Quarta-feira, 29 de junho de 2022
Segundo a App Annie, no ano passado, os brasileiros foram os usuários que gastaram mais tempo em aplicativos no mundo – uma média de 5,4 horas por dia no smartphone. Outra pesquisa, realizada pela AppsFlyer, apontou que, na pandemia, o país se tornou campeão mundial em download de apps de e-commerce – foram instalados cerca de 750 milhões.
Empresas já entenderam a importância da transformação digital e de reforçar sua presença online, mas desenvolver um app que tenha sucesso não é uma tarefa simples. Ele precisa atender às necessidades do público e ter como foco a jornada do usuário, por isso a importância das estratégias de UX (User Experience ou Experiência do Usuário).
“Ter como base uma metodologia sólida como a de UX permite criar um aplicativo que atenda não só as necessidades dos nossos clientes como negócio, mas também à expectativa do usuário de uma jornada intuitiva e simples. Isso tudo contribui para a fidelização do consumidor e para os resultados das empresas.”, comenta Cristina Fragata, sócia e COO da Attri, empresa de tecnologia e usabilidade que oferece soluções para criar melhor experiência para milhões de usuários, impulsionando também o crescimento de negócios.
Pensando nisso, Cristina aponta seis motivos para empresas investirem em estratégias de UX na criação dos seus apps. Confira:
A usabilidade é a facilidade com que os usuários utilizam uma ferramenta e o quão satisfeitos ficam ao usá-la. A partir das estratégias de UX, você consegue aplicar os principais componentes de usabilidade em seu app e garantir uma boa experiência. “Para que um aplicativo seja usável, é preciso que ele seja simples, intuitivo e prático. O usuário não tem que quebrar a cabeça para encontrar e fazer o que precisa com eficiência dentro dele. Essa é a essência da usabilidade”, explica Cristina.
Conheça seu público e acerte no desenvolvimento do seu app: Dentro das estratégias de UX, existe a etapa de pesquisa de usuário ou UX Research, que investiga o perfil e comportamento dos clientes e suas necessidades. “Os dados obtidos na etapa de research ajudam a contextualizar o projeto em relação ao mercado e aos públicos para quem se destina. Esse aspecto da metodologia é fundamental para entendermos aspectos básicos de desenvolvimento, como o comportamento e a jornada do usuário, bem como a tecnologia mais adequada ao desafio”, aponta a executiva.
O UX Design é um conjunto de estratégias pensadas para melhorar a experiência do usuário, baseadas em três pilares: interação com o sistema, comportamento do app (quanto mais amigável, melhor!) e experimentação (atração do público). “O UX Design também otimiza a arquitetura e a sincronia dos elementos apresentados na interface do aplicativo, fatores que têm total relação com o emocional do cliente e seu encantamento ao usar a ferramenta”, ressalta a COO.
Na junção das estratégias de UX ao UX design, encontramos os fundamentos de UI Design (Design de Interface de Usuário). Na prática, é a área que cuida do visual do aplicativo, incluindo seus botões, textos, cores e todo o estudo gráfico que ajuda a deixar o app mais intuitivo. “UX e UI são conceitos complementares. Enquanto o UX estabelece os fundamentos, o conteúdo, o UI vai ser responsável pela boa interação com eles. Ao ter essa combinação equilibrada, os aplicativos têm mais chances de proporcionar uma excelente experiência”, garante Cristina.
Vivemos em um mundo de diversidades. É natural e indispensável que os aplicativos sejam inclusivos para todas as pessoas e isso abrange deficiência visual, limitações de audição e outras condições físicas e cognitivas. Dentro das estratégias de UX, a acessibilidade é um dos principais pontos considerados. “Apps devem conter descrições de fotos em áudio, legendas, toque simples, entre outras funcionalidades. A acessibilidade vai além de disponibilizar informações a usuários com deficiência. É sobre tornar a informação disponível a qualquer pessoa, independentemente de sua condição ou situação”, avalia a especialista.
Uma das etapas finais das estratégias de UX é o acompanhamento do app após seu lançamento. “Para que um aplicativo realmente solucione as dores e problemas de um público-alvo, é importante mantê-lo sob análise e considerar os feedbacks dos usuários. O aperfeiçoamento do aplicativo será resultado deste acompanhamento. Sem ele, é impossível saber como o aplicativo está performando, se tem potencial lucrativo ou apenas gera decisões baseadas em especulações, que provavelmente levarão ao fracasso”, finaliza Cristina.
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