Quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
Na última década, o brasileiro viu crescer – e se tornarem acessíveis – as opções de dispositivos eletrônicos e inteligentes que facilitam o dia a dia e aumentam a segurança das pessoas. Mas, se antes a automação era restrita a grandes empresas, hoje ela chegou aos pequenos empreendimentos e às residências.
Tanto que, com a pandemia da Covid-19 em 2020, que fez com que todos ficassem mais tempo no ambiente doméstico, os dispositivos que criam uma casa inteligente tornaram-se alvo de desejo dos consumidores.
Hoje é cada vez mais comum encontrar residências automatizadas com aparelhos que, com apenas um comando, trancam a porta, acionam o ar condicionado e acessam as imagens de segurança da câmera.
Em 2021, a tendência é que dispositivos ainda mais inteligentes integrem o ambiente doméstico. Será possível, por exemplo, usar um aplicativo no smartphone para fechar e abrir as cortinas e, remotamente, monitorar a saúde de um idoso ou criança, enquanto a cafeteira na cozinha prepara o seu café.
Samuel Chagas, especialista que escreve sobre segurança doméstica no SweetestHome, destaca que, por conta da alta procura por aparelhos que garantam praticidade, comodidade e segurança nas tarefas do dia a dia, a grande tendência das casas inteligentes em 2021 será o uso de dispositivos com tecnologia padronizada.
“O consumidor quer ter acesso a aparelhos e aplicativos que realizam várias funções dentro de sua residência. Para isso, não pode haver restrição de plataformas. Sabendo isso, Amazon, Google e Apple já trabalham para uma maior padronização em 2021”, acrescenta Chagas.
De fato, um grupo formado pela Amazon, Apple, Google e Zigbee anunciou que, em 2021, irá lançar um padrão de conectividade para dispositivos de iluminação e elétrica, como lâmpadas, luminárias e tomadas, além de travas de portas, sistemas de segurança, TVs, entre outros.
Outra tendência que promete revolucionar o conceito de casa inteligente em 2021 é a utilização de Inteligência Artificial (IA) para personalizar dispositivos. Entre as opções, os especialistas apostam que o reconhecimento facial deve se tornar um recurso mais acessível aos sistemas de segurança residenciais.
Outra expectativa é que a IA seja usada em eletrodomésticos como, por exemplo, a geladeira. Hoje já existem modelos que conseguem identificar o que está dentro do refrigerador, prever o que é necessário repor e até mesmo fazer os pedidos de compras.
A casa inteligente de 2021 também vai prezar pela saúde de seus moradores. Isso tanto para diminuir a demanda em clínicas e unidades de saúde quanto para melhorar a qualidade de vida, especialmente da população idosa e pessoas acamadas.
Para isso, o mercado de tecnologia já conta com dispositivos domésticos que monitoram a saúde, a qualidade de sono e a nutrição, além de outros que estão sendo desenvolvidos para permitir a conexão com o médico, emitir alertas a cuidadores e até oferecer diagnósticos.
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