução. Dessa maneira, o profissional exponencial precisa ser capacitado e entender quais serão as habilidades exigidas nas profissões do futuro. Um estudo da Gartner de 2018 apontou que 80% dos colaboradores não possuem as habilidades necessárias para realizar a transformação digital do negócio ou de suas próprias carreiras.
No Expo Fórum Digitalks 2019, a consultora e palestrante, Martha Gabriel, revelou as oito habilidades necessárias que os profissionais precisarão ter para se encaixarem no futuro do mercado de trabalho. Ambiente o qual será radicalmente transformado com a tecnologia. Os robôs e máquinas são responsáveis pela extinção de cada vez mais atividades profissionais.
“Tudo o que puder ser digitalizado e automatizado será. Para nos mantermos relevantes nesse cenário, precisamos fazer aquilo em que somos melhores que as máquinas”, afirmou Martha Gabriel. De acordo com a palestrante, os profissionais que já possuem essas habilidades estão no topo das ofertas de trabalho.
A sociedade demora um pouco para conseguir entender as revoluções. A transformação digital está acontecendo há pelo menos 20 anos e as pessoas ainda replicam ações que faziam no passado. O profissional precisa parar de tentar confrontar a tecnologia e focar nos problemas a serem resolvidos como entender quem é o público, os motivos e o autoconhecimento.
“Uma pessoa emponderada por tecnologia torna-se melhor do que o maior expert humano trabalhando sem tecnologia”, declarou Martha Gabriel.
O pensamento crítico é a principal habilidade desta revolução. É necessário entender que o ser humano possui viés cognitivo e saber utilizar da melhor forma. Se questionar é a característica básica do pensamento crítico. Duvide sempre das coisas, independente se o que você enxerga aparenta ser o melhor caminho ou solução.
O pensamento crítico também é hoje saber onde compartilhar dados pessoais e perceber que nem sempre é bom apenas seguir os outro. Fuja das manadas e compreenda quando está sendo manipulado ou não. Para ter o pensamento crítico é preciso investir em educação e em habilidades específicas como lógica.
É fundamental reconhecer que a criatividade sozinha não é a saída e que com a transformação digital ficou possível delegar esta função para as máquinas. Mas a criatividade ainda é extremamente importante como habilidade, pois é necessária para resolver e trazer soluções para os problemas.
Invista no uso de tecnologia, o que hoje é extremamente fácil. Tem que utilizar, estudar e aproveitar a tecnologia. Estudo do Fórum Econômico Mundial indica que até 2060 os robôs vão fazer tudo que o ser humano consegue. O segredo é caminhar junto com eles para conseguir se manter relevante nas profissões do futuro. É preciso entender que as as máquinas são realidade e estarão cada vez mais introduzidas na sociedade. Por isso, crie uma conexão com a tecnologia.
De acordo com Martha Gabriel, as principais tecnologias do futuro são: inteligência artificial, internet das coisas, Big Data, blockchain, robótica, nanotecnologia, impressão 3D e computação quântica.
“Para não ser substituído por um robô, não seja um robô”, afirmou Martha Gabriel. O caminho para se manter relevante é fazer o que a máquina não faz. Seja humano nas soluções. Pratique os 3Es que a máquina não consegue reproduzir: emoção, ética e empatia.
O mundo está complexo e extremamente conectado. Cada ação praticamente afeta a vida de outras pessoas. Por conta disso, se os humanos estão cada vez conectados, a habilidade essencial para fazer dar certo é saber lidar com os outros, ou seja, fazer networking. Saia do conformismo que é sempre está perto do mesmo grupo e tente interagir e aprender mais com o máximo de pessoas possíveis.
Outro aspecto da colaboração é a liderança distribuída. Como o mundo está complexo, ninguém ou nenhum líder sabe fazer tudo. A sociedade e as profissões do futuro caminham para a liderança na mão de grupos.
Está tudo muito rápido, mas preste atenção na diferença do Ágil para o Veloz. O ágil tem adaptabilidade e facilidade para mudar de rota com facilidade. O veloz pode fazer rápido, mas nem sempre é bom para resolver os problemas, pois pode ser que esteja no caminho errado e para mudar o caminho não tenha tanta praticidade. Assim, procure ser adaptável. Errou? desapegue do erro, aprenda e faça melhor.
Para enfrentar os problemas do mundo, aprenda a parar de reclamar e ir para frente. Retire a cultura do “não pode ou não consegue” fazer, e enfrente os desafios.
*Gabriel Dias é jornalista formado no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Analista de Comunicação no Digitalks, Gabriel também tem experiência nas áreas de jornalismo político. Trabalhou em agências de comunicação e na Câmara dos Deputados. Gosta de produzir conteúdos digitais e foca no Marketing Digital.
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