Sexta-feira, 04 de março de 2022
Mais de um século depois do primeiro Dia Internacional da Mulher, a equidade de gênero nas empresas ainda está longe de ser justa. Estudo realizado pela Pearson ouviu 6 mil mulheres em 6 países para entender a percepção em relação às suas carreiras no mundo corporativo.
Com a chegada do dia 08 de março, novas reflexões a respeito do Dia Internacional da Mulher também voltam à tona. A data, criada em 1917, é marcada pela luta de operárias russas que reivindicavam melhores condições de trabalho e de vida impostas pelas dificuldades causadas pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Mais de um século passado desde a criação da data, a equidade de gênero nas empresas ainda está longe de ser justa. É o que mostra a terceira parte da Global Learner Survey, realizada pela Pearson em parceria com a Morning Consult, que ouviu seis mil mulheres em seis países (Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, México, Índia e China) para entender a percepção das mulheres em relação às suas carreiras e como a pandemia afetou ainda mais suas vidas profissionais e pessoais.
A pesquisa revela que as mulheres ainda enfrentam barreiras na carreira, segurança e independência: 74% das entrevistadas acreditam que todos os tipos de preconceito e discriminação ainda são pontos difíceis na hora de buscar novas oportunidades de trabalho, sendo que 65% afirmaram que a discriminação de idade é a principal questão a ser combatida.
Outro dado preocupante descoberto no estudo é que pelo menos 75% das entrevistadas nos EUA, Reino Unido, Brasil e Índia temem que as incertezas financeiras criadas pela pandemia tenham colocado muitas mulheres em situação de violência doméstica.
Por outro lado, 84% das entrevistadas no Brasil também afirmaram que estão usando a pandemia como uma oportunidade para reavaliar suas vidas, principalmente as carreiras. Esse número passa para 86% entre as brasileiras da chamada Geração Z (nascidas entre o final da década de 90 e início do século XXI), 84% para as Millenials (nascidas entre o início da década de 80 e metade dos anos 90), 79% para as Geração X (nascidas entre meados da década de 60 e início da década de 80) e 89% para as Baby Boomers (nascidas entre o final da década de 40 e metade da década de 60).
Quando questionadas sobre o que pretendem fazer, mulheres de diversas gerações e países responderam que planejam tomar as medidas necessárias para iniciar seus negócios próprios no próximo ano. No Brasil elas também apresentaram essa percepção, com 30% entre as mulheres da Geração Z, 33% para as Millenials, 37% na Geração X e 41% para as Baby Boomers.
“Mesmo com todas as disparidades já conhecidas no mercado de trabalho, potencializadas com a chegada da pandemia, as mulheres continuam lutando por melhores condições, tanto na busca por maior qualificação ou novas formas de empreender. A pesquisa joga luz em todas essas questões e mostra que existe um caminho de mudança a ser seguido”, acredita Heloisa Avilez Guerato, Diretora Comercial da Pearson.
A Pearson conduziu o estudo em parceria com a Morning Consult, empresa global de inteligência de dados sediada nos Estados Unidos. Ao todo, foram ouvidas seis mil mulheres a partir dos 18 anos, por meio de entrevistas online, entre os dias 17 de agosto e 5 de setembro de 2021. Os resultados são representativos da população com acesso à internet em cada país, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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