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Inbound Marketing: um pouco do que você verá na Conferência Digitalks

Na próxima semana, acontece a Conferência Digitalks sobre Content e Mobile, que abordará um pouco do que está transformando essas áreas com especialistas do mercado nacional e internacional.

>> Veja a programação do evento aqui

Para dar um gostinho do que você verá por lá, conversarmos com a Emília Chagas, co-fundadora e CEO da Content Tools, que participará do Painel sobre Inbound Marketing no evento, para mostrar um pouco do que a executiva deve trazer aos participantes da conferência.

Confira os pontos principais da nossa entrevista abaixo.

 

DIGITALKS: Quais os pontos principais que você visa colocar para debate na Conferência?

EMILIA CHAGAS: Eu ficaria satisfeita se as pessoas saíssem da conferência com um guia, um passo-a-passo de dois aspectos do Inbound Marketing: ou para começar uma estratégia de conteúdo, ou saber “como faço para dar um próximo passo e ampliar uma estratégia”.

Minha ideia é falar sobre dicas importantes para quem está começando, como passos de planejamento mesmo. Hoje, a gente sabe que quem pesquisa a fundo o seu público alvo antes de iniciar conteúdo, faz sua buyer persona, chega a obter cinco vezes mais resultados, seja em volume de tráfego ou em geração de lead.

Só o simples fato de entender a cabeça do público até ele resolver e ir atrás de soluções para aquele serviço ou produto, todo esse processo de compra que é a “jornada do consumidor”, quando a empresa compreende, ela chega a ter esse tipo de resultado tão expressivo. Porque aí, ela colocará conteúdo de fato útil na internet, que ajuda o consumidor a optar pelo melhor serviço/produto que está buscando.

E a empresa que me forneceu essas informações sai na frente na minha decisão de compra, porque ela já demonstrou que entende do assunto, que tem essa expertise.

O mais curioso é que, apesar de todos esses resultados específicos, quase 44% das empresas não tem um perfil de buyer persona, e não é de se espantar que os resultados não sejam tão expressivos, porque não tem esse trabalho de casa primeiro.

 

D: Quando falamos de Mobile no Brasil, o que você considera como um dos pontos mais importantes a serem considerados por profissionais de marketing digital?

EC: Existe ainda um gap de acessibilidade, gap tecnológico mesmo, entre as estratégias digitais que estão sendo feitas. Não são todas as empresas que possuem estratégia de conteúdo que tem uma de mobile, por exemplo. Existem os problemas de não conseguir consumir o conteúdo no celular, tem que passar várias vezes para ler, não é user friendly, precisa de adaptação técnica mesmo para isso.

E é algo tão simples. Hoje temos apps que você insere a URL e o site se torna user friendly. Apesar de ser simples, ainda existe esse gap que a conferência vai trazer e abordar melhor.

Além disso, precisamos ir além em termos de formatos. Temos formatos e formatos quando falamos de mobile. Artigos, e-books, mas existem muitos outros, até mesmo os vídeos, que me vêm à mente num momento inicial. Hoje, temos uma pequena representividade de formatos de fato inovadores em termos de conteúdo, e o ambiente de smartphone permite que o analista e gestor de marketing da empresa, quando vai abordar o marketing digital e falar de ações, ele pode ter mais criatividade com o público-alvo se sair das limitações até de formato de consumo.

Existem empresas de mídia – como o Buzzfeed, por exemplo, que é bastante popular – que já sacaram formatos diferentes de consumo mobile. Às vezes é mais pautado por interação do que por ferramenta que consumimos no laptop, como testes, quizes, o site inteiro ser mais interativo.

Tem muita coisa ainda para explorar e ousar. Claro que vamos sempre avaliar muito em termos de budget, o analista de marketing digital sozinho não consegue colocar todo esse potencial na rua. Assim, vale pensar em estruturação das equipes, um time para atender Inbound Marketing com qualidade, com o redator, editor e a pessoa da estratégia, e terá a figura do distribuidor do growth hacking, pensando que a mensagem vai chegar na hora certa para pessoa certa. Isso também está dentro de planejamento.

 

D: Qual é a maior dificuldade para se fazer Inbound Marketing atualmente e o que deve ser tendência?

EC: Existem várias, mas a principal que enxergo hoje é a dificuldade que as empresas encontram no marketing de planejar no longo prazo.

Muitas vezes, o planejamento no marketing precisa assumir o caráter de rapidez e urgência da área comercial – que são áreas irmãs – de geração de demandas. No comercial, tudo é “para ontem”, e o marketing acaba tendo a responsabilidade de fazer tudo para ontem também. No Inbound, você começa a ver a movimentação no quinto, sexto mês. É para o médio prazo. Nem todas as empresas estão preparadas para isso.

No entanto, brinco com nosso time da Content Tools que esse gráfico que o Inbound vai formar, não é uma PA, é PG: são resultados exponenciais. Essa curva demora a subir, mas uma vez que isso acontece, ela sobe de 5 para 20 para 100, por exemplo; não de 5 para 10 para 15 para 20. Tem uma proporção mais elevada em termos de resultado.

[Esse gráfico] é descolado do meu investimento. É uma coisa nova, diferente do outbound que estamos acostumados. Neste, se eu parar de investir, não tenho resultado. O conteúdo que você investiu, ele estará no ar para sempre. Uma vez que ele estiver online, não tem limites de quanto esse conteúdo vai gerar de resultados. Por aqui, temos conteúdo que ainda geram leads depois de anos! Falta um pouco desse entendimento.

Esse conteúdo funciona como ativos da empresa, enquanto estiverem no ar e atualizados, enquanto fizerem sentido e forem úteis para o meu público.

No futuro, ou a empresa vai aderir ao inbound por estratégia, oportunidade ou, mais para frente, fará isso por necessidade. É a mesma coisa da criação de site: muitas empresas criaram no início [da internet] e outras esperaram para ver o que ia acontecer, um pouco desse conservadorismo que vemos no mercado. Quem lançou antes, saiu na frente. E, hoje, [ter um site] não se trata de oportunidade, se trata de necessidade. Atualmente, a gente já pensa na marca e no domínio juntos. A mesma coisa acontece com o Inbound Marketing.

Quem não tiver estratégia de Inbound Marketing não atingirá resultados num futuro próximo. Uma empresa que não tem esses ativos online, não tem representatividade. E o nosso cliente está online. Quem não está informando seus clientes dessa maneira, não está participando da jornada de compra, mas o seu concorrente está.

Esse momento atual agora é crítico, essa janelinha está se fechando e, daqui a pouco, essa janela passará de oportunidade para necessidade.

 

Emília Chagas estará debatendo o tema no Painel de Inbound Marketing da Conferência de Content e Mobile, que acontece na próxima terça-feira, dia 29, em São Paulo. Para saber mais sobre o tema, acesse a página do evento AQUI.

>> Conferência debate Marketing Digital com foco em Content e Mobile

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