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PIB brasileiro deve cair 8,6% no pior cenário da pandemia

Os dados são do relatório “The impact of coronavirus on the global economy”. O estudo também indicou o que pode aliviar os efeitos econômicos da pandemia

* Por Gabriel Dias

A pandemia do novo coronavírus é a crise global mais grave desde a Segunda Guerra Mundial. As restrições da Covid-19 afetam todos os países e a economia global deverá entrar em recessão em 2020, de acordo com a Euromonitor International, empresa de pesquisa de mercado. No entanto, a magnitude da desaceleração dependerá da duração das restrições. É provável que a gravidade da crise deixe um impacto de longo prazo no funcionamento das economias, cadeias de suprimentos e relações comerciais.

 

No Brasil, a previsão do impacto do coronavírus na economia será de queda do PIB em todos os cenários possíveis. As previsões foram retiradas do relatório “The impact of coronavirus on the global economy”, da Euromonitor International. A pesquisa também detalhou quais medidas alguns países estão tomando e como o mundo pode aliviar a crise econômica. 

Fonte: print screen do relatório "The Impact of Coronavirus on the Global Economy"

Em uma visão global, a economia enfrentava alguns riscos como instabilidades políticas no Oriente Médio e Hong Kong, disputa comercial entre União Europeia e Estados Unidos, e dívidas de países emergentes. No entanto, a economia estava apoiada por baixas taxas de juros e guiadas pelos bancos centrais ao redor do mundo. Com isso, relatórios esperavam que a economia crescesse a uma taxa semelhante comparada a 2019. 

Mas logo em janeiro, o mundo tomava conhecimento do surto do novo coronavírus na Ásia. A China isolou uma província inteira na busca de conter a disseminação do novo vírus. Porém, não demorou para casos de Covid-19 serem noticiados em outros continentes. Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia e muitos países começaram a seguir as orientações de restrições para os cidadãos e fronteiras fechadas para viagens internacionais.

 

Esses eventos resultaram em interrupções nas cadeias de suprimentos, fechamento de economias por tempo indeterminado e os mercados financeiros em pânico –  A Bolsa brasileira chegou a ter um dos piores desempenhos mundiais com o Ibovespa atingindo cerca de 63 mil pontos em março. A estimativa para os próximos meses, segundo a Euromonitor International, é de que a economia global entre em recessão. 

PIB global deve cair em 2020

A pandemia de Covid-19 forçou países a entrarem em quarentena. Os efeitos na economia global já são sentidos e substanciais, mas a exata magnitude dependerá da longevidade das restrições de Covid-19.

 

Para enfrentar os efeitos da pandemia, os países estão recorrendo a estímulos fiscais, com fornecimento de serviços de empréstimos de emergência e auxílio a empresas e cidadãos. No entanto, os resultados devem ser limitados por conta das regras de quarentena. A previsão do relatório da Euromonitor International, no cenário de base, é de um crescimento econômico no intervalo de -1,5 a 0,5% em 2020, resultado será um dos três piores desde 1961. 

Fonte: print screen do relatório "The Impact of Coronavirus on the Global Economy"

As previsões para o cenário de base e para o pior cenário da pandemia

No cenário de base do relatório, o pico da Covid-19 será entre maio e junho. Após o período, as restrições devem ser relaxadas e a economia se recuperar. As informações da Euromonitor, neste cenário, estimaram uma contaminação de até 10% da população mundial e uma taxa de mortalidade global em média de 0,8%. Com essas condições, as políticas fiscais suportam a demanda de auxílio econômico de empresas. 

 

No Brasil, o cenário ainda é incerto e o Governo Federal não deixou claro todas as medidas de apoio à economia. Mas caso o país se identifique com o cenário de base da empresa de pesquisas, a turbulência econômica induzida pelas restrições do novo coronavírus não devem ocasionar um grande número de falência, o que limita a duração da recessão. Dessa forma, a Euromonitor indicou que uma vez que as restrições são levantadas, as economias se recuperam rapidamente.

Fonte: print screen do relatório "The Impact of Coronavirus on the Global Economy"

No pior cenário, a pandemia dura até a primavera do hemisfério norte, tabelado com o outono no Brasil em 2021. Mais de um terço da população global será infectada e os sistemas de saúde de boa parte dos países entrará em colapso. Caso aconteça, os hospitais não podem admitir a maioria dos pacientes e a taxa de mortalidade aumenta para cerca de 2,5% globalmente.

 

Na pior das previsões, o estímulo fiscal e o pacote monetário são inadequados, o que leva um número significativo de empresas com declaração de falência. Com esse cenário, a taxa de desemprego dispara ao redor do mundo. O PIB mundial terá um crescimento de -9.0% a -5.5% em 2020. 

De acordo com o relatório, a probabilidade do mundo seguir o pior cenário é de até 10%. A previsão para que o futuro seja parecido com o cenário de base está entre 40% e 50%. 

Fonte: print screen do relatório "The Impact of Coronavirus on the Global Economy"

PIB brasileiro em queda em todos os cenários

O PIB do Brasil em 2019 foi de R$ 7,3 trilhões, cerca de 1,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um crescimento considerado abaixo das expectativas – menor avanço em 3 anos. 

 

De acordo com o relatório, a previsão para o PIB brasileiro em 2020 é de queda em todos os cenários. A pandemia de Covid-19 afeta bastante a economia do Brasil e no melhor cenário previsto a retração do PIB será de -1,0%. Caso o Brasil passe por uma profunda recessão, o PIB nacional deverá apontar -2,7% este ano.

 

No cenário de crise, a previsão de retração do PIB será de 5,3%. No pior cenário previsto, com todas as medidas do Governo sendo inadequadas, caos no sistema de saúde e taxas altas de desemprego e falência, o PIB do Brasil deve cair 8,6%. 

Fonte: print screen do relatório "The Impact of Coronavirus on the Global Economy"

Como alguns governos estão tentando mitigar a crise?

O governo americano concordou com o maior acordo de ajuda da história dos EUA, no valor de US$ 2 trilhões. Nos Estados Unidos, todos os indivíduos que ganham até 75 mil dólares receberão um pagamento único de 1.200 dólares. O pagamento diminuirá gradualmente para indivíduos que ganham mais. As pequenas empresas poderão obter empréstimos do fundo de constituição do governo de US$ 367 bilhões para ajudá-las em despesas. O Federal Reserve irá administrar um fundo de US $ 454 bilhões para ajudar médias e grandes corporações. 60 bilhões de dólares foram criados para ajudar o setor de companhias aéreas. 

 

A Alemanha adicionou 156 bilhões de euros para despesas. O orçamento será distribuído para pequenas empresas e pessoas independentes que perderam fontes de renda, bem como usado para benefícios sociais. O país também criou um fundo de resgate de 600 bilhões de euros para ajudar grandes corporações, o fundo poderá participar nas corporações que resgata. Pequenas empresas terão acesso a 500 bilhões de euros da administração pública do Banco KfW para financiar a curto prazo restrições de responsabilidade.

 

O governo britânico concordou com esquemas de retenção de trabalho: todas as empresas que mantêm funcionários que não podem continuar trabalhando serão reembolsadas com 80% dos custos salariais (limitados a GBP 2.500 por mês). Trabalhadores independentes também serão capazes de solicitar uma subvenção cobrindo até 80% dos lucros anteriores (novamente limitados 2.500 libras esterlinas por mês). Muitas empresas terão direto ao acesso a fundos de empréstimos do Banco da Inglaterra para manterem os custos gerenciados. A quantidade de empréstimos é ilimitada.

O que pode aliviar os efeitos econômicos da pandemia?

O relatório “The impact of coronavirus on the global economy” apontou quatro cenários possíveis dos efeitos da pandemia de Covid-19 na economia global. Nos melhores cenários, as autoridades são rápidas e eficientes nas medidas contra a propagação do vírus e auxílio a empresas. 


Muitos países estão na corrida pela vacina do novo coronavírus. Um medicamento de prevenção da doença pode evitar uma nova pandemia e retomar a confiança das pessoas. Com segurança, a economia deve crescer rapidamente. 


Os estímulos fiscais e o auxílio monetário a empresas e consumidores ajudam a evitar uma grave crise financeira (com muitos cidadãos inadimplentes e empresas falidas), o que facilita a recuperação da economia. 

Gabriel Dias

*Gabriel Dias é analista de Conteúdo do Digitalks 

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