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[Global Summit] Dicas e insights sobre aceleração digital pós-covid

Especialistas do Brasil e de Portugal mergulham em temas como transformação digital, e-commerce, marca e desafios enfrentados com a pandemia

 

O segundo e último dia do Digitalks Global Summit, maior evento de inovação e transformação digital do mundo, iniciou com o tema “Aceleração digital pós-covid: dicas e insights das experiências do mercado de e-commerce. O painel reuniu Marta Lousada, head de e-commerce da LVMH Group – SEPHORA Portugal, Sara Ribeiro, gerente de brand & e-commerce da Sport Zone, e Rui Abreu, diretor global de vendas da Street Surfing, sob moderação de Vanessa Caldas, fundadora da E-Commerce Experience.

A pandemia trouxe desafios, lições e oportunidades para as empresas. “Este ano foi mais do que um aprendizado, foi um ano de a gente perceber que não existem verdades absolutas, e que nós temos que estar preparados o tempo inteiro para nos adaptarmos à realidade de quem consome o produto da gente”, afirma Vanessa.

Entre as lições aprendidas, aliar a presença digital e a força da marca se mostrou essencial. A SEPHORA, reconhecida pela experiência “skincare” oferecida aos seus clientes, ampliou seu portfólio de produtos e negócios para além da maquiagem. Para Marta, “existem desafios para o negócio, mas acredito que a construção de marca e o raio que existe à volta de algumas delas são fundamentais para que os produtos continuem a vender”.

A pandemia acelerou o processo de digitalização das pessoas e as empresas contribuíram com isso. A Sport Zone, rede de lojas de vestuário e produtos esportivos com forte tradição física, vivia em fevereiro deste ano a migração da sua plataforma de e-commerce, quando em março foi surpreendida pela Covid-19. O aumento das vendas de produtos nas lojas fez com que a companhia rapidamente percebesse que os clientes já se preparavam para permanecerem em casa, agilizando a estruturação do seu canal e-commerce e de toda cadeia digital, envolvendo logística, por exemplo. “Mal sabíamos e não antecipávamos, naquele momento, confesso, efetivamente o que viria acontecer com a questão do treino em casa e das pessoas quererem se capacitar de produto e de informação, o que foi bastante importante no nosso caso, para conseguirem efetuar seus treinos e continuar a desenvolver o marketing esportivo. Isso para nós foi ótimo”, conta Sara Ribeiro.

As fronteiras fechadas e as medidas de isolamento social que impediram a circulação das pessoas fizeram com que a Street Surfing, que não atua na venda direta, focasse em sua estratégia digital. Segundo o executivo, enquanto marca, a empresa precisa pensar cada vez mais no formato digital.

Porém, se o e-commerce eliminou fronteiras, surgiram também entraves. Segundo Rui, ao mesmo tempo em que houve uma transferência dos negócios entre os canais de venda, houve dificuldades, o mercado estava confuso. “O sourcing [cadeia de suprimentos] estava caótico, aliás nunca esteve pior”, diz, observando, por exemplo, a falta de componentes para produção ou falhas logísticas. “Vivemos ainda tempos de contínua busca de soluções, contínuo ajuste de estratégias (…), e acho que vamos sair todos mais fortes”, conclui.

Mais informações: www.digitalks.com.br

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