Segunda-feira, 19 de março de 2018
Durante o painel, ‘Como criar uma Experiência de Realidade Mista para Fãs’ no SXSW 2018, Ashley Crowder, Co-fundadora e CEO da VNTANA ressaltou os resultados positivos ao se criar experiências inovadoras através das tecnologias de Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR) e relembrou uma ação que fez com crianças “a ação mais bacana que fizemos em AR foi revelar um uniforme da Nike em holograma. As crianças ficaram doidas!”.
Dave Feldman, Diretor Sênior de Conteúdo Social da Liga Nacional de Futebol, que também participou da discussão destacou as medidas de sucesso para ativar plataformas que as pessoas já estão inseridas e quais componentes de VR elas estão usando ou não e afirmou: “Já construímos uma base de fãs para usar esses componentes e continuarmos o relacionamento com eles.”
Diante do exposto pelos especialista convidados, fica cada vez mais evidente que o fã sente necessidade de uma experiência imersiva para se sentir parte daquele momento do esporte. Atentos a isso, além de Crowder e Feldman, Jay Kapoor, investidor da VC no Madison Square Garden, foi categórico: “Fãs querem criar uma conexão única. Do ponto de vista da marca, ter a mentalidade de aproveitar esses momentos e oferecer uma recompensa ou um prêmio, os fãs se sentem especiais.”
Essa conexão criada no momento da transmissão do jogo faz parte da estratégia de marca da qual Kapoor investe. Completando essa linha metodológica de criar engajamento e experiência imersiva entre uma marca e seus fãs, Jonathan Lowe, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Estratégia de Marca da LA Kings/AEG Sports, ressaltou que, “o valor agregado a um cliente premium – aprimora a experiência e gera valor para sua marca e seus consumidores.”
Esse encontro de gigantes no SXSW 2018, traz a tona o quanto as experiências imersivas proporcionadas pelas novas tecnologias facilitam esse processo de interação e conexão entre fãs e marcas. Ressalta ainda, que cabem às empresas distribuidoras de conteúdo disponibilizar esse presente a seus fãs e consumidores.
Quer saber mais o que rolou nesse bate-papo, confira aqui o áudio na íntegra (em inglês).
A importância do contexto a percepção é multissensorial chave para compreender a mente humana quando estamos tratando de realidade virtual, aumentada e mista; hoje quando falamos nos nossos sentidos temos várias aplicações no campo visual e onde o toque se torna essencial para assimilar a realidade que está na nossa realidade.
O papel do cérebro na construção de novas realidades traz consigo o suporte imediato da sensação do toque com o uso dos controles já utilizados na realidade virtual, tendo como artifício a criação de uma ilusão utilizando estímulos onde percebemos que o toque acontece de forma diferente da nossa realidade.
Neste momento, através desta experiência vamos perceber que o toque será no meio entre os dois controles, a relevância da criação da ilusão do toque nas mãos entre os dois controles, reflete o contexto e a sensação do toque na criação do metaverso da realidade virtual sendo aplicado em novas tecnologias vestíveis combinado com objetos externos.
“A realidade virtual tem como propósito replicar a nossa realidade cotidiana, como também, construir através da sensibilidade do toque outros acessos de diferentes realidades ”
Ao longo dos anos, estudos vêm sendo aprimorados em relação às reações fisiológicas e o uso dos sensores como estímulos; podemos observar a sincronicidade entre mães e filhos nas suas reações fisiológicas, e observamos claramente este fenômeno acontecendo nos eventos onde o espectador tem uma alta sincronia com o artista.
A empatia está sincronizada com as nossa reações fisiológicas quando estamos compartilhando algo ou evento em comum, acredito que o papel da realidade aumentada está na construção da empatia com cada indivíduo como reflexo da nossa realidade.
A respiração se torna um sinal onde podemos construir um padrão que pode ser modulado, onde observamos os sinais vitais como o coração de acordo com as emoções, podemos realizar no momento em que o vídeo está sendo captado, podemos fazer esta análise.
A cada dia observamos uma melhora na captação dos sinais pois o aprendizado é contínuo criando um painel geral de informações desde calorias até cor da pele de cada indivíduo, a captação depende da capacidade da câmera que pode ter alcance até 50 metros de distância.
O desafio está podemos captar ao vivo durante os jogos podendo mostrar os sinais em realidade aumentada, a importância desta pesquisa está em como o indivíduo percebe o valor de compreender seus sinais vitais e qual será a consequência do uso destas informações positivas ou negativas, provocando uma experiência única ao vivo.
Nesta pesquisa estamos querendo compreender como o feedback dos sinais vitais de outro indivíduo afeta a sua realidade, desde usando vibrações sincronizadas com objetos como o relógio, no futuro, podemos alterar suas reações desde controlando a sua ansiedade até outras reações fisiológicas.
No futuro, quais serão as implicações éticas destes novos dispositivos de controles sociais de cada indivíduo e sua aplicação no nosso cotidiano, fica aqui a provocação.
*Jaqueline Oliveira e Rodrigo Terra são da EraTransmídia e fazem parte da equipe de correspondentes do Digitalks no SXSW 2018. A tradução do áudio foi feita pela Tatiana Tosi, também da EraTransmídia.
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